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segunda-feira, 1 de julho de 2013

MAIORIA DOS VEREADORES DE ROLÂNDIA FAZEM COLUNA SOCIAL



01/07 - bonde news

Um levantamento feito pelo portal Bonde nas Câmaras de Vereadores de Cambé, Ibiporã e Rolândia, três das principais cidades da Região Metropolitana de Londrina (RML), aponta falta de iniciativa dos parlamentares quando o assunto é proposição de projetos de lei. 


No primeiro semestre deste ano, os vereadores dos municípios discutiram e votaram, ao todo, 64 projetos. O que chama a atenção é que 42 ou 65% deles foram apresentados pelo Executivo. "Acontece nestas cidades menores o que é registrado em Brasília. O Legislativo perde a independência e cria o costume de discutir a pauta do Executivo, que é o dono do cofre, que tem o dinheiro. Isso é ruim para a população e para os próprios parlamentares, que perdem o poder de fiscalização", analisou o professor de Ciência e Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Elve Cenci. "Por que os deputados e os vereadores não discutem e apresentam grandes temas? Por que sempre estão atrelados aos assuntos dos governos", completou. 



Rolândia 

Outro dado preocupante envolve a apresentação de projetos "irrisórios", que, na prática, não representam, de fato, mudanças no cotidiano da população de cada cidade. Em Rolândia, por exemplo, metade das vinte matérias discutidas e votadas pelos parlamentares em 19 sessões previam nominações de ruas, declarações de utilidade pública, comemorações e homenagens. 



"Passamos por um período muito turbulento neste primeiro semestre, depois que o prefeito teve a diplomação cassada e a presidente (da Câmara) precisou assumir o Executivo. Quando a gente conseguiu formular um projeto com ela (Sabine Giesen), o Johnny Lehmann conseguiu voltar ao cargo e tudo precisou ser refeito. É por isso que não conseguimos fazer um trabalho melhor", justificou o vice-presidente da Câmara de Rolândia, João Manoel Ardigo (PSB). 



Na avaliação de Elve Cenci, o vereador não consegue formular projetos melhores justamente por estar ocupado atendendo interesses do Executivo. "Eles votam os projetos da prefeitura e ficam fazendo 'coluna social'. O Executivo se agiganta e os vereadores ficam 'reféns'. É claro que alguns se aproveitam da situação. Preferem ficar na base para ter os requerimentos atendidos. O vereador precisa atender os interesses da população para se eleger. Desde a poda de árvore ao buraco da rua", argumentou o professor.

COMENTÁRIO: Caio Cezar É um levantamento que infelizmente não surpreende, mas não deixa de ser decepcionante. É nítida essa relação refém que alguns Vereadores mantém com o Executivo. Os que não tem essa relação opta por "apenas" fiscalizar o Executivo, e quem perde é a população. Eu sempre bato na tecla de que, o Vereador tem, e isso é obrigação, de apresentar projetos que visem resolver os problemas do cotidiano da população. Se isso entrar em choque com o Executivo, venha a público e diga. Não use isso como desculpa para não apresentar. Eu abomino esse tipo de Vereador que bate no peito e diz que a sua obrigação é fiscalizar o Executivo. Parafraseando o Farinão; Não é só isso pôô, e as outras obrigações?. E o que é pior, tem muita gente que apoia e acha que é isso mesmo....lamentável sob todos os aspectos.

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