JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

quarta-feira, 27 de julho de 2022

SANGUE JORRA PAREDE DE CASA EM CAMBÉ MISTÉRIO REVELADO

Foi revelado agora pouco o motivo do sangue jorrando na parede de uma casa em Cambé: A filha do dono da casa (que aparece nos vídeos), disse que foi apenas um mal entendido.
Segundo ela, o idoso sofreu um corte em uma veia da perna. Com isso, quando ele passa pelos cômodos, o ferimento esguicha sangue.



terça-feira, 26 de julho de 2022

DEPOIMENTO DE JOÃO HERCULES EXPLICA A ESTÓRIA DOS 40 MIL EM ROLÂNDIA

 Audiência no Fórum de Rolândia, em 28/04/2022.

"Eu conheço o Andrezinho a muito tempo.. fui contratado.. fui levar uma mensagem para ele.. para ele MUDAR DE CHAPA na eleição da Câmara ... e ele ia ganhar também... ele ia ser o vice presidente... e depois de 2 anos ele ia assumir a presidência da Câmara... fui contratado para isso e lá eu fui... o teto limite que foi ofertado para ele, foi ofertado R$ 40 mil reais para ele...  se pedir as imagens de dentro da farmácia ... eu entro lá... ele anota o valor pedido em um papel... ele pediu R$ 80 mil e eu respondi sem chances... a gente ficou conversando, conversando e dialogando... eu respondi  que ia retornar com mais informações para ele... nada da celular, nada de telefone, este foi o nosso combinado... duas horas depois que eu havia saído de lá... fui lá, conversei com quem havia me mandado... e duas horas depois ele me ligou... uma outra pessoa me fez uma ligação avisando que o André estava na delegacia registrando um boletim de ocorrência... aí eu disse, mas como assim.. no papel ele pediu até mais... e tava lá o papel com a letra dele e estas imagens com a câmara de dentro da farmácia comprova... é só ver a data que ele apresentou as imagens captadas de fora.. vai ser a  mesma data. Ele tá mentindo aí... quando ele abriu o boletim de ocorrência contra mim, eu voltei nele pra conversar e disse: o André você está doido, como que você registra um boletim de ameaça, que eu fui te ameaçar, que eu ia bater em você e na sua família? você é doido? ele respondeu: isso aí eu fiz achando que você estava armando para mim . eu respondi: ninguém está querendo armar contra você não, eu falei para ele: a conversa é séria. foi aí que ele foi lá e conversou com a galera toda lá e ele viu que era verdade, portanto que ELE MUDOU DE CHAPA. foi isso, entendeu? não ameacei ele..  ele recebeu para isso, tanto é que ele tá lá no cargo dele... quem tá sendo ameaçado hoje sou eu que não posso nem ficar aqui em Rolândia direito.. nunca tive inimizade com ele, sempre fui amigo dele, ele sabe disto".

 audiência no Fórum de Rolândia, em 28/04/2022.



MUSEU DE CERA DE ROLÂNDIA PR.

 PARTE DO ACERVO DO MUSEU DE CERA DE ROLÂNDIA IZIDORO ARMACOLO



DENÚNCIA CONTRA 3 VEREADORES DE ROLÂNDIA PR.

Reviravolta no caso conhecido como "40 mil" em Rolândia. 

O vereador Andrezinho da Farmácia processou o cidadão João Hercules por ameaça, mas este acabou sendo inocentado na sentença.

Com a inocência de João Hercules a versão dada por este no caso da compra de voto por 40 mil acabou sendo verossímil.

Por este motivo o cidadão  Fabrício Mello juntou documentos, cópias do processo, pagamento via pix, vídeos e protocolou ontem (25/07)  pedido de investigação e Comissão Processante contra os vereadores Andrezinho, Ratolino e Reginaldo Silva.

O fato foi  registrado por mídias e canais do Youtube alcançando repercussão em toda a cidade e região.

Fabrício Mello disse que espera que o pedido seja lido e votado na próxima segunda-feira com a convocação dos suplentes.

