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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Paraguai exige do Brasil a volta do Canhão "Cristão", trazido como troféu de guerra


FOLHA DE SÃO PAULO


A Guerra do Paraguai ainda não acabou no imaginário dos paraguaios.
ISABEL FLECK - ENVIADA ESPECIAL A ASSUNÇÃO

A última batalha entre as tropas locais e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) ocorreu em 1870, mas os rancores provocados pela derrota, que levou o país vizinho a uma ruína cujos efeitos ainda estão presentes, continuam vivos para a maioria da população.
O governo paraguaio exige que o Brasil devolva um combalido sobrevivente: o canhão El Cristiano (O Cristão), considerado um herói paraguaio, mas que talvez nunca tenha feito um disparo.
O Cristão, que ganhou esse nome por ter sido construído a partir de metal fundido de sinos de igrejas de Assunção, reaparece na política paraguaia toda vez que as relações com o Brasil não andam bem --como agora.
Daniel Marenco/Folhapress
O canhão "Cristão", pego pelo Brasil como trofeu de guerra
O canhão "Cristão", pego pelo Brasil como trofeu de guerra
Depois de o Paraguai ter sido suspenso do Mercosul por causa do impeachment-relâmpago de Fernando Lugo no ano passado, o presidente Federico Franco voltou ao tema em 1º de março, data em que o país homenageia os soldados caídos na maior guerra da história da América do Sul (1864-70).
Estima-se que 300 mil paraguaios e 50 mil brasileiros tenham morrido.
"Não haverá paz nem entre os soldados nem entre a sociedade paraguaia enquanto não for recuperado o canhão Cristão", disse Franco na ocasião.

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