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segunda-feira, 3 de junho de 2013

MARISBEL MUNGO FALA SOBRE OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS NA ÁREA DE SAÚDE

VIVIANE  Costa - Redação Bonde

Duas mortes registradas nos últimos três dias causaram indignação entre familiares de pacientes que aguardavam atendimento no Hospital São Rafael, em Rolândia. O primeiro caso ocorreu na sexta-feira (31) pela manhã quando o idoso Brandino Fernandes de Souza, de 67 anos, sofreu um princípio de infarto e foi levado até o pronto socorro do hospital com a ajuda da esposa e do filho mais velho. Segundo a família, ele teria aguardado mais de 30 minutos pelo atendimento que só foi feito depois que Souza desmaiou na recepção.

Durante a espera, a mãe entrou em contato com o outro filho do casal que é médico. Vinicius Fernandes de Souza estava em Apucarana e recebeu a ligação por volta das 6h50. "Quando cheguei ao hospital em Rolândia já era umas 8h20 e meu pai ainda estava na recepção. Nesses casos, qualquer pessoa sabe que um minuto pode salvar a vida do paciente. Ele aguardou, no mínimo, meia hora", contou Vinicius em entrevista ao Portal Bonde.

Conforme ele, o pai teria chegado consciente e de forma tranquila. O paciente era hipertenso e nunca havia sofrido infarto até então. Na madrugada, o pai de Vinicius foi medicado pela esposa depois de vomitar algumas vezes. O filho afirma que Souza não passou nem pela triagem enquanto aguardava na recepção. No caso do meu pai, não há o que fazer, mas isso não pode continuar", desabafou Vinicius.

O presidente da Associação Beneficente São Rafael e diretor geral do hospital, Marisbel Mungo, argumentou que outros dois pacientes chegaram ao local no momento em que Brandino Fernandes de Souza também estava na recepção. "Era uma jovem de 32 anos e um senhor de 78 anos. Este senhor foi atropelado por uma moto e estava em estado grave com fratura no crânio. Nós priorizamos o atendimento às vítimas do acidente", afirmou.

No local, só há uma sala de emergência e um plantonista clínico-geral. Conforme Mungo, o atendimento teria demorado em torno de 15 minutos. "Ele piorou quando estava na recepção. Não houve omissão de socorro em hipótese alguma. Não há motivos para que seja aberta uma investigação aqui no hospital. O procedimento é normal", ressaltou o diretor geral do hospital.

Marisbel Mungo disse ainda que a triagem costuma ser feita em todos os pacientes. Duas enfermeiras se revezam no setor.

No domingo a tarde, um bebê de apenas 25 dias também teria morrido após esperar atendimento na recepção do Hospital São Rafael. A menina foi levada pelos pais que teriam aguardado por mais de 30 minutos. Antes de chegar ao hospital, ela foi levada ao Pronto Atendimento da Vila Oliveira onde não havia médico de plantão.

Neste segundo caso, o diretor geral do hospital alegou que o bebê chegou morto e, por isso, não havia o que fazer. O óbito teria sido constatado no momento em que os pais preenchiam a ficha de atendimento. "Também não há necessidade de uma investigação interna. Não houve negligência nesses dois casos", defendeu Mungo.

Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar as causas da morte do bebê. O corpo será avaliado por funcionários do Instituto Médico Legal de Londrina.

(Atualizado às 11h56)

2 comentários:

  1. Cara isso é uma vergonha...o que esse Maribel Mungo é?? ele é médico?? ou ele é Deus pra definir que vive ou quem morre... E cade o prefeito dessa cidade que não fala nada? e cade os vereadores que nas eleições juravam que iam trabalhar pelo povo???

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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