Nenhum dos vereadores citados foram encontrados para darem suas versões. Fica aqui cedido espaço para tal finalidade.

LEGENDA DAS FOTOS: FOTO 1: FABRICIO MELLO (DENUNCIANTE), 2: ANDREZINHO; 3)- REGINALDO SILVA, e , 4) RATOLINO.













quarta-feira, 20 de julho de 2022

sexta-feira, 15 de julho de 2022

GAUCHINHO ENVIA ABRAÇOS PARA A TORCIDA DO NACIONAL NAC DE ROLÂNDIA

Tenho a satisfação em enviar um abraço a essa querida cidade de Rolândia. Em especial a torcida do Nacional que sempre me apoiou em todos os seis anos que fui jogador desse grande time.

Tive o prazer de jogar com muitos craques como Ademar, Leco, Diógenes Ticão, Zé Carlos, Walter, Tuca, Paulista, Nelinho, Niquinho e tantos outros.

No Nacional enfrentamos vários times grandes de São Paulo. Podem crer que fui muito feliz jogando pelo Nacional. Este time ficou gravado no meu Coração.

Em especial quero agradecer a você Farina pela entrevista que fez comigo aqui no meu Apto. em Londrina a alguns anos atrás, para o seu canal do Youtube ( Canal Farina). Uma entrevista que continua gravada no meu celular.

Tive grandes amizades aí em Rolândia. Além dos companheiros jogadores, me lembro do Zé da Pinta, do Walter Dala torre, Pincele e o teu pai, O Sr. José Farina, que estava sempre acompanhando o time, não só nos jogos como também nos treinos. Ele fazia a divulgação dos jogos com uma corneta instalada em seu jipe.

O Nacional recebia uma grande torcida, não só de Rolândia, mas de toda a região. No dia dos jogos a cidade parava. Não se falava de outro assunto. Os craques eram conhecidos e respeitados. Havia uma grande amizade.

Um abraços a todos. Gauchinho NAC (texto enviado via Zap)

NOTA:
Na última foto temos o time do Nacional final da década de 50. Gauchinho é o 2º da dir. para a esquerda agachado. Na foto vemos aida Ademar, Leco,. Walter, Eli, João de Barros, Paulista e Renato.
Na foto do Centro, Gauchinho é o primeiro, da esquerda para a dir.














































PICAPE CAMIONETE F-1000, ANO 1989 A VENDA

quarta-feira, 13 de julho de 2022

VEREADORA CRISTINA PIERETTI É ALVO DE PEDIDO DE INVESTIGAÇÃO EM ROLÂNDIA

O  cidadão Carlos Vendedor deu entrada hoje na Câmara Municipal de Rolândia com um pedido de  abertura de  Investigação  visando apurar irregularidades  que teriam sido cometidas pela vereadora Cristina Pieretti de Souza.

O pedido baseado no decreto-Lei 201/67 diz que a vereadora utilizou o carro oficial da Câmara para uso particular quando compareceu a uma reunião política da agremiação que  é filiada (PP) em Londrina.

Acompanha o requerimento  alguns documentos comprovando  itens das acusações que foram feitas pelo cidadão.

A vereadora denunciada esteve a poucos dias no programa TV Fuxico do Mauricio Promoções e negou o fato. Disse que havia interesse publico na citada reunião.

O pedido agora vai para plenário.

Cabe apenas aos vereadores decidirem se investigam ou arquivam.

Os vereadores estão de recesso e voltam na primeira segunda-feira de agosto.







