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quinta-feira, 24 de abril de 2014

MENINA DE ROLÂNDIA MORRE EM ARAPONGAS NA CASA DE UM BENZEDOR

Menina de 6 anos morre no quartel do Corpo de Bombeiros de Arapongas

Auber Silva - Redação Bonde

Uma menina de 6 anos morreu no interior do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom) de Arapongas no início da tarde desta quinta-feira (24). O óbito foi confirmado às 14h, no quartel localizado na rua Patativa, no Jardim Bandeirantes. 


De acordo com a Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar a morte, a criança estava com a saúde debilitada há algum tempo. Moradora de Rolândia, ela ficou internada em um hospital de Londrina por aproximadamente 20 dias, mas os médicos não conseguiram diagnosticar a sua doença e recomendaram aos pais que procurassem um neurologista. 

Ao mesmo tempo, familiares sugeriram uma visita a uma benzedeira de Rolândia, mas a alternativa não surtiu efeito. Novamente estimulado por parentes, o casal trouxe a criança a um senhor de Arapongas que também presta serviços do orações e bênçãos. A visita foi marcada para a tarde desta quinta (24). 

No local, o benzedeiro afirmou, ao ver a criança, que ela "já era de Deus". Ele ainda encheu um copo com água da torneira, o benzeu e ofereceu à criança, mas ela não chegou a beber e desmaiou nos braços da mãe, que logo depois percebeu que ela já não respirava mais. Dada a proximidade entre a casa e o quartel do Corpo de Bombeiros, distantes cerca de 100 metros, os pais levaram a menina até os socorristas. 

Manobras de primeiros socorros foram realizadas no interior do Cobom e uma médica do Samu foi acionada. No local, um desfibrilador chegou a ser usado na tentativa de reanimar a criança, mas ela já estava sem vida. A princípio, a causa da morte é uma parada cardiorrespiratória. 

No entanto, como a médica não sentiu segurança suficiente para expedir o atestado de óbito alegando a causa natural, a Polícia Civil foi acionada. Os investigadores colheram depoimentos dos pais, do benzedeiro e dos socorristas. O corpo da criança foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Londrina, que deverá expedir um laudo sobre a causa do óbito dentro de 40 dias.

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