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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ZÉ DE PAULA PEDE A INDEPENDÊNCIA DA CÂMARA


  • A nossa vontade e ter um poder legislativo independente e a casa voltar a ser moralizada e respeitada por todos, o poder legislativo nunca o pode ficar a merce do poder executivo, Salmos,23;4 Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum,porque tu estas comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam...que Deus nos de muita sabedoria que Rolândia seja abençoada e livre

5 comentários:

  1. A Constituição Federal principia por assegurar (art. 2º) o princípio da separação entre os Poderes, que tem sua origem na antiguidade (Aristóteles) e se consolidou através de Maquiavel (O Espírito das Leis). Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem ser, portanto, conforme a Lei Magna, independentes e harmônicos entre si. Cabe ao Vereador, também essa função de zelar pela independência do colegiado da Câmara, não se sujeitando a ser, ele mesmo, "vaquinha de presépio" do prefeito.
    O Vereador é eleito pela população para, entre outras coisas, fiscalizar a Administração Municipal. Se se comporta de maneira servil, submisso aos interesses do prefeito, quaisquer que sejam, age contrariamente ao seu dever e fere a honra (o decoro) parlamentar. Então, não é o Poder Legislativo que tem que "voltar a ser independente para ser moralizado e respeitado". Não. Quem tem que ser independente e cumprir com as obrigações do mandato parlamentar é o cidadão que se elegeu Vereador. A sociedade quer e cobra isso dele. Só não entendi porque misturar com a atividade de parlamentar a pregação religiosa. Não tem nada a ver. Política e religião são coisas distintas. Até porque, o Estado Brasileiro é laico. O Vereador não tem que pedir sabedoria a Deus, tem que saber o que faz, usar a sabedoria que tem. Ou exerce bem o seu mandato, conforme determina a lei ou submete-se aos seus rigores. Isso vale para todos os que se aventuram à difícil missão de exercer um mandato popular.

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  2. Vamos deixar claro: Laico significa o que ou quem não pertence ou não está sujeito a uma religião. O termo “laico” tem sua origem etimológica no Grego “laikós” que significa “do povo”. Está relacionado com a vida secular (mundana) e com atitudes profanas que não se conjugam com a vida religiosa. Um comportamento secular é o oposto de um comportamento eclesiástico,direcionado para atividades da Igreja.

    Laico é a forma erudita de leigo, cujo significado no meio religioso se refere ao membro ativo da Igreja que não exerce funções específicas do clérigo.

    O laicismo é uma doutrina que defende a ausência de qualquer obrigação de caráter religioso nas instituições governamentais. É uma posição que visa a laicidade, ou seja, a não intervenção da religião no Estado.

    A qualidade de ser laico pressupõe a não interferência da igreja em assuntos políticos e culturais. Quando se fala em Estado laico, existe a ideia de neutralidade sobre questões religiosas. Deve haver liberdade para os cidadãos manifestarem a sua fé religiosa, qualquer que ela seja, sem haver controle ou imposição de uma religião específica.
    Com base nessa explanação, percebe-se que o sistema político é embasado em filosofia humana, filosofia que pode muitas vezes cometer erros graves, enfim. O agente político, ele pode sim, usar de seu conhecimento e princípios religiosos para tomar decisões, se não fora assim, a própria carta magna, citada por vós seria contraditória onde diz no artigo 5º inciso VIII: “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, FIXADA EM LEI”. Nesta fala do edil, ele apenas se manifesta como um ser dependente da democracia, onde o poder emana do povo, mas também usar do seu direito, garantido pela Constituição, de que além de ouvir o povo, também pode consultar a quem ele crê para tomar decisões, e neste aspecto, cada um crê em quem, ou em o que quiser. A sabedoria que o ser possui, vem de várias fontes, seja ela, oriundas de pessoas que viveram a vida apenas filosofando, ou de doutrinas (ensino) religioso, que podem ao meu ver serem usadas pelo agente político desde que não venha ferir o direito da coletividade. Mas se for adentrar no âmbito religioso, vamos ir longe porque desde os tempos primórdios, Deus sempre quis conduzir o povo a uma vida feliz, mas como temos o livre arbítrio, erramos e com isso, por um ato impensado de alguém todos podem sofrer e se caso o agente político, consultar sua fonte de sabedoria e obter a "luz" para suas idéias, quem sabe pode ser diferente, mas como eu disse se levar para o âmbito religioso, pode levar muito tempo para expôr em laudas nosso pensamento... Abraços, Ted Perez

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  3. Sérgio: Concordo com a primeira parte... Mas "data vênia" quanto a segunda parte penso que a Bíblia só ensina amar o próximo... perdoar... ser justo... dar a cada um é o que seu...não roubar.. não matar...

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  4. Dias atrás a Câmara de Piracicaba (SP)- que impõe aos membros e frequentadores a obrigatoriedade de ouvir em pé à leitura de trechos da Bíblia, no início das sessões, (incabível, convenhamos)- expulsou da platéia, sob força policial, um jovem que insistiu em permanecer sentado durante a leitura bíblica. O fato está relatado no link http://www.paulopes.com.br/2012/10/camara-de-piracicaba-insiste-em-desrespeitar-o-estado-laico.html#comment-form

    Câmara de Piracicaba mantém a sua intolerância religiosa
    www.paulopes.com.br
    Câmara de Piracicaba insiste em desrespeitar o Estado laico


    Sergio de Sersank Nós já temos exemplos de sobra de intolerância religiosa no mundo. A verdade é que a Bíblia não é, como símbolo religioso, diferente do Alcorão ou de outros livros basilares das crenças existentes. O fato de ensinar coisas boas, não matar, não roubar, etc, não tem nada a ver, não justifica a sua intromissão no expediente legislativo. Aliás, nela mesma se lê que é preciso separar as coisas, "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Menos conversa e mais ações é o que o cidadão espera dos políticos. E - ademais - a pregação religiosa no meio profano é nada mais do que gesto. Funciona como maneira de "dourar a pílula". De apregoar as boas intenções desse ou daquele crente. A verdade é que de boas intenções, como diz o ditado, "o inferno anda cheio".

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  5. Nada contra o Zé de Paula que é um bom amigo e, na minha opinião, bom Vereador.
    Abraço!

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