Páginas

sexta-feira, 20 de março de 2015

GAECO PRENDE MAIS 14 NA REGIÃO ( LAVAGEM DE DINHEIRO SUJO E CORRUPÇÃO )

Auditores, ex-delegado da Receita, empresários e policial são presos em operação do Gaeco

Rafael Fantin e Lucas Emanuel Andrade - Redação Bonde







O Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão no início da manhã desta sexta-feira (20) em Londrina e outras nove cidades no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A Operação Publicano é desdobramento das investigações que apuram fraudes e pagamentos de propinas na Receita Estadual.

A apuração da Promotoria de Proteção ao Patrimônio Público de Londrina, iniciada há nove meses, aponta a existência de uma organização criminosa envolvida em corrupção ativa (dos empresários) e passiva (dos servidores da Receita Estadual). O esquema envolve ainda falsidade de documentos e lavagem de dinheiro. As investigações ainda não permitem estimar o montante do prejuízo causado pelo grupo aos cofres públicos.

De acordo com o Gaeco, sete auditores fiscais, empresários, um contador e um policial estão entre os presos nesta manhã. André Santelli foi localizado pela Corregedoria da Polícia Civil na delegacia de Ibiporã. Santelli é ex-funcionário da Receita Estadual e irmão de um servidor estadual.

O ex-delegado da Receita Estadual, Dalton Lázaro Soares, e os auditores fiscais Marco Antônio Bueno e Rosângela Semprebom também foram detidos. A mulher presa na rua Paranaguá, no centro de Londrina, é irmã de Luiz Antônio de Souza, auditor preso em janeiro e investigado por exploração sexual. Um dos empresários presos é Stefan Ruthschilling. Ele é dono de uma distribuidora de combustível.

Ao todo, a 3ª Vara Criminal de Londrina autorizou 14 mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de condução coercitiva, quando as pessoas são encaminhadas para prestarem declarações. Os envolvidos estão sendo levados para a sede do Gaeco em Londrina. Ainda não há confirmação oficial de todos os nomes investigados. André Santelli foi transferido para a sede da Corregedoria da Polícia Civil em Curitiba.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Receita Estadual de Londrina, em empresas, escritórios de contabilidade e em residências, locais em que foram apreendidos documentos, computadores e quantias em dinheiro. As buscas foram feitas também em Curitiba, Ibiporã, Bandeirantes, Maringá, Campina Grande do Sul e Alvorada do Sul, Palmital (SP), Rio de Janeiro Angra dos Reis (RJ).

Batizada de Publicano, a operação é uma referência bíblica ao nome dado a coletores de impostos no Império Romano que muitas vezes envolviam-se em corrupção cobrando das pessoas além do que deveriam. Os investigados devem ser autuados por formação de quadrilha, corrupção e enriquecimento ilícito.

(matéria atualizada às 11h15)

Nenhum comentário:

Postar um comentário