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domingo, 13 de setembro de 2015

LONDRINA DIZ: A LOCOMOTIVA DO "PAI" É NOSSA !.....

FOLHA DE LONDRINA


Ato pede permanência de locomotivas


Manifestantes colheram assinaturas contra a transferência de manobreira centenária; nova reunião está marcada para amanhã

Rei Santos
Apresentação do Maracatu Semente de Angola marcou o protesto ontem no Calçadão
Uma corrida para não se esquecer do passado. Esse tem sido o ritmo de alguns representantes, lideranças e estudantes de Londrina, em defesa da permanência na cidade da máquina ferroviária La Meuse 101, mantida há 17 anos em frente ao Pronto-Atendimento Infantil (PAI), região central. 

Ontem de manhã, uma manifestação organizada no Calçadão recolheu assinaturas contra a decisão do Instituto Brasileiro de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em transferir a manobreira para Curitiba, onde seria recuperada para rodar em um circuito histórico. 

A remoção estava marcada para 25 de agosto, mas foi prorrogada para 30 de setembro. Amanhã, acontece uma nova reunião local entre representantes do Iphan, Associação Brasileira de Patrimônio Ferroviário (ABPF), Museu Histórico, Secretaria Municipal de Cultura e universidades. 

Os manifestantes defendem a permanência da manobreira como parte do patrimônio histórico municipal. "Nosso desejo é que ela seja conservada e se for para ser explorada turisticamente, que seja então em Londrina", comenta Regina Alegro, diretora do Museu Histórico. Ela conta que o equipamento ajuda os mais novos a imaginar o passado, e os mais velhos, a reviver lembranças. Fabricada na Bélgica, a La Meuse chegou a Londrina em 1998 e atualmente está sob os cuidados da Prefeitura de Londrina. 

Os estudantes Vinícius Souza Campos e Michelli Yoshie Ikawa resolveram colaborar com o abaixo-assinado. "É um bem dos londrinenses, que carrega muitas histórias", disse o jovem. 

A professora municipal Margarida C. Silva Lopes também fez questão de deixar seu registro. "Cheguei a Londrina com seis anos de idade. Andei de locomotiva e defendo que esses maquinários fizeram parte da nossa história, nosso desenvolvimento. Até hoje levo meus alunos para conhecê-las", contou, citando também a locomotiva Baldwin 840, mantida no Museu Histórico.

Micaela Orikasa
Reportagem Local

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