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terça-feira, 8 de agosto de 2017

Perto de 1,5 mil cabeças de gado morrem no Mato Grosso do Sul

GAZETA DO POVO

Caso foi confirmado nesta segunda-feira (8) no Mato Grosso do Sul e está sendo investigado pela Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal (Iagro)Divulgação

Animais estão sendo enterrados na própria propriedade onde aconteceram as mortes

08/08/2017 | 

Da redação

A Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal (Iagro), do Mato Grosso do Sul, confirmou a morte de mais de 1,1 mil cabeças de gado nesta segunda feira (7), no município de Água Clara, a 40 km da capital Campo Grande. Outra fonte informou à Gazeta do Povo que 1,6 mil animais teriam morrido.

A principal suspeita é de os animais tenham contraído botulismo. O diretor do Iagro, Luciano Chiocheta, explica que o caso aconteceu em uma única fazenda, quando os animais estavam confinados. “Recebemos uma notificação de alta mortalidade e confirmamos as mortes, que vêm acontecendo desde quinta-feira (3)”, conta. O rebanho estimado é de 1,7 mil animais e o prejuízo estimado é de R$ 2 milhões, segundo o diretor.

Os bovinos estão sendo enterrados na fazenda Marca 7, onde as mortes aconteceram, e, até o momento, não há registro da doença em outras propriedades.

O caso está sendo avaliado pela Iagro com o apoio da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), que deve realizar análises clínicas. A reportagem entrou em contato com o Laboratório de Anatomia Patológica da universidade, que se recusou a dar qualquer informação.Divulgação
Milho com mofo pode ter causado o problema
Botulismo bovino

O botulismo bovino é uma doença causada pela bactéria Clostridium botulinum, liberada por uma toxina neurológica. A causa provável é a contaminação por meio de bolor ou mofo na ração animal, mais especificamente na silagem de milho em grãos, segundo Chiocheta.

“É importante esclarecer que é uma suspeita de doença infecto contagiosa e que não é transmissível de animal para animal, nem para o ser humano”, revela o diretor.

A outra fonte entrevistada pela Gazeta do Povo confirma que não há risco de transmissão de animal para animal, nem para humanos. “É como uma intoxicação alimentar comum”, explica. Neste caso, contudo, a intoxicação é severa, levando rapidamente o animal à morte

Em seres humanos, a intoxicação por botulismo também ocorre por meio de alimentos e pode levar a óbito.

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