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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

AZEITE DE OLIVA PARANAENSE

GAZETA DO POVO

Idálio Cruz Inácio caminha pelo olival, em Ventania

Ventania (PR) |

Marcos Tosi

Nas encostas da paisagem acidentada da região centro-oriental do Paraná, as oliveiras cultivadas em linha forçam desenhos geométricos num mosaico irregular de pomares, campos de soja e maciços de floresta plantada.

Nas encostas da paisagem acidentada da região centro-oriental do Paraná, as oliveiras cultivadas em linha forçam desenhos geométricos num mosaico irregular de pomares, campos de soja e maciços de floresta plantada.

Comuns na paisagem mediterrânea, as pequenas árvores com folículos verde-acinzentados se adaptaram muito bem ao clima, solo e topografia da região. “A noite aqui é fresca. E as oliveiras precisam de 200 a 300 horas de frio por ano, abaixo de 12 graus, para produzir bem”, revela Idálio Cruz Inácio, o fazendeiro português dono do primeiro e maior olival do Paraná, que já conta com 30 mil pés a caminho da produção plena.

“Em Portugal, escolhia-se o pior lugar possível para plantar as oliveiras. Aqui no Brasil, entendi que é preciso cuidar, que a árvore não gosta de muita água e que responde bem à aplicação de calcário e fertilizantes”, afirma o irrequieto lusitano, nascido há 84 anos no vilarejo de Poltena, conselho de Anadia, próximo de Coimbra.


Idálio Cruz Inácio faz história. Dificilmente alguém contesta que ele seja o primeiro a produzir azeite de oliva extra virgem 100% paranaense. “Um dia estava a pensar. Se a oliveira vai bem na divisa de Minas Gerais e São Paulo, se vai bem em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, por que não iria bem no Paraná, que fica no meio disso tudo?”. Dos 86 hectares cultivados com oliveiras hoje no Paraná, 53 estão na Fazenda Reunidas Luso, uma megapropriedade (para os padrões paranaenses) de 3.300 hectares no município de Ventania.

A primeira experiência, há 30 anos, foi um fracasso. Seu Idálio plantou 40 mudas, algumas “contrabandeadas” de Portugal, que não chegaram a produzir mais do que 200 gramas de azeitonas cada, quando o esperado seria uma safra de pelo menos 20 kg por árvore.

A segunda empreitada iniciou há 12 anos. “Deu cócegas de novo e comecei a plantar. Mas desta vez fiz um campo de experimentos, com 15 variedades de azeitonas, da Grécia, Portugal, Espanha, Estados Unidos e África”, conta. Funcionou. Idálio descobriu que as variedades Koroneiki (grega) e Arbequina (espanhola) são as que vão bem na região, com produções fartas e regulares de azeitonas, e sem morte súbita por problemas com clima ou solo. Curiosamente, os experimentos da Emater e da Embrapa com variedades de azeitona no estado - que começaram bem depois, em 2001 - vêm chegando à mesma conclusão, segundo Cirino Correia Júnior, coordenador de plantas potenciais da Emater. “Hoje dá para dizer que as variedades Koroneiki, Arbequina, Frontoio, Mansanilla e Arbosana foram as que melhor se adaptaram. Mas, para mim, a Arbequina e a Koroneiki ainda são as melhores”, diz Cirino.

Idálio e a esposa, Maria Cristina, inspecionam a qualidade das azeitonas

Na atual safra, que acaba de ser colhida, a Fazenda Luso vai produzir e envasar 3 mil litros de azeite de oliva. O negócio ainda não dá lucro. “É um problema de cultura do brasileiro. Se ele não entender o que é um azeite extra virgem, sempre vai comprar o mais barato”, lamenta-se o português.

No final do ano passado, o Ministério da Agricultura desnudou o grau de falsificação de azeite de oliva no Brasil, retirando do mercado 800 mil litros de azeite impróprio para o consumo, envolvendo 64 marcas e 84 empresas que apresentaram indícios de fraude. Segundo a fiscalização, praticamente 100% das marcas importadas e envasilhadas no Brasil apresentaram problemas, enquanto as marcas envasilhadas no país de origem apresentaram mínimos índices de inconformidade.
Melhor do mundo

“Ir atrás de marcas extravagantes, envasadas de qualquer jeito e por quem não é produtor, é correr um grande risco. Por isso que eu digo, sem dúvida nenhuma, que o azeite que produzimos no Paraná pode ser considerado o melhor do mundo, por que é puro e fresco, envasado em até 12 horas depois da colheita”, orgulha-se Idálio.

