JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

sábado, 14 de novembro de 2015

DEBATE CANDIDATOS DE ROLÂNDIA NA RÁDIO CBN ( RESUMO )

Resumo  by José Carlos Farina

45.000 eleitores terão que votar.

Zé de Paula desistiu de comparecer.

DR.  FRANCISCONI

47 anos casado com Nilza que nasceu  em Rolândia, na Vila Oliveira, na Rua saguaragi, 450.  Tem 2 filhos. formado em 1995. Especialista em Otorrinolaringologista.

Por que Quero ser candidato?
Já fui secretario de saúde durante 6 meses. Não consegui melhorar a saúde de Rolândia porque pessoas impedem. Rolândia passa por problemas grandes. Rolândia não dá respaldo para quem quer investir. A cidade passa por um momento  ruim. A saúde passa por um caos.  Corremos o risco de ficar sem o único hospital. Quero dar a minha contribuição. Quero neste ano recuperar a cidade. Fazer um levantamento das finanças. E após fazer o que o prioritário. 
A população está desacreditada dos politico. não cumprem o que prometem. Eu e o professor Fiat sabemos o que o povo quer. vamos reduzir os cargos de confiança.
Rolândia possuiu no passado vários hospitais e hoje tem apenas um e ainda deficitário. Chegamos ao caos. Quero reorganizar  os postos de saúde e o pronto atendimento 15 horas da Vila. Quero melhorar o atendimento... restruturar os  postos para não sobrecarregar o único hospital. falta medicamentos. o hospital  precisa de gestão. faltou e falta competência.
Sobre os buracos nas ruas. Rolândia é o 23ª em arrecadação e não aceitamos este marasmo. Vamos fazer parcerias com o governo, mas tbm economizar para ter o dinheiro para investir neste setor. Andar com as próprias pernas. Falta planejamento e projetos hoje. Temos um raio "x" de qualidade, mas a prefeitura por falta de gestão não o coloca em funcionamento. Tem um posto de saúde  pronto  mas não  está funcionando. 

Linha do Trem
ambulâncias  paradas por causa do trem. a trincheira  foi promessa de 2 campanhas do prefeito cassado. mudança do pátio de manobras foi outra promessa. é necessário ir atras destes projetos e ver qual é mais viável e rápido. Chega de enrolar o povo.

creches

Por que não foram contratados o pessoal~para trabalhar nestas creches? tem quer verificar o que falta. A longo prazo vamos implantar  escolas em tempo  integral. discutir com professores e pais. tirar as crianças das ruas... dar esporte, cultura e lazer.

DR.  FRANCISCONI PERGUNTA AO ARDIGO
Situação complicada a de Rolândia. Temos  ouvido mts reclamações do povo... uma delas é a da falta de empregos. qual a sua proposta paras este setor?
RESPOSTA: Abrir um parque industrial para a pequenas  e médias empresas. Existe uma defasagem mt grande neste setor. faltou e falta planejamento. Já temos um local para abrir este Parque  e sabemos onde captar dinheiro. Vamos cuidar tbm das empresas que já estão já  instaladas em Rolândia.  A população tem que ser ouvida. Prometer sim, mas com responsabilidade. 

DR.  FRANCISCONI PERGUNTA AO ARDIGO
Você está recebendo apoio do PTB do prefeito  cassado JOHNNY e do PT da DILMA.. Nós temos um pedido. Somos contra  excesso de cargos. como vc vai fazer para enxugar estes cargos com estes apoios?
RESPOSTA.: Vamos fazer sim uma redução de secretarias. Você tbm tem apoio do PSDB de Beto Richa  que agrediu professores e do Hauly. Em nível local estas pessoas não vão atrapalhar a nossa administração. O vereador Dida vai nos ajudar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
agradeço a oportunidade. É Importante este espaço. Lamento ausência do Zé de Paula. o povo  está tao carente. rolândia está sedo ultrapassada por outros  municípios da região... quero devolver ao nosso povo a auto estima   que perdeu. Rolândia foi motivo  de chacotas por causa desta instabilidade politica e pela cassação do ex-prefeito, que saiu e voltou duas vezes... quero devolver o orgulho de morar em rolândia. vamos retomar o rumo do crescimento. queremos devolver o lugar que rolândia sempre ocupou na região. a população vai  ser ouvida. A populaça  sabe quem tenho boa vontade e competência. quero fazer a diferença.

