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domingo, 9 de março de 2014

Três mil médicos cubanos fogem da Venezuela

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No último ano, por volta de três mil cubanos, em sua maioria médicos, fugiram para os Estados Unidos abandonando suas escravizadoras funções em planos sociais da Venezuela, informou “El Universal”, o maior diário de Caracas.
Segundo o jornal, o fato em si não é novo, mas o número é impressionante: 60% a mais em relação a 2012.
No território americano já havia por volta de cinco mil médicos e enfermeiras cubanos que fugiram do mundo todo. Porém, no dia 1º de dezembro a cifra atingiu o patamar de oito mil. 98% deles chegou proveniente da Venezuela.
Os dados foram revelados pelo dr. Júlio César Alfonso, presidente da Solidariedade Sem Fronteiras (SSF), uma ONG com sede em Miami que auxilia os médicos cubanos que fogem dos despóticos planos sociais que Havana vende como “economia de serviços” no mundo todo.
Na Venezuela se encontra o maior contingente de profissionais da saúde cubanos trabalhando em regime escravo em virtude de convenio de cooperação entre Caracas e Havana de 2003.
“Em 2012 havia cinco mil profissionais da saúde refugiados nos EUA, mas o número disparou em 2013, atingindo oito mil, 98% dos quais fugiram da Venezuela porque as condições estão cada vez piores nesse país”, observou Alfonso.
“A maioria dos cubanos saiu por causa dos baixos ordenados que recebem, do pagamento que não é feito em dia e do aumento da carga de serviço nos módulos do plano chavista ‘Barrio Adentro’ por todo o país, e muitos denunciam um sistema de escravidão moderno”, disse o diretor da SSF.
“Os médicos recebem por volta de 300 dólares diretamente, porém a Venezuela entrega ao Estado cubano, em média, 6 mil dólares por cada um deles, quer dizer, eles recebem menos do 10% do ordenado nominal”, apontou Alfonso.
Esses profissionais da medicina, assim como qualquer cubano que executa uma missão no exterior, podem pedir um visto aos EUA pelo programa ‘Liberdade para Professionais Médicos Cubanos’ (CMPP, na sigla em inglês).
Obtido o visto, a maior parte dos médicos vão para a Colômbia e não regressam mais. O Brasil também está se convertendo num trampolim para a liberdade.
Os médicos são obrigados a apresentar registros inflacionados de número de pacientes atendidos. As cifras são adulteradas falsificando o RG, nomes ou doenças.
“Isto é suficiente para Cuba apresentar relatórios positivos ao Estado venezuelano”, explicou Alfonso.
Não demorará em sabermos quantos fugiram do Brasil e as circunstancias dos “serviços” prestados e o dinheiro pago à ditadura castrista.

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