JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Concurso elege a rainha da Oktoberfest 2011 de Rolandia neste sabado
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JAPS JOGOS ABERTOS 2011 EM ROLÂNDIA - PR. - RESULTADOS JOGOS 13/09/2011
A equipe de futsal masculino de Santa Cecília do Pavão estreou com goleada no torneio de futsal masculino da fase regional 3 dos Jogos Abertos do Paraná, em Rolândia, na noite desta segunda-feira. A vitória foi sobre Florestópolis por 7 a 1. Ao final do primeiro tempo, Santa Cecília já ganhava por 3 a 0.
A noite era de goleada no ginásio de esportes Emílio Gomes. Na segunda partida da primeira rodada da modalidade, Jataizinho derrotou Assaí por 7 a 2, depois de fazer 5 a 0 na primeira etapa.
No terceiro jogo da noite, Lupionópolis superou o time da casa e ganhou de Rolândia por 4 a 3. No intervalo, o time do técnico Futrica já vencia por 2 a 1. E no encerramento da rodada um jogo com 9 gols. Depois de perder o primeiro tempo por 2 a 0, Cornélio Procópio se recuperou e venceu Cafeara por 5 a 4.
Ibaiti estreou com vitória no torneio de vôlei masculino, no ginásio 2 do Centro Esportivo Emílio Gomes, sobre Cornélio Procópio por 2 a 1. Depois de um bom início, quando venceu o primeiro set por 25 a 18, o time ibaitiense relaxou no segundo e acabou perdendo para os procopenses por 25 a 13. Porém, no set decisivo, a equipe de Ibaiti voltou a se acertar e ganhou por 15 a 11
No segundo jogo da noite, Rolândia começou com a mão direita e venceu Cambé por 2 a 0, parciais de 28/26 e 25/15. No handebol, Alvorada do Sul e Florestópolis, depois de perderem na estréia, voltaram a ser derrotadas no torneio masculino.
Na noite desta terça-feira, Florestópolis caiu diante de Cambé por 45 a 16. No intervalo, os cambeenses já ganhavam por 25 a 7. Já Alvorada do Sul perdeu para Ibiporã por 32 a 29. No intervalo, os ibiporãoenses perdiam por 15 a 13.
CRÔNICA DO JOSÉ CARLOS FARINA
MINHA INFÂNCIA NA ROÇA EM ROLÂNDIA
Passei a minha infância (anos 60) no Município de Rolândia, norte do Paraná. Por eu ter os meus avôs, tios e primos morando na zona rural (sítio ) passava todas as férias com eles. Acordávamos bem cedinho... por volta das 6:00 horas. Os passarinhos nos acordavam sempre neste horário com a alvorada. Eram bem-te-vis, pássaros pretos, anús, tizil, sanhaços, sabiás, tico-tico e pombinhas... Corríamos para o curral para pegar leite quente com espuma e açúcar direto no copo. Depois vínhamos para a cozinha comer pão com toucinho ou pão com torresmo. Logo cedo inventávamos um monte de brincadeiras. Uma delas era caçar passarinhos com estilingue. Pegávamos um embornal... o colocávamos atravessado no ombro e íamos para o rio pegar seixos (pequenas pedras arrendondadas). Após, entrávamos no pomar ou no cafezal na esperança de abater uma pomba juriti para o almoço. Mas Deus sempre protegeu estas aves. Nunca consegui matar uma sequer. Bom... então armávamos arapucas para pegá-las. Muitas vezes conseguimos pegá-las. Levávamos as pobrezinhas para o meu tio abater. Após tirar as vísceras e as penas não sobrava quase nada de carne. No verão, na parte da tarde, íamos quase todo dia nadar no riacho. Era um ribeirão pequeno de águas cristalinas e puras. Podíamos até beber água diretamente do rio. Como o rio era muito pequeno, tínhamos que represá-lo. Colocávamos pedras, madeiras e barro. Tínhamos muita paciência e tempo. Caprichávamos tanto que muitas vezes conseguíamos até 0.80 centímetros de profundidade. Nossa!... para nós era melhor que piscina. Água limpa e geladinha. Foi assim que aprendi a nadar. Primeiramente estilo "cachorrinho" e depois "braçada". Tenho até hoje na minha mente a delícia daquelas águas "profundas" e geladas.... Muitas vezes levávamos peneira para pescarmos. íamos peneirando