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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Região de Rolândia registra queda nos homicídios

FOLHAWEB

Sesp confirmou 56 ocorrências no primeiro trimestre de 2012, contra 39 no mesmo período deste ano

Gustavo Carneiro/17-02-2013
Em Londrina, a quantidade de assassinatos passou de 32 para 25 de um período para o outro
Curitiba - A quantidade de homicídios dolosos registrados na 20ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), com sede em Londrina e que também abrange as cidades de Tamarana, Cambé e Ibiporã, caiu 30% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2012. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) confirmou 56 ocorrências em 2012, contra 39 neste ano. Os números foram repassados com exclusividade à FOLHA, pelo secretário de Segurança Pública, Cid Vasques. 

Em Londrina, a quantidade de assassinatos passou de 32 para 25 de um período para outro, redução de 21,8%. Em Cambé a queda foi maior, de 88%, por causa da diminuição de 18 para apenas dois casos nos três primeiros meses de 2013. Em Ibiporã, as polícias registraram sete homicídios neste ano em relação a cinco ocorrências de 2012, aumento de 40%. Em Tamarana, que teve um homicídio no trimestre de 2012, o número de ocorrências do tipo passou para cinco, alta de 400%. 

Não estão incluídos no documento dados sobre mortes em confrontos com policiais. Estes índices ficam sob responsabilidade das corregedorias das polícias Civil e Militar. Os dados fechados de todo o Estado devem ser divulgados no final do mês pela Sesp. 

O panorama ainda é inicial, mas aponta uma diferença significativa em relação aos números das polícias Civil e Militar apresentados em 2012. 

Conforme o Relatório Estatístico Criminal da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a 20ª Aisp apresentou um crescimento de 38,5% na quantidade de homicídios dolosos no ano passado em comparação com 2011. Foram 176 assassinatos, contra 127 ocorrências no período anterior. A maioria dos homicídios na região (32%) foram cometidos nos três primeiros meses do ano. No primeiro trimestre, a Sesp confirmou 56 ocorrências, contra 35 do segundo trimestre, 42 do terceiro trimestre e 43 dos últimos três meses do ano. 

Em Londrina, no primeiro trimestre deste ano, são sete mortes violentas a menos. Em 2012, os três primeiros meses foram os mais violentos na cidade, com 32 ocorrências. No segundo trimestre ocorreram 23 homicídios; 26 no terceiro trimestre; e 30 nos últimos três meses do ano. 

Segurança
Conforme o secretário de Segurança, Cid Vasques, uma série de fatores deve ter colaborado para a diminuição dos homicídios na cidade e na região. Ele destaca a instalação da Delegacia de Homicídios na cidade (em setembro de 2012), a implantação da Unidade Paraná Seguro (UPS), no Jardim União da Vitória (zona sul), em novembro do ano passado, além da incorporação de novos policiais militares e as apreensões de drogas e prisões de microtraficantes durante as ações da Divisão de Narcóticos (Denarc). 

"Todos estes componentes influenciam para a redução da criminalidade, não podemos atribuir a uma ação específica. Em relação às drogas, por exemplo, sempre se tem um conceito de que o combate deve feito ao grande traficante. Mas as ações direcionadas ao pequeno traficante, aquele que mata por causa de conta não paga, pela disputa do ponto de venda também impactaram na diminuição dos índices. Fora o grande número de apreensões de drogas na região de Londrina. Está sendo realizado um trabalho intenso, muito profissional e com inteligência", destacou o secretário. 

Márcio Amaro, delegado titular da 10ª Subdivisão Policial, acredita que com uma estrutura mais adequada e mais pessoal foi possível diminuir a sensação de impunidade destes casos e, consequentemente, impactar na criminalidade na cidade e região. Segundo ele, em 2011, a Delegacia de Homicídios (DH) tinha quatro investigadores, um escrivão e um delegado. Desde o final do ano passado, conta com 10 investigadores, três escrivães e um delegado. "É impossível prever quando pode acontecer um crime de homicídio. Entretanto, diversas ações preventivas, como as operações de combate ao tráfico e à atuação de pequenos traficantes, por exemplo, podem ter reflexo nestes números", explicou.

Rubens Chueire Jr.
Reportagem Local

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