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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sanepar amplia sistema de esgoto em Rolândia


A Sanepar está investindo R$ 13,4 milhões na ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Rolândia. As obras atenderão 13.700 moradores, elevando o atual índice de cobertura de 38% para 63%. Este índice será alcançado em abril de 2012. A empresa já concluiu a execução de 61,2 quilômetros de rede coletora de esgoto. Agora estão em construção a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Bandeirantes/Cervin, duas estações elevatórias, 6,87 quilômetros de interceptores, 1 quilômetro de emissário, travessias e cerca de 4 quilômetros de linha de recalque.

A nova rede atenderá moradores do Jardim Primavera, San Fernando, Novo Horizonte, Monte Carlo I e II, Núcleo Residencial Parigot de Souza e Conjunto Habitacional Vila Nogueira. Quando as obras forem concluídas, as famílias beneficiadas serão autorizadas a fazer a ligação do imóvel à rede coletora.

No Jardim Campo Belo, a Sanepar também concluiu mais 2 quilômetros de rede, levando o benefício para 100% do bairro. Esses moradores estão autorizados a fazer a ligação porque o material coletado é tratado na Estação de Tratamento de Esgoto Vermelho.

MAIS UM ADOLESCENTE É MORTO A TIROS EM ROLÂNDIA - PR.

RUA FRANCISCO BERTONCELO

Um adolescente de 14 anos foi morto com 3 tiros na Rua Francisco Bertoncelo no Conjunto Aviação, e foi atendido pela Polícia Militar e pelos socorrristas do Siate ontem por volta das 22 horas. Segundo apurou-se no local o motivo teria sido um "rolo" de bicicleta.
Uma denúncia anônima informou à polícia de que moradores estariam ouvindo tiros no bairro. Uma equipe se deslocou até a rua indicada e encontrou o adolescente caído no chão, com vários ferimentos de arma de fogo. O Siate foi chamado, mas os socorrristas apenas confirmaram o óbito.
O corpo do menor foi levado para uma funerária, onde indentificaram uma perfuração no rosto, próxima ao olho esquerdo, uma nas costas e duas no peito. A polícia não encontrou os projéteis, nem cartuchos das balas no local do assassinato.
Na manhã desta quinta-feira (18) a Polícia Militar informou que ainda não havia pistas sobre a identidade do autor do crime. O adolescente morto não tem passagens pela polícia.

CHÁCARA ROLANDIA À VENDA - FOLHA DE LONDRINA

09/08/2011 -- 00h00
> Irmãos buscam preservar símbolo de Rolândia
>
> Chácara dos irmãos Unbehaun, que existe há mais de 70 anos, foi
> colocada à venda; família espera que seja transformada em patrimônio
> municipal
>
> Carlitos e Paulo, além do mais velho Arthur, trabalham no local desde a infância
> Rolândia - ''Nada é eterno''. Carlitos Unbehaun, de 71 anos, fala a
> conhecida verdade, mas no fundo torce para que seja mentira. Ele e
> seus dois irmãos Arthur, 81, e Paulo, 67, não querem viver para
> sempre. A família se contenta que o local onde trabalharam desde a
> infância continue existindo. A Chácara Rolândia, que é um símbolo da
> cidade de 57 mil habitantes, foi colocada à venda, mas os irmãos
> sonham que ela seja conservada e se torne patrimônio municipal.
>
> Criada em 1937, com a vinda do patriarca da família Unbehaun de Santa
> Catarina, a história da Chácara Rolândia se entrelaça com o surgimento
> da própria cidade e a colonização do Norte do Paraná.
>
> De acordo com o presidente do Conselho de Turismo da cidade, Jaime
> Freiberger, ''a chácara é uma referência.'' ''Quando turistas da
> Alemanha e de outros locais passam pelo município sempre visitam a
> chácara. Sem contar as escolas que levam alunos para conhecer as
> árvores do local'', conta.
>
> E o que tanto atrai os visitantes? Um simples passeio pelo local de
> natureza preservada e belezas naturais é suficiente para saber o que
> atrai os turistas. Quando o pai dos irmãos Unbehaun chegou nos anos
> 1930, a região era de difícil acesso e não passava de mata virgem.
> ''Ele fez uma casa de troncos palmito'', relata Carlitos, mostrando
> uma fotografia da edificação e apontando: ''Eu sou esse bebê.''
>
> Paulo Unbehaun, que ainda não havia nascido na data da foto, diz que o
> amor pela terra e os seu frutos foi uma herança deixada pelo pai.
> ''Começamos a trabalhar com 7, 8 anos, acompanhando papai. Ele amava a
> terra e a gente ficou com isso'', diz.
>
> Arthur, o mais velho dos irmãos, não participou da entrevista porque,
> segundo a família, não está em condições de saúde. ''Ele é o que está
> mais sentido com a venda e também por não conseguir mais trabalhar
> aqui'', comenta Carlitos. Apesar da idade, ele e Paulo ainda labutam
> no local, ''todo dia das 6h30 da manhã até 6 da tarde.''
>
> No pequeno escritório da chácara, localizada na Avenida Itamaraty,
> próximo ao portal da cidade, na saída para Londrina, Carlitos faz
> questão de mostrar um documento de 1948: ''O prefeito de Cavíuna (o
> nome de Rolândia mudou por causa da 2 Guerra Mundial) concede alvará
> para venda de plantas naturais e flores.''
>
> Carlitos conta que o pai era considerado louco na época. ''Ele viajava
> de trem, maria-fumaça, e trazia mudas nas malas. Alguns viam e
> falavam: você vai levar muda para o meio do mato? Mas era o que
> gostava de fazer, e na época não tinha outro lugar. As pessoas
> chegavam e queriam fazer um pomar de laranja, por exemplo, e
> procuravam papai.''
>
> Com o tempo a família plantou raridades. Hoje figuram entre os itens
> de visitação: a árvore mais alta da chácara - uma jovem de cerca de 20
> anos da família das sequoias - com aproximadamente 20 metros de
> altura, a palmeira Bismark, natural das Ilhas Canárias, um pândanos de
> 15 anos, com suas raízes externas ligadas nos galhos, a palmeira Sete
> Pés, que não tem tronco, além da nolina de 50 anos, de origem
> australiana, que é popularmente conhecida como ''pata de elefante''.
> Também são encontradas árvores mais comuns, como pau-brasil, pau
> ferro, erva-mate.
>
> No início da década de 90, os irmãos Unbehaun receberam a visita de um
> dos mais famosos paisagistas do século passado: Roberto Burle Marx,
> que morreu pouco depois, em 1994. ''Ele veio e levou algumas mudas
> para o Rio de Janeiro'', recorda.
>
> Apesar de terem herdeiros, os irmãos decidiram vender a chácara, pois
> os filhos e netos não têm interesse em manter o lugar. ''É uma outra
> geração, que vive em frente ao computador, à televisão, internet. Não
> querem saber de terra. A própria Bíblia fala que de pai para filho até
> passa, mas para a terceira geração, não'', lamenta Paulo.
>
> Para amenizar, ele brinca: ''Quem gosta de terra é a gente, que é
> tatu''. E Carlitos vai além, e diz que ''se você analisar a juventude
> de hoje é complicado.'' ''Mudou tudo. Um casamento hoje mais parece um
> desfile de moda, passa três meses e os casais já não se suportam. Meu
> pai falava há 30 anos que iria surgir a 'Era do Plástico', e é
> verdade. Hoje tem planta, flor, quase tudo que você vê é feito de
> plástico. Tem até bolo que enfeita festa de casamento e é de
> plástico.''
>
> Davi Baldussi
> Reportagem Local