JOÃO ARDIGO

Nascido na Vila Oliveira. tenho 2 irmãos. trabalho desde os 13 anos de idade. trabalhou no Curtume. Aos 24 anos casei. tenho um filho. sofri um acidente. Fui atropelado. Sou cadeirante. Voltei a estudar. Me formei em Direito. Escrevi 2 livros. Fui eleito vereador com a 2ª maior  votação  de Rolândia. 
Por que quero ser candidato?
Compareço todos os dias na Câmara para ouvir o povo. Por isso sou candidato. Vai ser um ano mt difícil. Sabemos o que o povo precisa. projetos parados. falta de planejamento. Rolândia vai a passos morosos. Falta servidores  nos postos de saúde. O hospital não vence a demanda e por isso tbm sofre crise.
Os moradores querem  um prefeito presente para ouvir as suas reivindicação, do tipo reformar um posto de saúde, etc. vamos  fazer um mapeamento do que é prioritário. informar o que foi gasto. prestar contas. como está sendo aplicado as verbas. 
Sobre o hospital. Já tivemos 6 hospitais no passado. O problema não  é falta de dinheiro. mas organização e boa vontade. Há 9 meses um raio "x" está parado no posto por falta de ser ligado. uma cadeira de dentista no Nobre não foi instalada por falta de ligar um fio. o Hospital atende uma grande  região. A prefeitura cortou mendicamentos da cesta básica. Os 50 funcionários com divida trabalhista do Hospital  não receberam porque gastaram o dinheiro que a prefeitura paga  em outro setor.
Infra-estrutura. asfalto... tapa buraco não resolve nada. aprovamos dois empréstimos. 13 milhões no total. estes projetos ficaram parados. Hoje é que começou a liberar o dinheiro. O tapa-buraco não resolve. Vamos comprar maquinário  para fazer o serviço bem feito. Fazer  recortes dos buracos antes.  Depois jogar o piche. para que o serviço dure e fique bom.
Aparelho  de raio "x". protocolamos 3 requerimentos  para que o mesmo fosse implantado. mas não temos um engenheiro elétrico. faltou licitação para contratar este engenheiro. estamos brigando a 3 meses para isso e até agora nada.
JOÃO ARDIGO PERGUNTA  PARA  FRANCISCONI
Denuncias serão  respondidas. haverá formulários próprios para o povo reclamar... E vc o que pensa disso?
RESPOSTA.: A participação popular é mt importante sim. Estive no bairro rural do Deizinho e lá nunca aparece politicos  para ouvir o povo. Comigo vai haver com certeza uma parceira com a administração e conselhos municipais. este vai ser o canal . a população vai ser sim ouvida. prefeitura itinerante. ouvir o povo em seus  próprios  bairros. um vez por mês.
JOÃO ARDIGO PERGUNTA  PARA  FRANCISCONI
O que vc já fez pelo hospital?
RESPOSTA:: Nunca fui politico. nunca fui vereador e prefeito. Já fiz várias cirurgias pelo SUS. mais de 1.000. ficamos até altas horas da noite operando. Gosto de saúde publica e tenho boas propostas para recuperar o hospital e os postos de saúde. conheço mt bem o setor. Sei das dificuldades mas vamos cutucar na ferida e resolver.

Linha do Trem
Falou-se mt da trincheiras. mudança do patio para outro local. já aprovamos estes projetos. isto resolveria em parte. Arapongas tem pátio de manobras fora da cidade. acompanhamos no DNIT o projeto...  deverá ser instalado atras da Selmi. Não vai ser mais necessários a trincheira prometida no passado.

creches
Temos 900 crianças esperando. temos  duas creches prontas faltando apenas o pessoal para trabalhar e atender. temos uma sendo construída  no Conjunto  perazolo.  o MP está exigido o atendimento. prioridade é  inaugurar  estas  creches.

considerações  finais:

Comigo a população  vai ter voz e vez. vamos  ouvir o povo. conhecemos todos os projetos que estão em andamento. quero  transparência. vamos ser um governo diferente. quero que o povo volte  acreditar no prefeito. desafio que vou encarar e levar a sério. ouvir o povo e colocar em pratica. fazer reuniões com lideres e comunidades de toda a cidade. O meu histórico é de lutas em favor do povo.

