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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

ROLÂNDIA: NÃO HÁ PROVA CONTRA O PREFEITO (DIZ VEREADOR)

FOLHA DE LONDRINA

10, OUT. , 2018

IRINEU DE PAULA DIZ QUE INVESTIGAÇÃO NÃO CHEGOU EM FRANCISCONI

OPERAÇÃO PATROCÍNIO

CPI entrega relatório sobre esquema alvo do Gaeco em Rolândia

Eram quase sete horas da noite desta terça-feira (9) quando o vereador Alex Santana (PSD) terminou de parabenizar os demais integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta pela Câmara Municipal de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina), após a leitura do relatório com as oitivas das testemunhas do suposto esquema de recebimento de propina por parte de agentes públicos da prefeitura local. 

"Vivemos uma tragédia da corrupção que se espalhou sem cerimônias, onde fazer política funciona assim: o agente político relevante coage o prestador de serviços para receber vantagens indevidas para distribuir dinheiro", afirmou Santana na Câmara Municipal. 

A Comissão foi instalada em maio para investigar denúncias de cobrança de propina por parte de secretários municipais, esquema que foi desbaratado na Operação Patrocínio, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), em setembro. Ao todo foram 120 dias de trabalho da Comissão. Agora é que poderá ser discutida a abertura de uma Comissão Processante para julgar a cassação do mandato do prefeito de Rolândia, Luiz Francisconi Neto (PSDB), afastado desde então sob monitoramento da Justiça com tornozeleira eletrônica. 

Entretanto, segundo o relator, o vereador Irineu de Paula (PSDB), o escopo da investigação realizada no âmbito do Poder Legislativo não chegou em Francisconi. 

"Durante todo o trabalho da CPI nós chegamos à conclusão de que houve uma cobrança de valores indevidos referente à percentagem do que a empresa fazia e essa cobrança foi feita pelo secretário de gabinete", afirma. 

O vereador João Gaúcho (PSC) também faz parte da CPI. Agora, cópias vão ser enviadas ao Ministério Público e à Prefeitura de Rolândia

A defesa do prefeito afastado entrou com pedido de liminar no Supremo Tribunal Federal para que ele possa retornar ao cargo, mas o Ministro Gilmar Medes indeferiu o pedido. 

O advogado Anderson Mariano afirmou que o Tribunal de Justiça ainda não permitiu o acesso ao processo e que Francisconi não tem qualquer responsabilidade sobre os crimes. 


Vitor Struck/Reportagem Local

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