Qual seria então o preço justo por uma garrafa de meio litro de azeite de oliva extravirgem? O português faz as contas: “Num litro de azeite vai mais ou menos 10 kg de azeitona. O custo para colher a azeitona fica em mais de 1 real por quilo. Tem ainda o preço da garrafa vazia, do rótulo, da tampa, da caixa e dos impostos, que são um absurdo. O consumidor tem que perguntar por que uma empresa venderia azeite supostamente extra virgem por 20 reais e outro, da mesma marca, por 65 reais? Então, por menos de 40 reais não é possível vender azeite puro”. O valor calculado por seu Idálio não foge do mercado. É bem mais barato, por exemplo, do que uma garrafa de apenas 250 ml de azeite da Serra da Mantiqueira, que custa quase R$ 50,00.
Hugo Harada/Gazeta do Povo
Na colheita, redes são colocadas no chão para evitar a perda das azeitonas,entre a vegetação rasteira

O azeite 100% paranaense da marca “Duidálio” ainda não estreou nas grandes redes de supermercados. Por enquanto, a venda é feita diretamente para amigos e gente que busca qualidade. O lusitano investiu mais de um milhão de reais no lagar da propriedade. Em quatro anos, o olival estará produzindo o suficiente para render 40 mil litros de azeite extravirgem a cada safra. Será quase 70% de toda a produção brasileira em 2017 (estimada em 60 mil litros).

Rodolfo Inácio, neto escolhido por seu Idálio para tocar adiante o negócio, antevê o tamanho do desafio, na medida em que a maioria do olival vai entrando em produção. “Produzir é até fácil, perto da dificuldade de entrar no mercado. Mas temos um diferencial, que eu sempre digo: aqui é Paraná!”, brinca Rodolfo, referindo-se à tradição agrícola do estado.

A produção brasileira de azeite de oliva ainda engatinha. A Associação Nacional dos Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliva calcula que menos de 1% dos 80 milhões de litros que os brasileiros consomem anualmente é produzido aqui. “É difícil encontrar azeites nacionais. Em São Paulo é dificílimo”, diz Rita Bassi, presidente da associação.

Por enquanto, o escoamento da produção nacional acontece por empórios e lojas de fábrica e apenas ‘belisca’ um mercado que movimenta quase R$ 1 bilhão por ano no País. De olho numa pequena fração desse negócio, outro produtor paranaense, Jonathan Harder, de 27 anos, da colônia Witmarsum, também investe nas oliveiras.

O olival de apenas 3,5 hectares no município de Palmeira ainda é novo, começou em 2013, mas já produz as primeiras azeitonas, prensadas artesanalmente para retirar o produto extra-virgem. “Fiz uma pesquisa para aumentar a renda através da diversificação. Estudei a opção de uva, laranja e maçã, mas decidi pela azeitona após fazer contato com produtores no Rio Grande do Sul”, diz Harder.
Hugo Harada/Gazeta do Povo

Ponto ideal da azeitona para produzir azeite é ‘meio madura, meio verde’

“O que falta é os produtores se conversarem mais. Cada um faz um trabalho diferente, em relação à poda das árvores, tipo de solo, clima e variedades. No Rio Grande do Sul e em Minas Gerais os produtores são melhor organizados”, avalia o jovem agricultor.

Não seja por isso. A reportagem passou para o ‘alemão’ Harder os contatos do ‘português’ Idálio, que, por sua vez, já havia afirmado que serão bem-vindos todos os que tenham interesse nas oliveiras. Quem sabe essas conversas podem render frutos e acelerar a produção de azeite de oliva extra-virgem no Paraná. “Não entrei nesse negócio por vaidade”, diz Idálio. “Para mim é um prazer mexer com as azeitonas, por que eu volto à minha infância, quando ajudava meu avô. Eu olho para as oliveiras e me lembro de Portugal”.

Quem disse que a saudade de águas passadas não move moinhos?

P.S: para adquirir uma garrafa do primeiro azeite de oliva extra-virgem 100% paranaense, o contato é pelo telefone 43-3531-2200.

NOTÍCIAS DE ROLÂNDIA 27/02/18

GINÁSIO ESPORTES


Estão em andamento as obras de reforma das duas quadras do Complexo Esportivo Emílio Gomes, área central. O empreendimento está na fase de ampliação dos banheiros e melhoria dos vestiários. Também já foram construídas rampas para cadeirantes com acesso as quadras. O benefício contempla ainda a reforma do piso da quadra, pintura, colocação de corrimão, adequações no espaço, nova instalação elétrica e de iluminação e reforma estrutural. Rolândia vai sediar em 2018 dois grandes eventos esportivos: os Jogos Abertos “Regional B’ e os “Jogos da Juventude do Paraná (JOJUP`s) Regional B”. Em cada um dos eventos são esperados cerca de mil pessoas, entre atletas, treinadores, árbitros, organização, torcedores, visitantes, dentre outros de 29 cidades da região norte do Paraná.

PR-170


Doutor Francisconi, o Chefe de Gabinete Victor Garcia, o Secretário de Desenvolvimento Econômico Dário Campiolo, o Deputado Estadual Cobra Reporter e os Vereadores Alex Santana e João Ardigo se reuniram hoje em Curitiba com a Direção do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística para discutir a municipalização do trecho urbano da PR-170 (Avenida Presidente Vargas). No encontro também foi abordada a questão do pedágio e outras demandas sob o domínio do DER. 