Resumo  by José Carlos Farina

DEBATE AGORA COM OS CANDIDATOS DE ROLÂNDIA NA CBN



Hoje à partir das 10 horas da manhã tem debate com os candidatos à prefeito de Rolândia na rádio CBN Londrina. Acompanhe!!!

MORTOS NA FRANÇA SOBEM PARA 120

noticiasuol.com

Tiroteios e explosões deixam ao menos 120 mortos em Paris 

Do UOL, em São Paulo



Terror na França47 fotos

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13.nov.2015 - Espectadores do amistoso entre França e Alemanha, realizado no Stade de France, em Paris, se abraçam após explosões que deixaram três mortos em um portão do estádio. O presidente francês, François Hollande, também estava presente na partida e foi removido às pressas, enquanto outros ataques deixaram um total de 120 mortos na capital francesa, mais de cem deles na casa de espetáculos Bataclan Leia mais Christophe Ena/AP
Uma série de atentados possivelmente coordenados atingiram Paris na noite desta sexta-feira (13). De acordo com a Procuradoria de Paris, há mais de 120 mortos, cerca de 200 feridos, sendo 80 em estado grave. Todos os ataques foram em locais de grande concentração de pessoas: bares, restaurantes, uma casa de shows e o estádio nacional Stade de France. Acompanhe a cobertura em tempo real
Oito terroristas foram mortos, sendo que sete teriam detonado cinturões com explosivos antes de serem atingidos pela polícia, informou a agência de notícias francesa AFP. Nenhum grupo reivindicou, até a madrugada de sábado, a autoria dos ataques.
O presidente da França, François Hollande, decretou situação de emergência no país e fechou as fronteiras. "É um ataque sem precedentes", classificou. 
Os ataques são os mais mortais dos últimos 40 anos na Europa ao lado dos atentados lançados em 11 de março de 2004, em Madri.

Seis ataques em poucas horas

Entre as 21h15 e 21h20 no horário local (18h15 horário de Brasília), terroristas explodiram ao menos duas bombas nas proximidades do Stade de France, em Saint-Denis, onde o presidente francês, François Hollande, e mais 80 mil pessoas acompanhavam uma partida de futebol entre França e Alemanha. A partida continuou até o fim, mas houve pânico no meio da multidão devido aos rumores sobre os ataques, e torcedores permaneceram no estádio, sendo que alguns desceram ao gramado de forma espontânea. Todos os ataques aconteceram entre 21h20 e 22h30, no horário local. 
Praticamente no mesmo horário, terroristas atiravam contra os espectadores de um show da banda Eagles of the Death Metalna casa de espetáculos Bataclan. A casa abrigava ao menos 1.500 pessoas, mas grande parte teria conseguido fugir pela saída de emergência quando os terroristas atiravam com metralhadoras AK-47 contra a plateia. Ao menos 100 pessoas morreram na casa de shows, e três dos terroristas teriam explodido seus cinturões quando a polícia invadiu o local. 
Um restaurante cambojano, na rua Alibert, no 10º distrito da capital francesa, também foi atacado a tiros. No local, estavam dois brasileiros, que foram atingidos pelos disparos. Catorze pessoas teriam morrido neste ataque, segundo o jornal L´Observateur.
O restaurante La Belle Equipe, na rua de Charonne, também foi atingido por disparos, vitimando 18 pessoas, segundo as autoridades. Outros disparos aconteceram na Rue de La Fontaine (próximo à praça République) e Boulevard Voltaire. Cinco pessoas teriam sido vitimadas em uma pizzaria que fica na Rue de La Fontaine e uma pessoa morreu no ataque do Boulevard Voltaire, segundo o jornal L´Observateur.
As informações oficiais ainda apontam para 120 mortos, entretanto.
Autoridades pediram que os cidadãos de Paris permaneçam em suas casas durante a madrugada deste sábado (14). A prefeitura de Paris decretou luto e determinou o fechamento de diversos equipamentos públicos a partir deste sábado, como, escolas, museus, bibliotecas, ginásios, piscinas públicas e mercados alimentícios. O governo pediu, ainda, o cancelamento de todas as manifestações e o fechamento das câmaras municipais de distritos - apenas os casamentos e serviços civis foram mantidos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ALUNO DÁ 12 FACADAS NA PROFESSORA NA SALA DE AULA

