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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

AULA PARA PREFEITO, VEREADORES E SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE

FOLHAWEB

Falta de árvores aumenta calor em espaços públicos

Praças e outras áreas públicas não cumprem papel de ajudar na redução de temperaturas
Fotos: Anderson Coelho
Trecho reformado do Calçadão teve árvores frondosas substituídas por mudas que ainda levarão anos para proporcionar sombra
Praça Tomi Nakagawa tem uma grande área sem sombra por conta da característica arquitetônica do espaço
Londrina - Os espaços públicos, que deveriam possuir extensa área verde em Londrina, são pouco arborizados e acabam não cumprindo o papel de ajudar na redução da temperaturas. As áreas urbanas possuem uma quantidade imensa de concreto das edificações, muros e calçadas e asfalto das vias públicas. Isso contribui para a formação de ilhas de calor, fenômeno típico dos grandes centros urbanos. 

Alguns locais no centro da cidade que poderiam servir de "abrigo" para os pedestres se refrescarem nestes dias de verão ficam praticamente desertos, justamente por não serem arborizados. Um exemplo é a Praça Tomi Nakagawa, que possui uma grande área sem sombra, provocada pela característica arquitetônica do espaço, com pavers (pisos intertravados) e vegetação apenas nas beiradas. 

Um dos poucos que foi encontrado pela reportagem descansando no local em uma tarde foi o pedreiro José Roberto da Silva, de 61 anos. Ele afirmou que reside próximo dali e que considera a praça o local mais bonito de Londrina, embora cobre o plantio de mais árvores na praça. "Se houvesse mais árvores, as pessoas frequentariam mais", analisou. 

A Praça Rocha Pombo também possui relativamente poucas árvores e os bancos ficam expostos ao sol. "É impossível sentar lá. Deve estar uns 42º C ali. Tanto é que ninguém está sentado nos bancos", observou o estudante Mayson Henrique da Silva, de 19 anos. 

Já os frequentadores do Calçadão (área central) se refugiam sob as marquises das lojas para se proteger do sol. Algumas quadras do espaço foram reformadas nos últimos anos e as árvores frondosas foram substituídas por mudas que ainda levarão alguns anos para proporcionar sombra. "Falta sombra por aqui. Quando se está em um lugar com muitas árvores, até o ar melhora. Sem isso, só com sorvete para dar uma refrescada", afirmou a dona de casa Simone Gomes, de 38 anos, enquanto tomava um. 

Mesmo quem depende do calor para obter bons lucros pede mais sombra. O sorveteiro Benedito Dionísio Lopes, de 66 anos, se refugiou sob a pequena sombra de uma árvore para trabalhar. "A sombra ajuda a gente. Quando está bem quente eu vendo mais, mas não dá para ficar debaixo desse sol forte."

Vítor Ogawa
Reportagem Local

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