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quarta-feira, 22 de maio de 2013

MAIS UM TAXISTA MORRE POR CAUSA DAS POMBAS EM LONDRINA


Taxista morre por meningite causada por criptococose

É o terceiro óbito em cinco anos na cidade.Vítima estava em tratamento no HU desde novembro
25/03/2013 | 14:21
Fábio Calsavara
O taxista Sidney José da Silva, de 47 anos, foi a terceira vítima de doenças relacionadas à criptococose em Londrina nos últimos cinco anos. Ele morreu no domingo (24) de meningite, uma das complicações decorrentes da infecção causada pelo fungo Cryptococcus, presente nas fezes de pombos. Silva ficou em tratamento no Hospital Universitário (HU) desde novembro do ano passado, mas os primeiros sintomas surgiram em julho. Para a família, a demora no diagnóstico agravou a doença e dificultou o tratamento.
“Ele foi piorando aos poucos. Perdeu a audição, depois a visão de um dos olhos na semana passada. Já não conseguia mais respirar”, descreveu Luís Dias, tio do taxista. “Se ele tivesse recebido um diagnóstico correto desde o início, quem sabe poderia ter sido salvo”, lamentou.
Márcia Silva, esposa de Sidney, confirmou que o taxista começou a sentir fortes dores de cabeça ainda em julho de 2012. “Fomos ao hospital da zona norte, mas os médicos liberaram o meu marido, dizendo que ele tinha sinusite. Deram analgésicos, mas não conseguiram identificar a causa dos sintomas”, disse.
Silva ainda passou pelo Hospital Evangélico, onde ficou por mais 30 dias recebendo tratamento. “Fizeram ressonâncias, tomografias, mas não conseguiram descobrir o que era. Mais uma vez, ele foi liberado sem um diagnóstico”, revelou o tio do taxista.
A meningite só foi descoberta pelo neurologista Luis Sidônio, consultado pela família. “Ele olhou os mesmos exames feitos no [Hospital] Evangélico e na mesma hora diagnosticou a meningite. Foi encaminhado para o HU, mas aí já era tarde”, disse Márcia.
O médico confirmou que o índice de mortalidade aumenta de acordo com a demora do diagnóstico. “É uma doença que responde bem ao tratamento, mas precisa ser diagnosticada cedo. As mortes são mais frequentes em casos onde há demora para iniciar o tratamento, como no caso do taxista”, avaliou Sidônio.

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