MAIS DE 40 MORTOS EM ATENTADO AGORA NA FRANÇA


GAZETAESPORTIVA

Atentados perto do Stade de France durante França x Alemanha matam mais de 40 

13/11/2015 



Diversos ataques foram registrados na noite desta sexta-feira em Paris (Foto: Reprodução/Twitter) 

Múltiplos ataques terroristas ocorreram em áreas próximas ao Stade de France e em outras regiões de Paris na noite desta sexta-feira. Os atentados foram registrados durante o amistoso entre as seleções de França e Alemanha. O presidente francês, François Hollande, precisou ser retirado às pressas do estádio. A polícia francesa estima mais de 40 mortos contando todos os ataques. 
Relatos ainda não confirmados oficialmente indicam que as explosões próximas ao Stade de France foram ataques suicidas. É possível ouvir o barulho de uma delas em um vídeo divulgado na internet com a transmissão da partida. O acesso ao gramado foi liberado ao fim da partida para parte do 
público se refugiar.O presidente francês, François Hollande (ao centro), teve de ser evacuado às pressas do Stade de France (Franck Fife/AFP) 
O dia já havia começado tenso em Paris após a seleção da Alemanha precisar ser evacuada do hotel onde se hospedava por conta de uma falsa ameaça de bomba.Há relatos de ao menos três ataques na capital francesa. Um deles, em um restaurante, teria sido provocado por um terrorista com uma arma automática. Segundo o jornal francês Libération, ao menos quatro corpos foram encontrados no estabelecimento, próximo à Praça da República. 
Outro atentado ocorreu perto da casa de espetáculos do Bataclan, onde uma banda norte-americana se apresentava. De acordo com os relatos de algumas testemunhas, dois terroristas entraram armados no local e abriram fogo contra os clientes. Segundo a polícia, há 100 reféns mantidos no estabelecimento e ao menos 15 pessoas foram assassinadas. A região é próxima do antigo escritório do periódico Charlie Hebdo, onde 12 pessoas morreram em um atentado ocorrido em janeiro. 
Após uma reunião de crise com membros do governo, Hollande se manifestou publicamente sobre os atentados em um discurso televisionado. O presidente decretou um toque de recolher em Paris e o fechamentos das fronteiras da França. “A França precisa ser forte. Os terroristas querem nos deixar assustados. Diante do terror, nós precisamos ficar unidos”, disse. 
Em pronunciamento oficial na Casa Branca, o presidente norte-americano Barack Obama prestou solidariedade às vítimas parisienses e disse que oferecerá apoio ao governo francês para “levar os terroristas à Justiça”. “Esse não foi um ataque contra as pessoas da França, mas um ataque contra toda a humanidade e os valores universais que compartilhamos”, afirmou. Segundo o jornal britânico The Guardian, os serviços de inteligência dos Estados Unidos acreditam que os atentados foram coordenados.

PREFEITURA NOTIFICA CALÇADAS SUJAS DE LIXO E ENTULHO


Um ex-inquilino meu ( daqueles que nunca colocam lixo na rua ) mudou e deixou um monte de lixo de lembrança.  Paguei para o Sr. Edgar limpar e levar embora para o lixão. O lixo ficou amontoado na calçada por um dia até que o rapaz da camionete viesse buscar. Nesse ínterim, alguém ligou para  prefeitura e  um fiscal compareceu no local e me notificou para eu limpar a calçada no prazo de 5 dias sob pena de pagar uma multa de R$ 1.200,00. No meu caso está tudo resolvido. Quando recebi a notificação o Sr. Edgar e o freteiro já tinham limpado a calçada. O motivo deste artigo é apenas informar que a prefeitura agora está "botando pra derreter" nesta questão de lixo em terrenos e calçadas. Se você tiver algum vizinho com lixo ou entulho atrapalhando você é só ligar no 3255-8609 ou 3255-8600 que os fiscais comparecerão  imediatamente e enviarão a notificação ao infrator. JOSÉ CARLOS FARINA

