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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

BARBOSA NETO RESPONDE INQUÉRITO NA POLÍCIA FEDERAL

FOLHAWEB

O procurador regional da República Maurício Gotardo Gerum, que atua junto ao Tribunal Regional Federal da 4 Região (TRF4), em Porto Alegre, solicitou à Polícia Federal (PF) a continuidade das investigações para apurar eventuais crimes cometidos pelo prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), na contratação do Instituto Atlântico, oscip que em 2010 prestou ao município serviços na área de saúde, como o gerenciamento do Samu. As supostas irregularidades foram descobertas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, que deflagrou em maio do ano passado a operação Antissepsia, levando 21 pessoas à prisão. 



A assessoria de imprensa do Ministério Público Federal informou que o procurador nada pode comentar sobre o inquérito porque as investigações ainda estão em curso. Ele entendeu que as informações repassadas não seriam suficientes para denunciar o prefeito de Londrina e, por isso, remeteu o inquérito à PF. Quando a polícia finalizar o relatório, o procurador decidirá se denuncia Barbosa ou arquiva o processo. 

O inquérito começou a tramitar em Curitiba, no Tribunal de Justiça, porque Barbosa, por ser prefeito, tem foro privilegiado para responder a ações criminais. No entanto, o Ministério Público de segundo grau entendeu que os recursos supostamente desviados por meio do Instituto Atlântico são federais e a competência para processar o prefeito, neste caso, seria da Justiça Federal. Assim, após o parecer do promotor Samir Barouki, o inquérito foi para o TRF4 em novembro do ano passado. Conforme as investigações do Gaeco em Londrina, Barbosa e sua esposa, Ana Laura Lino, teriam exigido propina de R$ 300 mil para contratar o Atlântico. Ambos negam.

Loriane Comeli 

Reportagem Local

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