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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Funcionários do BIG FRANGO ( JBS ) relatam abusos

Gina MardonesFOLHA DE LONDRINA

Frigorífico de Rolândia está parcialmente interditado por força-tarefa formada por MPT, MTE e outros órgãos

Ontem, 10 máquinas foram liberadas pela força-tarefa, depois de soluções apresentadas pela empresa
Tendinite, bursite, dores nas costas, cortes e até perda de dedos. Esses são alguns dos problemas relatados por trabalhadores da Big Frango, unidade de abate de frangos da JBS em Rolândia. Por causa disso, uma força-tarefa composta por integrantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), INSS, Receita Federal e Advocacia Geral da União (AGU) decidiu interditar 51 máquinas da indústria na tarde da última terça-feira. Ontem, 10 delas foram liberadas, depois de soluções apresentadas pela JBS (Friboi). Por causa das interdições, alguns setores da empresa ainda estão com suas atividades interrompidas. (PARCIAL)

"É muita correria. O encarregado fica pressionando para a gente trabalhar mais rápido. Sob pressão, os acidentes acontecem", afirmou ontem à reportagem um funcionário da Big Frango. Trabalhando de pé, por muitas horas seguidas, e carregando muito peso, ele conta que é muito comum as pessoas adoecerem. "É um trabalho muito repetitivo e difícil. Além dos problemas nas costas, nas mãos, muita gente compromete os joelhos", declara.

Outro trabalhador diz que é difícil acompanhar o ritmo das máquinas. "Tudo é muito rápido e a gente tem de ficar atento. Quando sente dor, a gente vai no médico e ele dá um analgésico", afirma. De acordo com o funcionário, é comum acidentes ocorrerem quando os trabalhadores são trocados de função. "Às vezes falta alguém, a gente tem de substituir, não conhece a máquina e se machuca", relata, afirmando ter colegas que perderam dedos durante o trabalho.

O auditor do MTE, Diego Alfaro, confirmou as ocorrência. A força-tarefa examinou as comunicações de acidente do trabalho (CATs) dos últimos dois anos. "Não tenho os números em mãos, mas são vários os acidentes, inclusive casos de amputações", ressalta. Uma pesquisa realizada com 400 funcionários mostrou que 52,9% deles tiveram de recorrer a remédios, emplastos ou compressas para aliviar as dores. Somente 15,6% disseram não sentir qualquer desconforto no trabalho. E 75,4% afirmaram ficar cansados ou exaustos ao final da jornada diária.

Desinterdição

Ontem à tarde, representantes da força-tarefa desinterditou 10 máquinas para as quais a empresa havia apresentado soluções. "Providenciaram proteções em algumas máquinas que não tinham ou melhoraram aquelas proteções que eram ineficazes. Em outra situações, instalaram sensores onde não havia", conta o auditor. Alfaro acredita que todas as máquinas só estarão liberadas na semana que vem. "A empresa está dando prioridade para os gargalos. Há máquinas que não têm solução e a empresa vai substituir por outras novas", declara.

A empresa enviou nota à reportagem alegando que, desde que assumiu o frigorífico, no início deste ano, fez uma série de melhorias no local. "A JBS esclarece que já solucionou a maior parte dos itens apontados pelo Ministério Público e ressalta que a interdição parcial não prejudicou a capacidade produtiva da unidade, que segue operando normalmente, sem prejuízo à companhia." A companhia diz também que monitora "permanentemente pontos de risco identificados no processo produtivo, procedendo as adequações necessárias de forma espontânea ou quando apontadas pelos órgãos de fiscalização".
Nelson Bortolin- Reportagem Local

Empresa é alvo de ações em todo o País

Não é apenas a unidade de Rolândia da JBS que enfrenta problema de desrespeito aos direitos trabalhistas. São várias as ações do Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contra o grupo no País. Uma das mais emblemáticas é a condenação sofrida em Mato Grosso, em 2014, pelo fato de a empresa ter servido a seus funcionários alimentos contaminados, incluindo carne com larvas de moscas varejeiras.

No início deste ano, o MPT e a JBS firmaram acordo para indenização por danos morais aos funcionários de uma unidade em Barretos. Em ação civil, o ministério público acusava o frigorífico de não conceder intervalos para recuperação térmica dos trabalhadores que atuam em ambientes refrigerados artificialmente.

Em janeiro do ano passado, uma força-tarefa interditou máquinas na unidade da JBS Aves, localizada em Montenegro (RS) por razões parecidas com as do frigorífico de Rolândia. O mesmo aconteceu em dezembro, na JBS de Passo Fundo (RS).

Segundo o auditor do MTE, Diego Alfaro, a empresa vem comprando vários frigoríficos, que já apresentavam problemas em relação aos direitos dos trabalhadores. A JSB, de acordo com ele, demonstra boa vontade em apresentar soluções conforme acionada. "Melhor seria se fizessem adequações antes de chegarmos até eles", ressalva. (N.B.)

quinta-feira, 14 de maio de 2015

ROLÂNDIA: 5 CONJUNTOS SEM ÁGUA

14/05/15 - 21 HORAS -
 
Elisangela Polli comunica:

Boa noite farina cinco conjunto sem agua desde começo da tarde nem uma gota até agora.
COMENTÁRIO:
Pedimos providências.