THIAGO NASSIF



O aniversário é amanhã, mas deixem-me contar uma breve história: há alguns anos, estava prestes a passar uma longa temporada fora. Eis que recebo o convite: o chefe de redação da FOLHA queria me conhecer. Convidado na sexta, contratado no sábado, vi minha vida mudar. Em dois anos, assumi uma das páginas mais lidas de toda a região, com 20 e poucos anos. O que posso dizer? Que serei sempre grato à empresa que acreditou em mim. Na vida, não basta ser bom, disciplinado e extremamente dedicado. É preciso estar cercado de gente boa, do bem, e fazer o que se gosta. Centenas ou milhares de entrevistas depois, só posso dizer: muitos salves à FOLHA, que completa 67 anos.


QUADRILHA DO PETROLÃO FALIU A PETROBRAS





Valor é o terceiro maior da história da empresa, segundo levantamento divulgado pela Economática
EXAME.ABRIL.COM.BR|POR TATIANA VAZ

JUDEUS E NAZISTAS EM ROLÂNDIA ( MATÉRIA ESPECIAL NA FOLHA DE LONDRINA )

FOLHA DE LONDRINA

História Esquecida - Suástica no Norte do Paraná


Região foi local de concentração de simpatizantes do nazismo na década de 1930

Anderson Coelho
"Eles (símbolos nazistas) eram expostos nas efemérides ligadas às ações do partido como o aniversário do Führer", revela o professor Marco Soares
Reprodução/Anderson Coelho
O pavilhão nazista foi ostentado durante a inauguração da escola alemã em Rolândia


Rolândia - A cruz suástica é um dos símbolos mais fortes já criados. Inicialmente representava "sorte", "prosperidade" e "sucesso". Contudo, em função da Segunda Guerra Mundial e da "Solução Final para a Questão Judia" - eliminação dos povos judeus que ocupavam territórios alemães – passou a ter uma conotação totalmente negativa. 

Na década de 1930, o pavilhão com a cruz suástica foi hasteado no Norte do Paraná. A região foi um local de concentração de simpatizantes do nazismo. Segundo o professor de História da Universidade Estadual de Londrina(UEL), Marco Antonio Neves Soares, boa parte dos simpatizantes do nazismo estavam em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). "Eram pessoas que já tinham se estabelecido em Santa Catarina, mas devido a um problema sanitário, a incidência de febre amarela, se mudaram para Rolândia", expõe. 
Segundo o professor, um deles era August Nixdorf, que montou em Rolândia uma célula do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), conhecido como Partido Nazista. "August Nixdorf usava o termo alemão 'stutzpunkt' (base), ou seja, um ponto de apoio do partido em Rolândia. Não chegou a ser uma agremiação, mas uma célula. Os simpatizantes eram em pequeno número e não tinham muito problema em ostentar o apoio ao regime na Alemanha", declara Soares. 
August exerceu grande influência na vida da Gleba Roland, como era conhecida Rolândia na época. Os primeiros imigrantes alemães vieram para cá por intermédio da Companhia para Estudos Econômicos Além-Mar, criada na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial para solucionar a crise econômica que atingiu pequenos lavradores, incentivando a emigração. Um de seus presidentes foi Erich Koch-Weser, advogado e político liberal que foi um dos fundadores do Partido Democrático Alemão e que também atuou como Ministro do Interior, vice-chanceler e ministro da Justiça. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, o governo alemão proibiu a saída de dinheiro da Alemanha e a solução encontrada por Erich Koch-Weser e Johannes Schauff , representantes da inglesa Companhia de Terras Norte do Paraná na Alemanha, foi realizar a chamada Operação Triângulo, por meio da qual os alemães sob risco forneciam o dinheiro para compra do material para a construção de uma estrada de ferro e, em troca, recebiam títulos conhecidos como "cartas de terra", que davam o direito de adquirir terras em Rolândia. Cerca de 400 famílias de origem alemã se estabeleceram na Gleba Roland entre 1934 e 1938, dos quais entre 80 e 120 famílias eram de judeus, inclusive assimilados e convertidos. Dessas famílias, 12 chegaram a Rolândia pela Operação Triângulo e tiveram acesso à terra. 
"Sabemos que algumas dessas iniciativas não deram certo. As pessoas compraram o ferro, mas ele não foi entregue à companhia inglesa. Devido ao esforço de guerra, a Alemanha proibiu a negociação do material e aquelas pessoas cujo material não chegou nas mãos da companhia inglesa não obtiveram acesso à terra. Temos aqui no CDPH alguns depoimentos de pessoas que ao chegarem aqui, jamais imaginavam que seriam empregados domésticos ou lavradores que executavam serviço braçal no campo", relata. 
Muitas delas, ao chegar ao Brasil, se depararam com símbolos nazistas como os pavilhões com a suástica do NSDAP e isso as aterrorizou. "Eles eram expostos nas efemérides ligadas às ações do partido como o aniversário do Führer. Há, inclusive, uma foto no dia do aniversário de Hitler em que a poetisa Maria Kahle (1891-1975) se apresentou em uma clareira aberta no meio da mata e declamou versos que tinha escrito em homenagem ao líder alemão", destaca Soares. 
Maria Kahle nasceu na Alemanha em 1891 e veio ao Brasil em 1913, para visitar uma tia, mas não conseguiu voltar por causa do início da Primeira Guerra Mundial. Em 1920 voltou à Alemanha, e conheceu a ordem antidemocrática e antissemita "Der Jungdeutsche". Com a ascensão nacional-socialista, voltou à América em 1934 para fazer propaganda partidária do regime nazista nas colônias alemãs, entre elas, Rolândia. 
Outro evento em que o pavilhão nazista foi ostentado durante a inauguração da escola alemã em Rolândia. Os refugiados judeus se sentiram incomodados com a exposição do pavilhão nazista e não se interessaram em colocar seus filhos na instituição. "A população que era perseguida, os refugiados, pouco vinha para a cidade, enquanto os que eram simpáticos ao nazismo permaneciam no centro do município", aponta Soares. Segundo o professor, os próprios judeus deram aulas para seus filhos ou contrataram professores. "Por isso, os confrontos entre os dois grupos são difíceis de serem localizados em Rolândia." (Leia mais sobre o assunto na página 2).  Vítor Ogawa - Reportagem Local


