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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

LONDRINA - BARBOSA NETO É INTIMADO PELA PROMOTORIA

FOLHAWEB


O prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) compareceu ao Ministério Público na última sexta-feira após ser convocado pelos promotores que atuam na Defesa do Patrimônio Público - Leila Voltarelli e Renato de Lima Castro - para falar sobre a nomeação de André Nadai e Cristiane Hasegawa para presidente e diretora administrativo-financeira da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU). Barbosa reservou-se ao direito constitucional de permanecer calado diante das perguntas. 

Nadai e Cristiane vivem em união estável, mas o estatuto social da CMTU proíbe cônjuges de exercerem ao mesmo tempo cargos da diretoria, o que vem ocorrendo desde que Nadai assumiu a presidência, em dezembro de 2009. Ontem, o presidente da companhia disse à FOLHA ''que não vê qualquer irregularidade''. Em dezembro passado, a assessora jurídica, Cristel Bared, sustentava que os dois não são casados e, por isso, não são cônjuges, o que seria fator suficiente para não afrontar o estatuto. Apesar disso, pela Constituição Federal, a união estável gera os mesmos efeitos do casamento. 

A investigação acerca de suposta ilegalidade da presença do casal à frente da CMTU começou em 27 de maio do ano passado. Suspeitava-se de nepotismo, porém, como não teria sido Nadai a nomear Cristiane, tal irregularidade não se confirmaria. Porém, diante do estatuto da companhia, a ideia seria apurar a responsabilidade pelas nomeações. Em tese, seria o Conselho Administrativo a nomear a diretoria, mas, a escolha é do prefeito. 

O promotor Renato de Lima Castro restringiu-se a confirmar a investigação e a afirmar que Barbosa calou-se durante o depoimento, no qual esteve acompanhado de seu advogado. Barbosa foi procurado por meio do Núcleo de Comunicação da prefeitura, mas não deu retorno ao pedido de entrevista. 

Nadai e Cristiane compraram juntos o apartamento no qual residem em agosto de 2010 e foram indiciados por falsidade ideológica, já que adulteraram a escritura do imóvel para não recolher integralmente o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Nadai admitiu publicamente que tal fato foi uma ''decisão pessoal'' dele.

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