TREM VELOZ AGORA EM ROLÂNDIA PARANÁ

segunda-feira, 11 de julho de 2022

MAIOR FÁBRICA DE EMBUTIDOS ROLÂNDIA PR

GIULIANO MARCOS DEIXA DE APRESENTAR O BALANÇO GERALK RIC RECORD LONDRINA

É DEMITIDO DA RIC TV.
NÃO VAI SE DESPEDIR DO PÚBLICO

O apresentador Giuliano Marcos não vai apresentar mais o programa Balanço Geral logo do canal 9.1. A partir desta segunda feira “Não estarei à frente do programa ". Eu não avisei os amigos e amigas que me acompanham todos os dias porque eu também não sabia que seria o meu último programa Balanço Geral.
Deixo um abraço a todos (as) que me acompanharam diariamente pela TV.
Não foi informado quem irá substitui-lo.
Dono de um grande carisma sabemos que não lhe faltará novos contratos e emissoras.


ALUGO LOCAÇÃO ALUGUEL DE CASA EM ROLÂNDIA

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segunda-feira, 4 de julho de 2022

CRÔNICA VIDA NA ROÇA NORTE DO PARANÁ RECEBE ELOGIO

Assunto: Crônica. Remetente: lumah. E-mail: lupm63@hotmail.com .----------------------------------------------------------------------------------------------------

Parabéns pela sua crônica, "A vida na roça...., li atentamente, porque também vivi quando criança, onde banho era com chuveiro feito em latão, com cordinha. Muitas coisas que li aí, vivenciei qdo criança nas viagens ao interior com meu falecido Pai. Amei a leitura. Parabéns, Poeta. Boa noite.
resposta
Fico feliz e honrado com o seu elogio. muito obrigado. Des te abençoe.
FARINA



TREM MAIOR PONTE FERROVIÁRIA APARECIDA TABOADO 4 FARINA

PASSEIO EM LONDRINA PARANÁ

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PICAPE FORD F100 V8 , 1977 A VENDA

POSSE PERAZOLO ROLÂNDIA 88 edição FARINA

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sexta-feira, 1 de julho de 2022

VIDA NA ROÇA NORTE DO PARANÁ ANOS 40 A 80

Nos anos 30 a 80, 80% das casas da zona rural do norte do paraná, eram exatamente neste modelo.

Sem forro, para que a fumaça das lamparinas e lampiões dissipassem, e não prejudicassem muito a saúde dos moradores.

Tinha também um porão, onde os sitiantes guardavam alguns apetrechos típicos da época. Ex.:  rodas de carroça, debulhadeira de milho, balanças, arreios, enxadas, rodos e enxadões.

Era comum também os cães, porcos e galinhas se protegerem nestes porões à noite, motivo pela qual aparecia muitas pulgas nas casas.

Para combater as pulgas os agricultores usavam o inseticida "BHC” muito perigoso.

As janelas e portas eram feitas com tábuas. não havia vidros. para ventilar ou clarear tinha que abrir totalmente as janelas. com chuva e frio era muito difícil.

99% destas casas tinham também fogão caipira a lenha feitos com tijolos e barro. A comida ficava gostosa, mas sempre havia poluição com a fumaça que as vezes não subia pela chaminé.

A parte boa do fogão caipira é que o mesmo aquecia a casa e os moradores na época do inverno.

Era muito gostoso fazer uma refeição ou tomar um café ao lado do fogão aceso.

À noite, quando aparecia visitas, o fogão mantinha todos aquecidos e, aí, era muitas estórias de assombração.

90% das famílias usavam grandes bacias para os banhos. Poucas famílias tinham chuveiros com cordinha.

Nas primeiras décadas muitas famílias não possuíam sequer casinha tipo privada para as necessidades fisiológicas. tempos difíceis.

A maioria da molecada não usava sapatos. estavam sempre descalços. Botinas chegavam a ser um luxo.

Os adultos aprendiam a fumar cigarros de palhas para espantar os mosquitos. Eram uma verdadeira praga.

A comida era sempre arroz, feijão, mandioca, verduras e legumes cultivados nas propriedades. Havia muitas galinhas, frangos, ovos e porcos. Carne de boi era um luxo para poucos. As vezes consumiam carne seca e peixes salgados.

Nos sítios não se consumia refrigerantes, iogurtes, maionese, ketchup, frutas do tipo maçã pera, mas havia muitas laranjas, tangerinas e mexericas.