ROLÂNDIA: VAZAMENTO GIGANTESCO DE ÁGUA NA AV. CASTRO ALVES

14/05/15 - 20 HORAS - Vazamento muito grande na rede mestre da SANEPAR causou danos a imóveis da citada avenida. Até o asfalto  (no meio da avenida) trincou. Um verdadeiro rio foi formado. A causa é a mesmo de outros acontecimentos semelhantes verificados na cidade: Encanamento de ferro fundido colocados nas décadas de 50 e  60 (do tempo da Sanerol) que agora enferrujaram e corroeram. Existem ainda centenas de metros de tubulação de ferro para serem substituídos em toda a cidade.  Encerraram os serviços agora a pouco, mas amanhã retornam. Enquanto não for resolvido o problema um bom conselho é economizar a agua que mantém nas caixa d´água. FOTOS By JOSÉ CARLOS FARINA



























































Empresa de Rolândia (PR) deve indenizar mulher obrigada a ficar de lingerie.

A Agrícola Jandelle, de Rolândia, no norte do Paraná, foi condenada a pagar R$ 5.000 por danos morais a uma ex-funcionária que, de acordo com o processo, era obrigada a ficar só de lingerie para receber o uniforme de trabalho diariamente. Ainda cabe recurso da decisão.
A mulher trabalhou como auxiliar de serviços gerais por oito meses. Segundo o processo, ela recebia o uniforme limpo dentro de um barracão, onde as funcionárias faziam fila, e usavam apenas roupas íntimas enquanto aguardavam. Em julho de 2012, ela rompeu o contrato e entrou com ação na Justiça do Trabalho em Rolândia, pedindo indenização. A juíza que analisou o caso deu razão à ex-funcionária por violação do direito à intimidade. A empresa recorreu, mas o TRT-PR (Tribunal Regional do Trabalho do Paraná) manteve a decisão por ver o procedimento como desnecessário e embaraçoso. Além da violação de intimidade, a Justiça também condenou a empresa por fazer o transporte dos funcionários de maneira insegura. De acordo com testemunhas, o ônibus utilizado tinha janelas sem vidros, vazamento de óleo e sofria pane mecânica constantemente. O UOL tentou ouvir a empresa, mas não obteve contato até a publicação desta notícia.
Fonte: Bol.com.br

ROLÂNDIA: ACIDENTE DE TRABALHO NO BIG FRANGO

Redação Bonde - 14/05/2015 -

Uma força-tarefa interditou a Big Frango, unidade de abate de frangos da JBS em Rolândia.
O frigorífico abate diariamente em torno de 400 mil frangos e emprega aproximadamente quatro mil trabalhadores. A operação é acompanhada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação, Federação dos Empregados nas Indústrias de Alimentação do Paraná e Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Arapongas e Rolândia.

Considerada a maior força-tarefa do setor já realizada no Brasil, a "Grande Escolha" foi a primeira a congregar esforços do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, INSS e Advocacia Geral da União.

MPT/Divulgação
MPT/Divulgação


Os auditores fiscais do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram irregularidades graves em 45 máquinas que foram interditadas por apresentarem riscos à saúde e segurança do trabalhador, sendo quatro das interdições relacionadas à ergonomia. A produção da fábrica foi parcialmente interrompida em razão das interdições ocorridas nas máquinas e equipamentos. Na força-tarefa, constatou-se que alguns dos trabalhadores chegavam a fazer movimentação manual de cargas acima de 30 toneladas.

Por meio dos relatórios foi possível observar que, em 2014, os cerca de quatro mil trabalhadores da Big Frango foram submetidos a 2.033 consultas ocupacionais, ou seja, consultas médicas por causas relacionadas ao trabalho, e buscaram 70.279 atendimentos de enfermagem, uma média de 225 por dia - ou seja, em média 6% dos trabalhadores buscaram atendimento de enfermagem a cada dia. Em 2014, os afastamentos por CIDs relacionados a doenças osteomusculares ou traumas somaram mais de 6 mil dias. No mesmo período a empresa registrou 60 afastamentos com CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho), uma média de um afastamento a cada semana trabalhada.

Em contraposição à situação dos trabalhadores, a JBS registrou no primeiro trimestre de 2015, segundo o jornal Valor Econômico, um lucro líquido de R$1,393 bilhões, valor 20 vezes maior que o lucro do mesmo período do ano passado.

Pesquisa
Além da inspeção, nessa terça-feira (12) também foi realizada uma pesquisa com quase 400 trabalhadores. Nos últimos 12 meses, mais da metade (52,9%) dos entrevistados assumiram ter tomado remédio ou aplicado emplastos ou compressas para poder trabalhar. Apenas 15,6% disseram não sentir qualquer tipo de desconforto durante o trabalho, como dor, formigamento ou perda de força, enquanto 38% disseram sentir dor forte na realização de suas atividades. 49,6% dos trabalhadores relataram sentir frio durante a realização de suas atividades e 25,8% disseram sentir frio às vezes. Ao final de um dia de trabalho, 17,3% se disseram exaustos, 23% muito cansados e 35,1% cansados, ou seja, 75,4% dos trabalhadores ficam entre cansados e exaustos ao final da jornada diária.

As condições de trabalho são ainda mais preocupantes considerando-se as estatísticas de acidentes de trabalho do setor. Segundo dados do INSS, o abate de suínos, aves e outros pequenos animais é a segunda atividade econômica que mais registra acidentes de trabalho no sul do Brasil e no Paraná, perdendo apenas para a atividade de atendimento hospitalar. O sul foi responsável, em 2013, por 6.314 dos 10.386 acidentes do setor no Brasil, o correspondente a 60,8%. No mesmo período, o Paraná registrou 3.498 acidentes.



VÍDEO REPORTAGEM DO BLOG DO FARINA NO BIG FRANGO DE ROLÂNDIA