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segunda-feira, 24 de agosto de 2015
ACIDENTE GRAVE COM MOTO NO CENTRO DE ROLÂNDIA
FONTE: MANCHETE DO POVO
Entregador bate contra caçamba e fica gravemente ferido
O motociclista Carlos Henrique Boni, (26) sofreu um acidente na noite deste sábado (22) Segundo testemunhas ele vinha da Rua Waldomiro Pedroso e ao...
MANCHETEDOPOVO.COM.BR|POR RODRIGO STUTZ
DENGUE PREOCUPA EM ROLÂNDIA
JOÃO ARDIGO
DENGUE continua o estado de atenção, no ano foram confirmados na cidade até aqui 658.
O Comitê Intersetorial da Dengue de Rolândia se reuniu nesta sexta-feira, 21 de agosto, no gabinete do Prefeito José de Paula Martins (PSD) para avaliar a controle da moléstia na cidade. Estiveram na ocasião, o Prefeito José de Paula Martins (PSD), o Secretário de Saúde, Érico Ignácio, o Diretor de Vigilância em Saúde, Marcelo Ferreira, Cabo Duarte do Corpo de Bombeiros.
CURITIBA QUER O TREM MARIA FUMAÇA DE LONDRINA
FOLHA DE LONDRINA
Polêmica marca Dia do Pioneiro
Determinação do Iphan que autoriza transferência de locomotiva de Londrina para Curitiba foi a tônica de evento comemorativo realizado ontem no Museu Histórico
Locomotiva Baldwin 840, que foi reformada e hoje está exposta no museu, também corre o risco de ser transferida para Curitiba, além da Manobreira 10 que está em terreno do PAI
Os tons de crítica e indignação marcaram os discursos proferidos na manhã de ontem durante festividade em prol do Dia do Pioneiro realizada no Museu Histórico Padre Carlos Weiss, em Londrina, com a eminência da retirada oficial da Locomotiva Manobreira 101, La Meuse, nesta terça-feira, seguindo determinação da Superintendência do Paraná do Instituto Brasileiro do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Como ação prática para tentar impedir a medida, alunos do curso de História da Universidade Estadual de Londrina (UEL) aproveitaram o evento para dar início a um abaixo-assinado que será encaminhado à sede nacional do Iphan, em Brasília, pedindo a revogação da portaria que autoriza a transferência da locomotiva - hoje mantida sob guarda da Prefeitura Municipal de Londrina em terreno que faz parte do Pronto Atendimento Infantil - para Curitiba, onde poderá vir a ser utilizada em circuito turístico pago sob a administração da Associação Brasileira de Patrimônio Ferroviário (ABPF). A locomotiva Baldwin 840, que foi reformada e hoje está exposta no museu, também corre o risco de ser transferida para Curitiba. A solenidade contou com aproximadamente 500 participantes, entre pioneiros, familiares e comunidade em geral. Na abertura, uma encenação simulou a locomotiva em funcionamento, com direito a fumaça, apito de trem e toque de sino.
"Esse evento é muito importante pelo reconhecimento de milhares de pessoas que trabalharam e se esforçaram pela construção da nossa cidade e também pela reflexão sobre os destinos de Londrina e a preservação do seu patrimônio histórico, dentro de um espírito empreendedor. As locomotivas são símbolos importantes da nossa história e desde 2014 havíamos solicitado a transferência da Manobreira para o museu para que pudêssemos dar início a um projeto de restauração e musealização do equipamento. Não houve negligência da nossa parte e a decisão do Iphan foi arbitrária, não houve um debate sobre o assunto antes de tomarem essa decisão", destaca a diretora Regina Célia Alegro, do Museu Histórico de Londrina, que chegou a declarar que colocaria o seu cargo à disposição em caso de necessidade.
