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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Captação da água da chuva ( Rolândia na Folha de Londrina )


Quando a natureza, de modo contundente, se faz presente na vida de um povo, começa o alarde em busca dos culpados. Quando ocorrem enchentes, elas atingem os ribeirinhos que ocuparam as margens dos rios. Daí, os governos decretam estado de emergência ou de calamidade. Quando chuvas torrenciais castigam casas e moradores que ocuparam morros onde a declividade dos terrenos não é adequada para tal tipo de ocupação, os poderes públicos oferecem verbas extraordinárias para atender o ocorrido. Tudo isso é falta de planejamento que poderia evitar essas catástrofes. Não serão as cidades as grandes causadoras da falta de chuvas? Na zona rural, a água da chuva, com rara exceção, é absorvida pelo solo, pela existência de curvas de nível e pela adoção do plantio direto e dificilmente se vê enchentes. Nos núcleos urbanos toda água da chuva vai para as galerias pluviais e é lançada nos riachos e rios. Por que não se adota nos loteamentos urbanos, obrigatoriamente, que as águas da chuva sejam levadas para um reservatório próprio? E as construções de maior porte, como prédios, shoppings, indústrias, etc., não sejam obrigadas a construir poços em tamanho proporcional de suas áreas cobertas, asfaltadas ou cimentadas para receber a água da chuva? Se isso fosse adotado, a água da chuva captada seria absorvida e infiltrada no solo e abasteceria os lençóis freáticos.  OTACÍLIO CAMPIOLO (Advogado e agricultor - aposentado) – Rolândia

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