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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O NORTE DO PARANÁ DEVE MUITO AOS TRENS


TUDO COMEÇOU COM O TREM




A Companhia de Terras norte do Paraná pensou em tudo. Como a nossa terra argilosa se torna quase que intransponível em dias de chuvas, logo no começo a Companhia já iniciou os trabalhos da construção da ferrovia de Ourinhos a Londrina e depois com o tempo até Maringá. Apesar da floresta virgem os imigrantes e migrantes aqui chegaram trazendo tudo o que precisavam nos trens. As primeiras produções era exportadas pelos trens. Os primeiros animais (cavalos, gado, galinhas e porcos) vierem de trem. Não foi fácil construir a ferrovia no meio da selva, sem poder contar com maquinários modernos.  A maior parte dos serviços eram feitos no enxadão e carregando a terra com carroças puxadas por muares. A estação de Londrina foi inaugurada em 1935, no mesmo dia em que a ponte sobre o rio Jataizinho foi  inaugurada, dando passagem ao trem, que chegava a uma cidade que havia crescido muito desde sua fundação  em 1929. No início de Londrina e do norte do Paraná tudo girava em torno dos trens. Quando a Maria Fumaça  apitava lá na curva o chefe da Estação tocava um sino (que está lá até hoje) e muita gente vinha para conferir  quem estava chegando e quem estava partindo. Todas as novidades chegavam no trem. Os homens iam lá para ver as mulheres. As mulheres iam para ver as roupas diferentes vindas de São Paulo. Outros iam ver só o trem, afinal era uma máquina que dava medo... aquele assopro quando o maquinista soltava o excesso  de vapor... a molecada corria de medo. Muitos iam só para dar tchau para quem partia ( Era chique dar tchau para quem partia.) Bem, em resumo era isto...o trem fazia (e faz) parte de Londrina e de todo o norte do Paraná. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO (ROLÂNDIA)

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