Muitos tinham uma vaca para produção de leite e queijos.

Ninguém era poupado do trabalho. Até as crianças quando vinham da escola, iam para a roça, carpir, plantar e colher.

As 10 horas da manhã eram levadas as refeições para os adultos na roça, no meio do cafezal. De sobremesa eram consumidas laranjas diretamente do pé,

Descanso só nos feriados e quando chovia muito.

Quando caia uma chuva fina, os pais iam com os filhos roçar pastos e cuidar das reformas das casas, tulhas, paiol e arreios.

Ao acordar ouvíamos os passarinhos cantando (alvorada) lá no pomar. O dono da casa, quando tinha um rádio, ligava pra ouvir Tonico e Tinoco e outros cantores sertanejos. Enquanto a dona de casa estava preparando o café, tirando água do poço, o marido ia para o curral ordenhar as vacas e trazer o leite para as crianças.

Ao cair da noite, quem tinha rádio acompanhava as notícias do brasil ouvindo o repórter Esso e " a voz do brasil".

99% das propriedades tinham como benfeitorias, paiol para o milho. tulha para o café, terreirão para a secagem do café, chiqueiro para os porcos, curral para separar as vacas dos bezerros, ordenha e galinheiro.

Havia também um espaço para a horta e para o plantio de pimentas, pepinos, alho e cebola.

Havia sempre o pomar para as frutas. Todos os sítios tinham plantados laranjas, tangerinas e mexericas entre outras. A molecada chupava as frutas lá em cima, diretamente do pé de mexerica.

A parte ruim: havia muito bicho de pé, ratos e pulgas.

Diversão aos sábados eram os bailes debaixo de encerados. A música era ao vivo com sanfona e violão.

Em noites de lua cheia os jovens andavam a pé quilômetros atrás de bailes de sanfona. Iam conversando e contando causos pra passar o tempo.

Aos domingos, muitos iam assistir peladas de futebol nos patrimônios. Aí, alguns gastavam um pouco, comprando picolés de groselha e paçoquinhas. Tubaína era pra poucos. Quando alguém comprava dividia com a família. Um copo para cada um.

Acontecia também as festas juninas, com fogueiras, pipocas, bolos, canjica, quentão e leite com chocolate. 

Na festa de São João à meia noite muitos atravessavam tapetes em brasa, descalços, para provar a fé. Eu fui um deles.

Havia também novenas, com muita reza. Após sempre saia um chá com biscoitos caseiros.

Os sitiantes eram muitos unidos. acontecia sempre mutirões para colheitas. Um vizinho ajudava o outro.

Poucos tinham carros e caminhões. A maioria nem carroça puxada com animal tinha.

Nos dias de chuva, haviam muitas dificuldades para estes sitiantes e porcenteiros se locomoverem para a cidade. Nestes dias de chuvas, quando aparecia uma enfermidade a noite, era um tormento ir atrás de socorro.

Quase todo sitiante tinha uma família de porcenteiros morando próximo. O café ocupava muito mão de obra o ano inteiro.

A molecada gostava muito nos dias em que os pais e os avós matavam porcos. Era uma fartura. Muita carne frita no tacho. Faziam linguiça e codeguim.

Todo o dia, além dos serviços da roça, tinham que dar comida e água para os animais, debulhar milho, e cortar cana para as vacas e cavalos.

O dia mais feliz do mês era ir pra cidade fazer compras para o mês. Neste dia a molecada tinha direito a um picolé, uma paçoquinha e um copo de tubaína.

Por ocasião do natal e ano novo, os parentes apareciam. Era um almoço especial com leitoa, frango assado, macarrão, guaraná da antártica e cerveja quente. Não havia geladeiras.

Diversão para a molecada depois das tarefas, era andar a cavalo e nadar no riacho e cachoeira.

Pouquíssimas famílias tinham rádios. Depois da janta, por volta das 20 horas, todos iam dormir.

