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terça-feira, 14 de junho de 2016

LONDRINA: A LOCOMOTIVA DO "PAI" É NOSSA

PATRIMÔNIO - Destino de locomotiva ainda é incerto

Direção do Museu Histórico quer que a manobreira La Meuse 101 fique em Londrina; Iphan tem interesse de levá-la para Curitiba

Celso Pacheco
A manobreira, construída na Bélgica em 1905, está em frente ao prédio do PAI

A direção do Museu Histórico Padre Carlos Weiss, de Londrina, aguarda a decisão do Ministério Público Federal (MPF) para decidir o destino da manobreira La Meuse 101, que está parada em frente ao prédio do Pronto Atendimento Infantil (PAI), na área central. No ano passado, após denúncias de que a locomotiva estaria abandonada e sofrendo depredações, o assunto ganhou a mídia e gerou muita polêmica. O Instituto Brasileiro de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Curitiba e a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) manifestaram interesse em levar a manobreira para a capital do Estado.

"Nossa intenção é que a manobreira fique em Londrina. Podemos lutar para ela ficar, mas não compete a nós essa decisão", disse a diretora do Museu, Regina Alegro. "A locomotiva tem significado para a população de Londrina, que surgiu no leito da ferrovia. Nossa história é profundamente ligada à ferrovia."

A manobreira foi construída na Bélgica, em 1905, e fez parte da rede ferroviária de Curitiba. Em 1998, o equipamento foi cedido a Londrina. No pátio do PAI, a locomotiva sofre com a deterioração causada pelo tempo e também pelo vandalismo. Em vários pontos a ferrugem corroeu a estrutura da manobreira e as pichações revelam a falta de cuidado com a peça histórica.

"Eu gostaria muito que ela viesse para o museu e se o Iphan liberasse,
poderíamos começar a trabalhar imediatamente na sua recuperação. No PAI, ela fica muito exposta. Como é uma peça de valor para a cidade, não sei se a praça pública é o lugar ideal para ela ficar", afirmou Regina Alegro.

A secretária municipal da Cultura, Solange Batigliana, disse apenas que encaminhou todas as respostas solicitadas pelo Iphan e que agora espera o posicionamento do instituto para decidir a questão.

Segundo o superintendente substituto do Iphan em Curitiba, José Luiz Lautert, o MPF está intermediando a questão. "A gente tem o poder discricionário de trazer a máquina para Curitiba, mas a gente propôs fazer uma discussão com a comunidade. Propusemos até enviar uns vagões para ficarem no lugar da locomotiva", declarou. "Ainda não temos nenhuma decisão do MP. O promotor está de férias."

"Na praça, a locomotiva está apodrecendo e podemos responder até alguma ação na Justiça em relação a isso. É uma máquina rara para estar apodrecendo", criticou Lautert. A intenção do Iphan é recuperar a La Meuse para que ela volte a funcionar. "A gente vai colocar para funcionar de novo. Este tem sido o norte das discussões."

Simoni Saris. Reportagem Local

COMENTÁRIO:

Não se pede um presente de volta. Se ganhamos a locomotiva, ela é nossa para sempre. A Não ser que não a queiramos mais, o que não é o caso. Penso que devemos guardá-la no Museu histórico padre Carlos Weis, junto com a outra. Ela tem que ficar em local coberto. Nesta parte o atual prefeito e os anteriores, "pisaram na bola". JOSÉ CARLOS FARINA.

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