‘Era a bandeira de um partido político’



Rolândia - Segundo o engenheiro agrônomo Klaus Nixdorf, cuja família não tem parentesco com August Nixdorf, os pavilhões com a cruz suástica eram expostos naquela época como hoje as bandeiras de partidos são expostas em alguns eventos pelo País. "Era uma bandeira de um partido político. Meu pai (Oswald Nixdorf) foi diretor da colonização e era agente consular da Alemanha. Por esse motivo era obrigado a participar do partido, só que ele nunca praticou o nazismo. Quem praticou isso, foi o August Nixdorf, que foi o chefe do partido nazista na região. Só que ao estourar a guerra, ele foi preso e disse que não era ele o chefe do partido, mas o meu pai. Por esse motivo ele foi preso e teve as terras confiscadas", revela. 

Klaus afirma que até hoje não existem provas de que seu pai era nazista. "O pai teve de entrar com um processo judicial para reaver suas terras. Demorou dez anos para que ele pudesse reavê-las", revela. Nesse intervalo, relata que a mãe dele foi desalojada sem nenhum dinheiro e teve de vir a Londrina para procurar famílias que pudessem criar os seus filhos. 
Klaus aponta que se o seu pai fosse nazista praticante, não deixaria nunca entrar 80 famílias judaicas na colônia. "Foi o contrário. Recebeu todas elas de braços abertos e inclusive se hospedaram na casa dele ao chegar a Rolândia", diz. Segundo Klaus, ninguém era nazista em Rolândia. "Eu não posso lhe dizer quantos membros o partido tinha aqui, porque se faz muito mais barulho do que era na realidade. Aqui era mata virgem e era impossível fazer um trabalho grande como poderia ser feito nas grandes cidades. O August Nixdorf não teve tempo de fazer nada. Ele foi preso em Curitiba antes de realizar qualquer atividade nazista", garante. 
Segundo o jornal A Notícia, de Joinville (SC), em nome da segurança nacional, suspeitos de apoiar os países do Eixo foram detidos no Estado em 1943. Entre eles estava August Nixdorf, que foi preso na cidade de Porto União. Klaus diz que não chegou a ter contato com August. "Eu tinha 9 anos, e numa dessas festas devo ter conhecido ele, mas não me lembro dele. Muitos anos atrás me ligou, da Alemanha, uma senhora, provavelmente esposa dele, que gostaria de saber onde ele foi parar. Não pudemos informar", revela. 
Depois veio uma informação de que ele estava em Joinville (SC) e morreu por lá. "Estive em uma viagem do grupo germânico e pedi a um advogado para que buscasse onde ele estava enterrado para provar que ele não era irmão de meu pai." Segundo Klaus, os "documentos do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) indicavam isso, mas era uma mentira inventada por August". "Ao ter as terras confiscadas, meu pai perdeu os melhores anos do café e recebeu a propriedade totalmente arrasada", lamenta. 
Além de Rolândia, o professor Marco Soares revela que um filme da década de 30 do século passado mostra imagens de muros pintados com a cruz suástica em Cambé. "Nós temos um filme feito em Cambé no final dos anos 30 onde há a suástica pintada em algumas propriedades, em alguns edifícios no centro da cidade, no comércio. Mas não temos nenhuma informação sobre isso. O filme é mudo. Mas se tem a suástica, ou tem nazistas ou quem eles assombram, ou seja, gente demonstrando a ideologia nazista ou alguém sabendo que aquilo pode amedrontar os outros", observa.(V.O.)

