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O senador Roberto Requião (PMDB) acusou o atual governador do Paraná, Beto Richa, de usar propaganda enganosa ao atribuir para si obras e projetos que não seriam da responsabilidade do atual governo.
Em discurso na manhã desta sexta-feira (2) no Plenário, o senador disse que "com astúcia e sem nenhum pudor", Richa vem se vangloriando de ser o responsável pelo crescimento econômico paranaense nos últimos anos.
"Ele avança nos resultados das ações do governo alheio e vive de inaugurar o que eu fiz porque em um ano de mandato nada fez, a não ser gastar em propaganda. Por isso, quer tirar casquinha e posar para foto com a ajuda da imprensa local, altamente subsidiada pela administração estadual", criticou Requião.
Críticas a Lerner
Roberto Requião também fez críticas ao ex-governador Jaime Lerner, que, segundo ele, teria atribuído a si os resultados positivos de um programa de melhoria do café no estado, quando, na verdade, o projeto teria iniciado em sua gestão no governo do Paraná.
"Em 1992, no segundo ano de meu mandato, iniciamos, com sucesso, um programa de adensamento do café, que resultou num produto de melhor qualidade e em maior produtividade. Porém a primeira safra do plantio adensado só ocorreu em 1996, quando Lerner, louco por publicidade, colocou no ar um comercial se dizendo o responsável pelo feito. Uma grossa fraude, uma fanfarra, retirada do ar logo depois pelo Conar [Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária]", afirmou.
Pedágio
Jaime Lerner também foi criticado ainda por ter, segundo Requião, elevado as tarifas de pedágios nas rodovias estaduais e beneficiado as empresas concessionárias com a dispensa de obras pactuadas em contrato.
"Quando fui governador, travei uma luta insana para reduzir as tarifas, mas não consegui, agora, finalmente, o TCU [Tribunal de Contas da União] determinou a revisão dos valores e a diminuição dos preços, com a devolução do que foi cobrado a mais nestes anos todos", afirmou.
Requião fez um apelo para que Beto Richa tome as providências necessárias para o cumprimento da ordem do TCU. |
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