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quarta-feira, 20 de junho de 2012

CHUVAS CAUSAM DANOS EM LONDRINA


  • ODIARIO.LONDRINA
    19/06/2012 às 17:13    -    Atualizado em 19/06/2012 às 19:03
  • Com excesso de chuvas, barragem do Lago Igapó transborda em Londrina

fotos: Alexandre Sanches
  • Alexandre Sanches e Lucio Flávio Cruz


O excesso de chuvas em um único dia, em Londrina, repetiu o cenário exibido em outubro: o transbordamento das águas do Lago Igapó 1 sobre a barragem, na zona sul da cidade. E com isso, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) fechou a Avenida Almeida Garrett ao tráfego até que as águas abaixem.

O principal cartão postal de Londrina, o Lago Igapó, teve suas pistas de caminhada totalmente tomadas pelas águas, ou seja, cerca de 1,5 metro acima do nível normal. Por volta das 17h30, as águas transbordaram e invadiram a Rua Almeida Garret. Muitas obras de reparo que foram feitas em 2011 no local já foram danificadas novamente. O alambrado que separa a rua do Igapó desabou.
De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, até as 17h choveu nesta terça-feira (19) em Londrina cerca de 110mm, mais que a média prevista para o mês de junho, que é de 100mm. No acumulado do mês já choveu mais de 210mm. A maior concentração histórica registrada em um mês de junho em Londrina foi em 1997, quando choveu 427mm.
Aeroporto Governador José Richa fechou para pouso e decolagem às 19h desta segunda-feira (18) e até as 17h desta terça-feira, não havia previsão de voltar a abrir. Com isso, mais de 40 voos foram cancelados.
Este ano já foram canceladas 152 operações de pousos e decolagens por questões climáticas. E só no mês de junho já somaram 74 horas de pista fechada, sendo considerado o maior tempo de interrupção nas operações neste mês desde 2009.
Por volta das 15h30, agentes da Guarda Municipal e da CMTU foram até a barragem do Lago Igapó para fazer o monitoramento da evolução das chuvas. E em cerca de uma hora, a água na vertente subiu cerca de dois metros. E as águas do lago já ultrapassavam a barragem. Por conta desta evolução, houve a necessidade de se fechar a Almeida Garrett ao tráfego.
Em outubro de 2011, as chuvas fortes também ultrapassaram a barragem do Lago Igapó, inundando a avenida, levando parte do asfalto e as manilhas de água e esgoto instaladas do outro lado da pista.
O Lago Igapó 2, acima da Avenida Higienópolis, estava bem acima do nível, cobrindo parte das pistas de caminhadas no entorno. Também o leito do Ribeirão Cambézinho, que forma o Igapó, no aterro do Lago 3, estava acima do nível e preocupava os moradores vizinhos ao local, uma vez que em outubro tiveram as casas invadidas pelas águas do lago.
E a prefeitura foi obrigada a fechar a Rua Joaquim de Matos Barreto, na altura da Avenida Maringá com a Ayrton Senna, próximo das residências.
Na zona oeste, a ponte do Jardim Panissa sobre o Córrego Esperança, na Rua Barão do Cerro Azul, foi arrastada pela enxurrada e o acesso ao bairro está bloqueado. Os moradores precisam usar outras vias.
Nas marginais da PR-445, no perímetro urbano de Londrina e Cambé, houve vários pontos de alagamento com veículos parados por problemas mecânicos e elétricos.
Diversas chamadas foram realizadas ao Corpo de Bombeiros para situações pontuais, como afundamento de fossas sépticas e de solo. Porém, nenhum ferido ou necessidade de interdição de imóveis.
A prefeitura informou que o ginásio de esportes Moringão, no Centro, vai servir como base para receber pessoas que tenham dificuldades em voltar para casa ou que tenham problemas estruturais em suas residências impedindo a permanência das pessoas sob risco de acidente.

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