JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

sábado, 8 de setembro de 2012

VALENTIN ALFREDO ROSOLEN DE ROLÂNDIA NA FOLHA

FOLHA DE LONDRINA

Luz dourada no fim do túnel

Baixa nos estoques nacional e internacional de trigo sustenta bons preços para produtores no Paraná; safra deverá ser a melhor dos últimos anos
César Augusto
Valentin Rosolen, produtor em Rolândia, comemora bom momento vivido pelo trigo
O momento é histórico para a safra 2011/12 de trigo no Paraná. Depois de muitos anos de quebras de produção ou preços baixos, é a primeira vez que produtores paranaenses conseguem obter boa produção e ao mesmo tempo um bom valor pago pela saca do cereal. Sem a incidência de geada e da estiagem, fenômenos que causaram muitos prejuízos no ciclo passado, o Estado espera colher neste ano, de acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), 2,1 milhões de toneladas de trigo. No ano passado, em uma área 28% superior se comparada com a atual, o Estado produziu 2,4 milhões de toneladas. E o preço da saca tem girado em torno de R$ 34, enquanto no ciclo passado não chegou a R$ 24. 


O produtor Valentin Alfredo Rosolen, de Rolândia, está comemorando pela primeira vez o bom momento vivido pelo setor. Em uma área plantada de 350 hectares, Rosolen espera obter até no final da colheita uma produção de 50 sacas por hectare. No ciclo anterior, em uma mesma área de produção, o produtor não conseguiu obter mais do que 30 sacas por hectare por causa das intempéries. ''Na safra passada, além da geada e também da estiagem, tive muitos problemas com giberela e brusone'', conta. Neste ano, o triticultor sublinha que não teve muita incidência dessas doenças, o que o ajudará a obter uma boa safra. Se o atual cenário de bons preços continuarem, Rosolen prevê que deverá continuar investindo no trigo nos próximos ciclos. ''Essa é uma das melhores safras que já obtive'', comemora. 


Para o produtor, esse cenário atípico do setor tritícola é motivo de comemoração, mas também de desconfiança. Rosolen destaca que não dá para prever o comportamento do mercado daqui em diante. Para Simioni, especialista do Deral, o setor deve seguir equilibrado. Por esse motivo, completa ele, a colheita segue em plena tranquilidade. 

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