PLANO DIRETOR


A Secretaria de Planejamento convida toda a população para participar da Terceira Audiência Pública do Plano Diretor, que está marcada para quarta-feira, 14 de março, a partir das 19h, no Centro Cultural Nanuk. O Plano Diretor é uma lei municipal elaborada pelo poder Executivo (Prefeitura) aprovada pelo poder Legislativo (Câmara de Vereadores), que estabelece regras, incentivos e instrumentos para o desenvolvimento da cidade. A Audiência Pública é o momento em que o cidadão que tem alguma sugestão ou ideia para contribuir com a cidade tem a chance de ser ouvido pelas autoridades! Venha e participe da construção de uma cidade ainda melhor! 

SERVIDORES

Servidores Municipais de diversas Secretarias participaram de um curso de pregoeiros para aperfeiçoar e capacitar os responsáveis pelos processos de licitações no auditório da ACIR, ofertado pela Secretaria de Administração. A ação visa otimizar ainda mais os trabalhos. 

EMPREGOS

A Agência do Trabalhador/SINE Rolândia atende das 8h às 14h, de segunda à sexta. O SINE Rolândia fica na Avenida dos Expedicionários 604, Centro. O telefone é 3255-1118. Vagas para:
Adesivador; Administrador Financeiro; Almoxarife; Analista de Folha de Pagamento; Assistente de Laboratório Industrial; Auxiliar de Linha de Produção - JOVEM APRENDIZ ; Desenhista Projetista (Silos); Eletricista de Caminhões; Eletricista de Manutenção Industrial; Encarregado de Padaria; Enfermeiro; Ergonomista (Fisioterapeuta do Trabalho); Mecânico de Caminhão à Diesel; Mecânico de Manutenção de Máquinas Industriais; Mecânico de Motor à Diesel; Mecânico Eletricista de Automóveis; Montador Soldador; Operador de Empilhadeira; Operador de Máquinas Fixas (Puncionadeira); Torneiro Mecânico; Técnico de Enfermagem; Técnico de Enfermagem do Trabalho; Técnico em Eletrônica; Técnico Instalador de Alarmes e Câmeras; Vendedor Interno. 

PARQUINHO

As obras de revitalização do Parquinho Central estão a todo vapor. Foi finalizada a parte de instalação das bases para a nova estrutura, que já está sendo implantada. Além das melhorias no Parquinho, vão ser construídas duas Mini Arenas Multiuso de Esportes, compostas por alambrados, arquibancadas, gramado sintético e iluminação. Ainda haverá pista de caminhada e outras facilidades para que as famílias possam aproveitar. Durante alguns serviços executados pelos Servidores das Secretarias de Infraestrutura e de Serviços Públicos, trechos das ruas do entorno ficam parcialmente interditados.

PROCON


O PROCON Rolândia comunica que já está atendendo no novo endereço: Avenida dos Expedicionários 291, centro - prédio do Banco do Brasil - 3º andar (junto com a Secretaria de Assistência Social). O horário de atendimento é das 9h às 11h30 e das 13h às 16h de segunda a quinta, sendo que as sextas-feiras somente atendimento agendado previamente e audiências. São três guichês para atendimento ao público e as senhas são distribuídas até às 16h. Até 21 de fevereiro o PROCON fez 535 atendimentos neste ano. Mais informações: 3906-1028.

EMPREENDEDOR


De 26 de fevereiro a 2 de março, o Sebrae/PR realizará a Semana da Declaração Anual do Microempreendedor Individual (MEI) na Sala do Empreendedor de Rolândia, que opera dentro da Agência do Trabalhador/SINE. Nesse período, além do atendimento gratuito e focado no preenchimento correto daDeclaração Anual do Simples Nacional(DASN), a sala oferecerá um Seminário de Crédito, oficinas e consultorias especializadas nas áreas de Marketing, Finanças e Planejamento.O objetivo é orientar os MEIs na entrega da Declaração Anual de Faturamento do Simples Nacional (DASN – SIMEI) referente a 2017. Para ficar em dia com as obrigações legais, todos os microempreendedores individuais devem informar o faturamento mensal da venda de mercadorias e serviços com ou sem nota fiscal. O MEI que atrasar ou não realizar a DASN estará sujeito a juros e multa e pode ter alguns benefícios cancelados. A declaração deve conter o faturamento bruto devido em cada mês e a soma total dos valores apurados. Nos casos de baixa do CNPJ também é necessário entregar a DASN-SIMEI. Para receber atendimento, basta comparecer à Sala do Empreendedor com o faturamento bruto anotado, documentos pessoais (RG e CPF) e o CNPJ da empresa.

Confira a programação gratuita na Sala do Empreendedor da cidade:

Sala do Empreendedor – Avenida dos Expedicionários, 604, centro. Telefone (43) 3255-1118.

27/2 - Terça- Consultoria em Finanças, das 8 às 14h.

28/2 - Quarta - Oficina SEI Controlar meu Dinheiro, às 19 horas.

28/2 - Quarta - Consultoria em Marketing, das 8h às 14h.

1/3 – Quinta - Seminário de Crédito, às 19 horas

1/3 – Quinta - Consultoria em Planejamento, das 8h às 14h.LEIA MAIS...

Secretaria de Comunicação 
Prefeitura de Rolândia