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domingo, 16 de setembro de 2018

VEREADORES DE LONDRINA SÃO ABSOLVIDOS

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Após quase quatro horas de sessão, a Câmara Municipal de Londrina decidiu absolver os vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PRB), investigados por quebra de decoro parlamentar. Dos 19 vereadores, um não compareceu, 12 votaram a favor do relatório da Comissão Processante (CP), três contra e três se abstiveram. Felipe Prochet (PSD) foi o único parlamentar que não compareceu ao legislativo e alegou estar resolvendo problemas familiares em São Paulo. Eram necessários 13 votos para a cassação e com este resultado o processo foi arquivado. Os vereadores continuam afastados judicialmente até janeiro de 2019.

Votaram a favor da cassação Ailton Nantes (PP), Amauri Cardoso (PSDB), Daniele Ziober (PP), Eduardo Tominaga (DEM), Estevão da Zona Sul (SEM), José Roque Neto (PR), João Martins (PSL), Junior Santos Rosa (PSD), Roberto Fu (PDT), Tio Douglas (PTB), Valdir dos Metalúrgicos (SD) e Vilson Bittencourt (PSB). Votaram pelo arquivamento Guilherme Belinati (PP), Jamil Janene (PP) e Pastor Gerson Araújo (PSDB). Emanoel Gomes (PRB), Jairo Tamura (PR) e Péricles Deliberador (PSC) se abstiveram.

Takahashi segue em sua segunda legislatura, assumindo pela primeira vez em 2013. Em 2017 foi eleito presidente da Câmara para o biênio 2017-2018. Já Alves é vereador em Londrina desde 2009 e está em seu terceiro mandato. Foi presidente do legislativo entre 2013 e 2014. Ambos estão afastados do cargo desde janeiro deste ano, quando foi deflagrada a operação ZR3, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são réus no processo, acusados de liderarem um esquema de cobrança de propina para aprovação de mudança de zoneamentos na cidade.

Sessão
A sessão de julgamento começou às 9h20 e o suplente Emanoel Gomes (PRB) foi empossado, já que o vereador Filipe Barros (PSL), autor da denúncia, não poderia votar. Durante um pouco mais de duas horas foram lidas páginas do processo, de defesa e acusação, ao todo 61 páginas. Posteriormente foi dado o direito de cada vereador presente se manifestar por 15 minutos. Gomes foi o único que pediu a palavra e afirmou que o seu voto não estaria alienado à ninguém.

Posteriormente, foi dada duas horas para cada acusado se defender em plenário e ambos foram breves. Alves foi o primeiro que assumiu a palavra e se defendeu por 22 minutos e Takahashi utilizou cerca de 20 minutos. Os advogados não falaram em plenário. Alguns munícipes ficaram de costas nas galerias em forma de protesto.

Um público pequeno compareceu à Casa para acompanhar a sessão. Aproximadamente 50 pessoas ficaram nas galerias e a tenda montada do lado de fora ficou completamente vazia. O movimento Por Amor a Londrina, colocou um caixão de madeira e velas protestando contra Alves e Takahashi na entrada do legislativo. Algumas faixas pedindo para que o processo não acabasse em “pizza” foram expostas na plateia.

Veja as defesas dos vereadores e o momento da votação:

Suplentes
Mesmo com os vereadores absolvidos, os suplentes Valdir dos Metalúrgicos (SD) e Tio Douglas (PTB) ficam nos cargos até janeiro do próximo ano, quando os parlamentares devem retornar. Eles já estão exercendo a função desde o afastamento dos parlamentares. As defesas afirmaram que vão entrar com recurso na Justiça para garantir o retorno o quanto antes.

Confira como foram os trabalhos neste domingo (16) na Câmara de Londrina:

13h00
Vereadores são absolvidos

12h50
Takahashi utilizou aproximadamente 20 minutos.

12h33
Takahashi incia sua defesa e disse que será o mais breve possível.Foto: Weslley Lemos

12h32
Alves termina sua defesa, ele usou 22 minutos.Foto: Weslley Lemos

12h27
PROTESTO!
Alves continua falando e alguns munícipes ficam de costas nas galerias.Foto: Weslley Lemos

12h11
Rony Alves assume a palavra juntamente com sua defesa. Cada acusado terá duas horas para se defender na sessão. O vereador informou que não vai utilizar o tempo na íntegra.

12h10
Nenhum outro vereador se manifestou

11h59
Cada vereador tem 15 minutos para se manifestar. Emanoel Gomes pede a palavra. “A minha preocupação é que minha consciência fique tranquila. Meu voto não está alienado a nada e nem ninguém. Conversei com vários colegas jurídicas, tirei minha dúvidas, vim até aqui e busquei a documentação necessária. Os meus eleitores sabem quem é o Emanoel”, afirmou.

11h56
Após um pouco mais de duas horas, termina a leitura no plenário
Foto: Aurélio Cardoso

10h54
Já faz uma hora que o servidor da Câmara Jefferson Inácio está lendo as páginas solicitadas.

9h54
Começa a leitura das páginas solicitadasFoto: Aurélio Cardoso

9h47
Advogado de Takahashi, Anderson Mariano, também pede a leitura das alegações finais.

9h41
Mesa também pede leitura das páginas sobre a acusação.

9h35
Advogado de Alves, Maurício Carneiro, pede a leitura apenas das alegações finais. Da página 1364 até 1381.

9h30
A reportagem da Paiquerê recebeu a informação que o vereador Felipe Prochet (PSD) alegou que teve problema particular e está em viagem à São Paulo. Com isso, ele não comparecerá na sessão.

9h28
Suplente de Filipe Barros (PSL), Emanoel Gomes (PRB) toma posse

9h24
Vereador José Roque Neto (PR) faz a leitura bíblica

9h20
Presidente Ailton Nantes (PP) abre a sessão de julgamento

8h50
Confira entrevista com Rony Alves

8h45
Confira entrevista com Mário Takahashi

8h40
Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) já estão na Câmara

8h30
Confira entrevista com o advogado Anderson Mariano

8h15
“Caixão e vela”, manifestantes do Movimento Por Amor a Londrina se concentram na frente da Câmara com várias faixas.Foto: Aurélio Cardoso

8h10 
Uma tenda já está montada do lado de fora para as pessoas que não conseguirem senhas para entrar nas galerias do plenário.

8h00 
SEGURANÇA! Vereadores, funcionários da Câmara, imprensa e demais pessoas passam por revista antes de entrar na Casa.

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