PM prende homem acusado de decapitar seis pessoas/ Foto: Edson Martins
Depois de mais uma noite violenta, com três mortes por decapitação, a
Polícia Militar de Mogi das Cruzes prendeu, hoje de manhã, um homem
acusado de cometer os assassinatos. Segundo a Polícia Civil, ele teria
confessado seis homicídios – os três da noite passada na Cidade, a morte
de uma jovem em Poá ontem à noite, o morador de rua incendiado segunda
no Mogilar, e uma dependente química morta a machadada em Braz Cubas, no
último sábado. A justificativa dele para os crimes foi a de que
“moradores de rua e drogados não pagam impostos”.
Jonathan Lopes de Santana, de 23 anos, ajudante geral, foi preso em
flagrante pela PM graças a uma denúncia. Os militares foram avisados por
um segurança que testemunhou um dos assassinatos no Jardim Rodeio. A
identidade da testemunha será mantida em sigilo. Este vigia passou a
placa do veículo conduzido pelo indiciado, um Chevrolet Astra verde
(DCM6741), que foi localizado pelos policiais na casa de número 650, na
Rua Palestina, no Botujuru.
Quando os militares chegaram, Santana tentou esconder um machado e uma
faca, que teriam sido usadas nos crimes. Os objetos foram recolhidos e
levados para perícia.
O rapaz foi levado à Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, na Vila
Rubens, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante por cinco
assassinatos. Ele confessou as três mortes de hoje – a de um morador de
rua no Mogilar (Carlos César Araújo, de 34 anos), a de uma mulher, no
Jardim Rodeio (cujo nome não foi informado pela Polícia Civil) e a de
outra, em César de Souza. O nome desta última vítima é Maria Aparecida
do Nascimento, de 46 anos, funcionária de uma metalúrgica do Distrito.
O primeiro corpo localizado foi o do homem, por volta das 6 da manhã de
hoje. Além disso, ele teria assumido o ataque a dois homens em situação
de rua na segunda à noite, em frente ao Supermercado Maktub, no Mogilar,
em que um deles morreu no local. O outro permanece internado em estado
grave.
De acordo com o delegado seccional, Marcos Batalha, a motivação das
mortes seria uma mensagem demoníaca. “Ele apresentava uma tatuagem de
machadinho e o numeral 31. Questionei a respeito do número e ele me
disse que um diabo havia dito a ele que é o número de pessoas que
deveria matar. A respeito da crueldade, ele justificou que estava
assistindo muitos filmes com decapitação por parte do Estado Islâmico”,
explico