História Esquecida - Judeus sepultados no São Rafael

Cemitério na área rural de Rolândia abriga também túmulos de católicos e luteranos de origem alemã

Gina Mardones
A maioria das lápides de judeus tem estampada a Estrela de Davi, símbolo do Judaismo


Rolândia - Muitas famílias de origem hebraico-alemãs estão sepultadas no Cemitério São Rafael, mas a maioria é de origem católica e luterana. Existem também outras etnias que ajudaram a colonizar Rolândia, como suíços e eslavos. A maioria das lápides de judeus tem estampada a Estrela de Davi, símbolo do Judaismo, mas há algumas famílias de origem judaica que preferiram apenas colocar o nome dos mortos. 

Na dissertação de mestrado "Entre dois mundos", de Marcos Ursi Corrêa de Castilho, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), o autor menciona o depoimento de Pedro Bernardy, um descendente de alemães cuja família chegou a Rolândia em 1935. De acordo com o depoimento de Bernardy e reproduzido por Castilho, o início da colonização de Rolândia se deu pela Estrada São Rafael. O Cemitério São Rafael, que fica na região, possui 14 quadras com 379 terrenos. 
Segundo Bernardy, as quadras do lado esquerdo eram reservadas para a religião luterana, as da direita para os católicos e as do fundo, dos dois lados, para os de outras religiões, basicamente os judeus. 
A reportagem tentou conversar com alguns dos descendentes de alemães que vivem em Rolândia, mas como já estão na terceira ou quarta geração, poucos sabem da história do período da Segunda Guerra Mundial ou preferem se abster de fazer qualquer comentário. 
O Cemitério São Rafael possui um cenário bastante bucólico e fica próximo da capela de mesmo nome construída em 1958 e que possui uma torre revestida de pedras. A necrópole conta com belas árvores e é extremamente bem cuidada, com muitas flores sobre os túmulos, como se fosse um jardim. No local estão os túmulos de Erich Koch-Weser, ex-ministro alemão, e de Max Herman Maier, advogado de Frankfurt que se tornou "cafeeiro na mata do Brasil". De origem judaica e conselheiro na associação assistente dos judeus na Alemanha, ele deu apoio a outros judeus que pretendiam sair da Alemanha e tornou-se, ao lado de Erich Koch-Weser, guardião de toda a cultura intelectual e da tradição clássica da Alemanha, combatendo a ideologia nazista e apoiando, de maneira ativa, os movimentos antinazistas e antifascistas no Brasil. Seu escritório na Alemanha serviu de fachada para articular vistos e documentos para aqueles que desejassem sair do país. 
Em entrevista à historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro, a esposa de Max Herman Maier, Mathilde, revelou que para vir ao Brasil teve de subornar o cônsul do Brasil na Alemanha. Muitos dos judeus que estavam no mesmo navio tinham passado por campos de concentração, estavam com cabeças raspadas e tinham estampados em seus passaportes a letra J em vermelho, que identificava os judeus. 
Para Klaus Nixdorf, uma das provas de que seu pai não era nazista foi o fato de que foi sepultado no Cemitério São Rafael ao lado de muitos judeus. "Mais uma prova de que os judeus se davam bem com os alemães e que estavam trabalhando debaixo de um chapéu, senão não seriam enterrados no mesmo cemitério. A amizade era muito grande. Meu pai era muito amigo dos judeus", garante.
Vítor Ogawa