Não havia energia elétrica. Televisão o povo da roça via quando visitava algum parente na cidade ou em alguma loja. Era muito bom assistir o Bonanza e Rin Tin Tin.

Fazia frio, sol ou chuva, os adultos acordavam com o segundo canto do galo, por volta das 5h da madrugada.

Era muito triste quando geava. Os agricultores tinham que esperar depois mais dois ou três anos para uma boa colheita de café.

Antigamente o governo não liberava nenhum tipo de ajuda para os agricultores. Eles tinham que ser muito fortes e trabalhar muito, sem nenhum amparo social, como temos hoje.

A noite a gente dormia cedo ouvindo os grilos e sapos.

José Carlos Farina

 FOTO MARCOS DA TV PARDAU




CASA TÍPICA DOS SÍTIOS DO NORTE DO PARANÁ DÉCADA DE 40 A 80

Nos anos 30 a 80, 80% das casas da zona rural do norte do paraná, eram exatamente neste modelo.

Sem forro, para que a fumaça das lamparinas e lampiões dissipassem, e não prejudicassem muito a saúde dos moradores.

Tinha também um porão, onde os sitiantes guardavam alguns apetrechos típicos da época. Ex.: rodas de carroça, debulhadeira de milho, balanças, arreios, enxadas, rodos e enxadões.

Era comum também os cães, porcos e galinhas se protegerem nestes porões à noite, motivo pela qual aparecia muitas pulgas nas casas.

Para combater as pulgas os agricultores usavam o inseticida "BHC” muito perigoso.

As janelas e portas eram feitas com tábuas. não havia vidros. para ventilar ou clarear tinha que abrir totalmente as janelas. com chuva e frio era muito difícil.

99% destas casas tinham também fogão caipira a lenha feitos com tijolos e barro. A comida ficava gostosa, mas sempre havia poluição com a fumaça que as vezes não subia pela chaminé.

A parte boa do fogão caipira é que o mesmo aquecia a casa e os moradores na época do inverno.

Era muito gostoso fazer uma refeição ou tomar um café ao lado do fogão aceso.

À noite, quando aparecia visitas, o fogão mantinha todos aquecidos e, aí, era muitas estórias de assombração.

90% das famílias usavam grandes bacias para os banhos. Poucas famílias tinham chuveiros com cordinha.

Nas primeiras décadas muitas famílias não possuíam sequer casinha tipo privada para as necessidades fisiológicas. tempos difíceis.

A maioria da molecada não usava sapatos. estavam sempre descalços. Botinas chegavam a ser um luxo.

Os adultos aprendiam a fumar cigarros de palhas para espantar os mosquitos. Eram uma verdadeira praga.

A comida era sempre arroz, feijão, mandioca, verduras e legumes cultivados nas propriedades. Havia muitas galinhas, frangos, ovos e porcos. Carne de boi era um luxo para poucos. As vezes consumiam carne seca e peixes salgados.

Nos sítios não se consumia refrigerantes, iogurtes, maionese, ketchup, frutas do tipo maçã pera, mas havia muitas laranjas, tangerinas e mexericas.

Muitos tinham uma vaca para produção de leite e queijos.

Ninguém era poupado do trabalho. Até as crianças quando vinham da escola, iam para a roça, carpir, plantar e colher.

As 10 horas da manhã eram levadas as refeições para os adultos na roça, no meio do cafezal. De sobremesa eram consumidas laranjas diretamente do pé,

Descanso só nos feriados e quando chovia muito.

Quando caia uma chuva fina, os pais iam com os filhos roçar pastos e cuidar das reformas das casas, tulhas, paiol e arreios.

Ao acordar ouvíamos os passarinhos cantando (alvorada) lá no pomar. O dono da casa, quando tinha um rádio, ligava pra ouvir Tonico e Tinoco e outros cantores sertanejos. Enquanto a dona de casa estava preparando o café, tirando água do poço, o marido ia para o curral ordenhar as vacas e trazer o leite para as crianças.

