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quarta-feira, 16 de abril de 2014

ROLÂNDIA - PREOCUPAÇÃO COM A PR-170


CASAMENTO DE COBRA E CASAMENTO “DO DESENVOLVIMENTO COM A SUSTENTABILIDADE”
Veio Erê a jato com sua máquina fotográfica, chamando: “papai, papai... corre, tem casamento de cobra no jardim!”
É uma pena que a maioria das pessoas se encontra longe destas “coisas” tão naturais, encantadoras e sustentáveis. Cobra, por preconceito tantas vezes, é sinônimo de nojo, medo, matança ou de xingamento e brincadeira de mau gosto. Mas “quanto” as cobras poderiam ensinar aos humanos!
Em Rolândia especula-se há anos, transformar em “zona industrial” a espetacular região agrícola até o Distrito de São Martinho. São argumentos da administração “a necessidade de crescimento e criação de empregos”. Soma-se a isso a pressão de municípios vizinhos querendo se livrar de suas indústrias indesejáveis. Ocorrem cobranças de financiadores de campanhas políticas esperando rever seu dinheiro. Especuladores oferecem preços exorbitantes aos agricultores para garantir um espaço de ganho possível. Donos de negócios potencialmente perigosos querem se instalar e pressionam por mudança de zoneamento.
O conflito e a desunião entre a população se tornam inevitáveis! A ilusão de ganho imediato envenena famílias, amizades e a história do município. Questionar o andar dos acontecimentos é taxado de utopia e romantismo.
Temos notícia boa, porém: Dá para respeitar todo mundo, até mesmo as cobras e tantos outros seres tão desconsiderados e sem voz em nosso mundo.
Um “desenvolvimento sustentável” seria um saudável caminho do meio. Os 14 km da rodovia PR170 entre Rolândia e São Martinho, cogitados a se transformarem em zona industrial, apresentam inúmeras e invejáveis vantagens tão procuradas hoje em dia. São presentes o turismo, a gastronomia (São Martinho é a Capital Paranaense dos Embutidos), a cultura, o esporte, a educação, a pesquisa, os jardins botânicos, os museus, os casarões históricos e principalmente, o preservado ambiente rural e natural o que atrai visitantes que geram renda e empregos.
A PR 170, na visão de um “desenvolvimento sustentável”, tem posição estratégica por ser divisor de águas com importantes nascentes. É notável a quantia de fragmentos florestais na região que poderiam formar corredores altamente lucrativos não só para a fauna e flora, mas também para os agricultores que durante décadas preservaram estas áreas.
A “indústria limpa da água”, do elemento “água potável” tão raro, caro, disputado e essencial, faz o espigão da PR 170 ser naturalmente área predestinada para a silvicultura (manejo florestal). Atividade que forma a base e o sucesso de países de 1º Mundo como a Finlândia, a Suécia, o Japão, o Canadá.
E como já temos vantagens: o maior incremento florestal do Mundo se verifica, pela pesquisa da Embrapa-Florestas, em nossa região que ainda abriga o 2º maior pólo moveleiro do Brasil.
Rolândia, conhecida mundialmente pelo título de “Berço do Plantio Direto” encontra no pioneiro da tecnologia a defesa da árvore como melhoria do sistema. Árvore como matéria prima valorizada, quebra-vento, nicho ecológico, reciclador de nutrientes e, o mais importante, guardião da água!
Que belo “casamento” poderia ser organizado em Rolândia!
Padrinhos do casamento “do Desenvolvimento com a Sustentabilidade” seriam, pela lógica, os políticos com responsabilidade!
O trecho de uma poesia antiga pode animar cada um de nós a exigir, como “presente de casamento”, um futuro realmente sustentável para Rolândia.
Nos tempos da fé em milagres
Também as pessoas faziam milagres...
Quem acreditava no impossível
Conseguia realizar o impossível.
Daniel Steidle, educador ambiental, 16-04-14.
COMENTÁRIO: Pedimos ao prefeito, ao Ernesto, aos vereadores, ao Juiz, aos promotores e ao delegado que não permitam industrias poluentes em Rolândia.. principalmente industrias que utilizam chumbo.. industrias que estejam sendo expulsas de outras cidades porque estão prejudicando o meio ambiente e a saúde humana... SOCORRO!... JOSÉ CARLOS FARINA

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