Reportagem Local


Nazismo em Rolândia

Parte da História de Rolândia que Poucos Conhecem e outros tantos escondem

CAPA DO LIVRO "ABRIGO NO BRASIL" de Gudrun Fischer

Prefácio
“Uma pesquisa do IBOPE realizada em março de 2001 mostrou que 89% dos brasileiros nunca ouviram falar do Holocausto e 32% não sabem que houve um extermínio em massa de judeus pelos nazistas durante a 2ª Guerra Mundial. Os resultados do levantamento não surpreenderam. Em vista das deficiências do sistema educacional no Brasil, o nível de conhecimento de grande parte da população é muito baixo. Se a maioria dos brasileiros desconhece sua própria história, não é de estranhar que haja ignorância em relação ao que aconteceu na Europa sob o regime nazista…” (Henry I. Sobel).
O livro
A escritora alemã Gudrun Fischer transcreve em seu livro “Abrigo no Brasil” relatos surpreendentes de mulheres judias alemãs que fugiram da Alemanha nazista e vieram para Rolândia. Mas mesmo longe da loucura do Führer*(Hitler), o medo continuou presente em suas vidas. Suas lembranças são comoventes e dolorosas, estimulantes e informativas. Cada uma elabora a fuga de forma diversa, o que se reflete na variedade dos relatos: ora irônicos, ora secos, alguns sintéticos, outros minuciosos e detalhados.
Para que os leitores e leitoras passam conhecer um pouquinho mais sobre o assunto, transcrevo abaixo fragmentos do citado livro, pois não podemos ignorar o passado, sob pena de vagar cegos no futuro.
Fuga em massa
“Algumas fontes informam que cerca de 10 mil fugitivos alemães judeus se instalaram no Brasil durante o período nazista (…).Fischer, Gudrun. Abrigo no Brasil. São Paulo,2005.P.154.
“(…) Ao todo, cerca de 155 mil alemães emigraram para o Brasil; deles, 90 mil chegaram antes da Primeira Guerra Mundial. Em 1937, havia cerca de 1 milhão de alemães ou descendentes de alemães no país (dados de Emílio Willens, citado por Ethel Kosminsky, 1985) (…)”.Fischer, Gudrun. Abrigo no Brasil. São Paulo,2005.P.149.
Nazismo em Rolândia
“A maioria dos descendentes alemães simpatizantes do nazismo em Rolândia, tinha vindo dos outros estados do Sul, para o Norte do Paraná. Mas alguns nazistas emigraram da Alemanha para Rolândia, entre os anos de 1930 e 1950(…)”.
“Havia pessoas influentes em Rolândia que eram comprovadamente nazistas (…)”. Fischer, Gudrun. Abrigo no Brasil. São Paulo,2005.P.162.
Proibido falar alemão
“A partir de 1942, não era mais permitido falar alemão em público no Brasil, e escolas alemãs foram fechadas. Essa lei também valia para os judeus. Em Rolândia, alguns judeus ficaram presos por alguns dias por falar alemão nas ruas. E quem fosse viajar precisava trazer consigo um salvo conduto.” Fischer, Gudrun. Abrigo no Brasil. São Paulo,2005.P.164.
Frases das entrevistadas
“Todos os dias, na escola, (na Alemanha) nós tínhamos que dizer `Heil Hitler` e `Hitler é o nosso Deus”. (Ruth Kaphan)
“Quando descemos do navio, eu disse a mim mesma: “quero apagar tudo que marcou a minha vida por 18 anos”. (Susanne Behrend)
“Sempre serei grata ao Brasil” (Brigitte wendel)

VÍDEO ENTREVISTA COM KLAUS NIXDORF