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terça-feira, 10 de maio de 2011

ROLÂNDIA - FARRA COM DESPESAS DE VIAGENS NA CÂMARA

COLABORAÇÃO DO PROFESSOR MARCO ANTONIO
Educação Política

Fiquei pensando a respeito das informações postadas na comunidade do Orkut “Eu Amo Rolândia” e “Rolândia Politika” sobre as despesas com as viagens dos nobres Edis da Câmara Municipal de Rolândia. Estou convencido a cada dia de que é preciso investir em “Educação Politica”, a fim de promover a formação política dos cidadãos para o efetivo exercício pleno da cidadania.
É preciso que as pessoas ao escolher seus representantes, estejam conscientes do verdadeiro papel que o político vai desempenhar. Para isso é necessário esclarecer os eleitores o papel do poder legislativo, e do executivo, explicitando a independência dos poderes, um princípio básico no exercício da democracia.
Como diz uma conhecida apresentadora da rádio local, é “LAMENTÁVEL”, que vereadores se mantêm fiéis subservientes aos interesses políticos e econômicos do executivo, o que se caracteriza como uma triste realidade na maioria das cidades brasileiras. Vereadores ineptos, muitas vezes sem formação nenhuma, sem conhecimentos básicos de Educação, Saúde, infra-estrutura, legislação, Cultura, Esportes, etc, constroem suas carreiras políticas como se fosse profissão, (nas costas do povo sofrido e trabalhador) baseado em favores, como “empreguinhos”, a mulher, cunhado, irmão, esposa, e outros parentes de vereadores, litros de gasolina a título de mensalinho, e o povo que se dane, pois têm memória curta, não é? Assim os prefeitos mantêm sua base aliada.
Comportamentos como esse distancia cada vez mais o cidadão dos seus direitos  e o verdadeiro papel do vereador fica deturpado. No cargo o vereador, deve representar aqueles que o elegeu seus interesses, reivindicarem em favor da coletividade junto aos órgãos competentes, apresentar requerimentos, fazer indicações, e principalmente exercer a sua função primordial, de fiscalizar a aplicação correta dos recursos pelo executivo. No viés contrário, e não raro, assistimos vereadores solicitando nas respectivas secretarias remédios, vagas em escolas, pedindo roçagem, poda de árvores e outros favores somente para alguns poucos eleitores. Tudo isso acontece porque muitos eleitores desconhecem a verdadeira função do legislativo. Se as pessoas conhecessem as atribuições dos poderes, muitos vereadores perderiam seus empregos.
Dizer que está totalmente errado? Talvez. O correto seria dizer que falta ética, transparência, falta um princípio básico, o da impessoalidade para alguns de nossos Edis, pois ao invés de solicitar mais investimento ao executivo para construção de mais escolas, resolvendo assim o problema de vagas da coletividade, de ser mais responsável na hora de aprovar o orçamento anual, de apresentar emendas garantindo mais recursos para investimento nas diversas áreas, preferem tratar o cidadão como alguém miserável, digno de pena e cobrar-lhe o voto na próxima eleição. Faço aqui mais uma pergunta: Será que vereadores que vendem seus apoios políticos ao executivo em trocas de benesses particulares e ou a apaniguados políticos, tornando-se subservientes, estão aptos a fiscalizar alguém?
Precisamos de vereadores comprometidos, que não durmam na sessão, que não use de traição aos servidores públicos, que tenham vergonha na cara, que seja firme e tenha palavra e que verdadeiramente represente a coletividade e não o particular, que respeite aqueles que os elegeu e principalmente saiba a diferença entre o público e o privado. Dinheiro público tem dono, os contribuintes.
Mais nem tudo está perdido, felizmente ainda existem exceções, há aqueles que honram os votos que receberam da população e as calças que vestem.


Marco Antonio

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