Ao cair da noite, quem tinha rádio acompanhava as notícias do brasil ouvindo o repórter Esso e " a voz do brasil".

99% das propriedades tinham como benfeitorias, paiol para o milho. tulha para o café, terreirão para a secagem do café, chiqueiro para os porcos, curral para separar as vacas dos bezerros, ordenha e galinheiro.

Havia também um espaço para a horta e para o plantio de pimentas, pepinos, alho e cebola.

Havia sempre o pomar para as frutas. Todos os sítios tinham plantados laranjas, tangerinas e mexericas entre outras. A molecada chupava as frutas lá em cima, diretamente do pé de mexerica.

A parte ruim: havia muito bicho de pé, ratos e pulgas.

Diversão aos sábados eram os bailes debaixo de encerados. A música era ao vivo com sanfona e violão.

Em noites de lua cheia os jovens andavam a pé quilômetros atrás de bailes de sanfona. Iam conversando e contando causos pra passar o tempo.

Aos domingos, muitos iam assistir peladas de futebol nos patrimônios. Aí, alguns gastavam um pouco, comprando picolés de groselha e paçoquinhas. Tubaína era pra poucos. Quando alguém comprava dividia com a família. Um copo para cada um.

Acontecia também as festas juninas, com fogueiras, pipocas, bolos, canjica, quentão e leite com chocolate.

Na festa de São João à meia noite muitos atravessavam tapetes em brasa, descalços, para provar a fé. Eu fui um deles.

Havia também novenas, com muita reza. Após sempre saia um chá com biscoitos caseiros.

Os sitiantes eram muitos unidos. acontecia sempre mutirões para colheitas. Um vizinho ajudava o outro.

Poucos tinham carros e caminhões. A maioria nem carroça puxada com animal tinha.

Nos dias de chuva, haviam muitas dificuldades para estes sitiantes e porcenteiros se locomoverem para a cidade. Nestes dias de chuvas, quando aparecia uma enfermidade a noite, era um tormento ir atrás de socorro.

Quase todo sitiante tinha uma família de porcenteiros morando próximo. O café ocupava muito mão de obra o ano inteiro.

A molecada gostava muito nos dias em que os pais e os avós matavam porcos. Era uma fartura. Muita carne frita no tacho. Faziam linguiça e codeguim.

Todo o dia, além dos serviços da roça, tinham que dar comida e água para os animais, debulhar milho, e cortar cana para as vacas e cavalos.

O dia mais feliz do mês era ir pra cidade fazer compras para o mês. Neste dia a molecada tinha direito a um picolé, uma paçoquinha e um copo de tubaína.

Por ocasião do natal e ano novo, os parentes apareciam. Era um almoço especial com leitoa, frango assado, macarrão, guaraná da antártica e cerveja quente. Não havia geladeiras.

Diversão para a molecada depois das tarefas, era andar a cavalo e nadar no riacho e cachoeira.

Pouquíssimas famílias tinham rádios. Depois da janta, por volta das 20 horas, todos iam dormir.

Não havia energia elétrica. Televisão o povo da roça via quando visitava algum parente na cidade ou em alguma loja. Era muito bom assistir o Bonanza e Rin Tin Tin.

Fazia frio, sol ou chuva, os adultos acordavam com o segundo canto do galo, por volta das 5h da madrugada.

Era muito triste quando geava. Os agricultores tinham que esperar depois mais dois ou três anos para uma boa colheita de café.

Antigamente o governo não liberava nenhum tipo de ajuda para os agricultores. Eles tinham que ser muito fortes e trabalhar muito, sem nenhum amparo social, como temos hoje.

A noite a gente dormia cedo ouvindo os grilos e sapos.

José Carlos Farina

 FOTO MARCOS DA TV PARDAU .



EU SOU DE ROLÂNDIA MÚSICA E DEPOIMENTO

HISTÓRIA DE CAMBÉ By FARINA

EU SOU DE ROLÂNDIA NORTE DO PARANÁ