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quinta-feira, 27 de março de 2014

Dois casos graves de reação à vacina contra HPV são investigados no RS

Adolescentes de 11 e 13 anos sofreram convulsões cerca de uma hora após receberam a 1ª dose da medicação - OGLOBO

FLÁVIO ILHA EMAIL··
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Presidente Dilma Rousseff acompanhada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lança campanha de vacinação do HPV Foto: Marcos Alves/10-3-2014 / O Globo
Presidente Dilma Rousseff acompanhada do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lança campanha de vacinação do HPV Marcos Alves/10-3-2014 / O Globo
PORTO ALEGRE – A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul está investigando dois casos graves de reação à vacina anti-HPV, que vem sendo aplicada na rede pública em adolescentes do sexo feminino entre 11 e 13 anos desde o dia 10 de março. Nos dois casos, as vítimas tiveram convulsões cerca de uma hora após receberam a primeira dose da medicação e precisaram de atendimento médico para reverter o quadro. Ambas passam bem e não correm risco de vida. No Espírito Santo, nove adolescentes passaram mal depois de serem vacinadas na escola em Cariacica.
Os dois casos no Sul foram registrados na semana passada. Um ocorreu em Caxias do Sul e outro em uma cidade não revelada do interior do Estado. Nem a idade e nem a identidade das duas meninas foram informadas pela Secretaria, que também não divulgou os casos publicamente. As reações são consideradas graves pelo Ministério da Saúde porque não há descrição na literatura médica de convulsões como efeitos colaterais após a aplicação da vacina anti-HPV.
Segundo a coordenadora do Programa de Vacinação da Secretaria, Tani Ranieri, as duas adolescentes não precisaram de internação, mas continuam sendo acompanhadas para medir a extensão do problema neurológico que apresentaram. Nenhuma delas tinha histórico de epilepsia, causa mais comum de convulsões, e necessitaram de atendimento de emergência para reverter o quadro. Segundo a coordenadora, o socorro rápido às adolescentes impediu danos maiores.
- Ainda não podemos afirmar que as convulsões foram causadas pela vacina. É necessário ter cuidado nesses casos porque o medicamento pode levar a culpa por problemas anteriores que não eram conhecidos e que foram apenas desencadeados pelo produto, o que não é a mesma coisa – advertiu a coordenadora.

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