Um dos responsáveis pela instalação do curso de Medicina na UEL, o médico Lauro Castro Brandão, de 84 anos, chegou em Londrina em 1935, aos cinco anos, juntamente com seus pais. "O meu pai deu início à colonização na cidade e agora é hora de fazer um ‘grito’ de conclamação para que a sociedade se una e pense na importância da nossa região como um todo. É inadmissível que esse tipo de coisa aconteça, desvalorizando o nosso patrimônio. É preciso uma maior movimentação de política e opinião para retomar os rumos do nosso progresso", ressalta.
A dona de casa Helena Marchezine Gouveia, de 90, lembra bem do dia da chegada da primeira locomotiva, em 1935, na antiga estação ferroviária, onde hoje funciona o museu histórico. "Foi o evento da cidade. Eu tinha 10 anos e parece que foi ontem que isso aconteceu. Lembro claramente que na frente da locomotiva tinha as bandeiras do Brasil e do Paraná e, na parte de trás, a da Inglaterra. Era bonito de ver. Amo Londrina e não acho justo que as locomotivas sejam transferidas para Curitiba", critica. Emocionada, Gladys Lessa, de 82, filha do pioneiro José Bonifácio e Silva, que contribuiu para a construção da Santa Casa de Londrina, estava indignada com a polêmica sobre as locomotivas: "Não tem sentido uma coisa dessa", desabafa.
Por telefone, a secretária municipal de Cultura, Solange Batigliana, disse que não pôde participar da solenidade devido a um imprevisto particular e informou que foi comunicada no final da manhã de ontem sobre o agendamento de uma reunião no Iphan Paraná, em Curitiba, marcada para segunda-feira, às 11 horas. "Existem vários pontos a serem esclarecidos e essa reunião será a oportunidade para tentarmos reverter essa situação. É preciso uma avaliação em conjunto com os nosso parceiros e defendemos a importância da preservação do nosso patrimônio histórico", alega. Segundo ela, o agendamento é resultado de uma mobilização que envolveu os deputados federais Alex Canziani (PTB) e Marcelo Belinati (PP) e o deputado estadual Tercílio Turini (PPS).
Ana Paula Nascimento
Reportagem Local
O NORTE DO PARANÁ DEVE MUITO AOS TRENS
TUDO COMEÇOU COM O TREM
A Companhia de Terras norte do Paraná pensou em tudo. Como a nossa terra argilosa se torna quase que intransponível em dias de chuvas, logo no começo a Companhia já iniciou os trabalhos da construção da ferrovia de Ourinhos a Londrina e depois com o tempo até Maringá. Apesar da floresta virgem os imigrantes e migrantes aqui chegaram trazendo tudo o que precisavam nos trens. As primeiras produções era exportadas pelos trens. Os primeiros animais (cavalos, gado, galinhas e porcos) vierem de trem. Não foi fácil construir a ferrovia no meio da selva, sem poder contar com maquinários modernos. A maior parte dos serviços eram feitos no enxadão e carregando a terra com carroças puxadas por muares. A estação de Londrina foi inaugurada em 1935, no mesmo dia em que a ponte sobre o rio Jataizinho foi inaugurada, dando passagem ao trem, que chegava a uma cidade que havia crescido muito desde sua fundação em 1929. No início de Londrina e do norte do Paraná tudo girava em torno dos trens. Quando a Maria Fumaça apitava lá na curva o chefe da Estação tocava um sino (que está lá até hoje) e muita gente vinha para conferir quem estava chegando e quem estava partindo. Todas as novidades chegavam no trem. Os homens iam lá para ver as mulheres. As mulheres iam para ver as roupas diferentes vindas de São Paulo. Outros iam ver só o trem, afinal era uma máquina que dava medo... aquele assopro quando o maquinista soltava o excesso de vapor... a molecada corria de medo. Muitos iam só para dar tchau para quem partia ( Era chique dar tchau para quem partia.) Bem, em resumo era isto...o trem fazia (e faz) parte de Londrina e de todo o norte do Paraná. JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO (ROLÂNDIA)