a água próximo ao barranco, trazendo para cima, barro, pedras e (quando dava sorte) lambaris e camarões de água doce. Mas, o que mais pegávamos eram carangueiros e girinos (filhotes de sapo). Saíamos sempre também a passear à cavalo. Meu avô tinha duas éguas, a Serena e a Gaucha. As duas eram negras e tinham manchas brancas na testa. Eram lindas. Eu sempre montava a Gaucha que era mais mansa e o meu primo a Serena que era arisca. As vezes íamos longe. Até o Caramurú. Não havia perigo... Não tinha bandido... Não tinha ladrão... Era um prazer incrível poder respirar aquela brisa com o cheiro da florada dos eucaliptos e flores silvestres. Era tudo tão bonito... aqueles cafezais... os trabalhadores capinando a roça...os cumprimentos... tarde!... dia!... (quase ninguém falava bom dia!.. Boa tarde!...) As vezes apostávamos corrida. (eu perdia sempre e ainda gritava: - me espera preto (apelido do Toninho). Ao chegarmos em casa andávamos com as pernas abertas por causa das feridas que se formavam nas nádegas. Era uma cavalgada hoje e um período de descanso de pelo menos uns cinco dias para que as feridas cicatrizassem. Eu, meu primos e irmãos adorávamos também acompanhar meu tio e meu avô em viagens de charrete até a venda do Caramurú. Enquanto o meu tio tomava uma "branquinha" eu e meu primo comíamos sanduiche de mortadela e paçoquinha. Meu tio Manoel tinha quatro cachorros americanos de caça e sempre o acompanhávamos em suas caçadas. Era muito divertido. Quando os cães "levantavam" alguma paca ou cotia começavam a correr e uivar sem parar. Ai nós tínhamos que correr junto para ver o resultado. As vezes corríamos uma manhã inteira e era só frescura dos cachorros. (não tinha bicho nenhum). Eu gostava muito quando chegava visita à noite. Eu e meu primo ficávamos sentados ao lado do fogão caipira à lenha comendo pipoca e o meu tio, avô e visita ficavam contando causos de assombração. O duro era dormir depois. A gente sempre acreditava naquelas mentiras que eles contavam. Eles sempre falavam assim: - "Não sei se é verdade, mas lá em Barretos, meu avô contava que aparecia uma luzinha depois da meia noite e acompanhava os cavaleiros e suas comitivas". A gente sempre ajudava a avó na capina e limpeza do quintal e do pomar e em troca ela fazia pra nós cural de milho, bolos e outras guloseimas. Fazíamos casas do Tarzan em cima das árvores. Amarrávamos uma corda para subir e descer da árvore. Íamos a uma floresta que havia lá perto atrás de marfim para fazermos arco e flexa. Os arcos eram tão bons que conseguíamos arremessar flexas a mais de 50 metros de distância. Subíamos em eucaliptos finos, e, estando lá em cima, forçávamos o tronco a inclinar até alcançarmos o chão. À noite em nosso quarto ficávamos contando "estórias" e piadas que ouvíamos dos adultos. Na falta de piadas novas repetíamos as de sempre. E o pior, sempre ríamos do mesmo jeito (isso é que é solidariedade). Teve uma época que fazíamos carrinhos com rodas de pau e apostávamos corrida descendo em alta velocidade o carreador do sítio. Muitas vezes o "breque" falhava e acabávamos parando com o "chifre" no barranco. As corridas sempre acabavam em chôro. Um dia resolvermos construir um barco para navegar na represa do meu avô. Usamos um tacho (não deu certo)... usamos a mantimenteira da minha avó (também não deu certo)... Aí o meu tio Mané teve uma feliz ideia. Foi lá no mato e cortou uma árvore de imbaúva que é oca por dentro... juntou dois troncos em forma de "V" e pregou taboinhas... Aí deu certo... Passamos uma tarde deliciosa remando e pescando lambaris na represa. Tenho muitas outras estórias para contar, mas vai ficar para outro oportunidade. Até lá pessoal!...JOSÉ CARLOS FARINA - ADVOGADO - ROLÂNDIA - PR.
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