FOLHA DE LONDRINA
Mutirão de limpeza contou com a participação de voluntários, integrantes de organizações civis, policiais militares e bombeiros
Muito lixo foi retirado das margens da linha férrea que corta a cidade
Rolândia - Com 187 casos
de dengue confirmados em 2015, Rolândia (Região Metropolitana de
Londrina) já enfrenta uma epidemia da doença. Para conter o avanço da
enfermidade, a administração municipal recorreu à consciência do cidadão
rolandense para promover uma grande ação de combate ao mosquito Aedes
aegypti. O mutirão de limpeza promovido no fim de semana contou ainda
com a participação de voluntários, além de integrantes de organizações
civis, policiais militares e bombeiros.
"Além de conscientizar a população sobre os perigos da doença e a forma como ela é transmitida, a ação também teve por objetivo remover o lixo espalhado por toda a cidade, já que ele pode servir de criadouro", explicou Rafael Dias, gerente de Saúde Ambiental de Rolândia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que a epidemia é caracterizada quando o número de casos chega a 300 a cada 100 mil habitantes. "Proporcionalmente, no município, esse número já foi ultrapassado, chegando a 320 casos para cada 100 mil pessoas", alertou Dias.
Na sexta-feira, 300 colaboradores participaram das ações. No sábado foram 170 e ontem mais 100. Apenas nos dois primeiros dias foram coletados 20 caminhões com três a quatro toneladas de lixo cada. Sacolas plásticas, tampas de garrafa, caixas de papelão, frascos de margarina e de amaciante foram os itens mais encontrados.
O lixo estava espalhado em quintais de residências, terrenos baldios, praças e até mesmo em ruas e avenidas da cidade. Depois de recolhido o material, quatro equipes fizeram a aplicação de inseticida para eliminar as fêmeas do mosquito Aedes aegypti, que são as responsáveis por transmitir a doença. Para os agentes, a falta de educação da população que destina o lixo de forma inadequada é a principal causa da disseminação da dengue.
A reportagem da FOLHA acompanhou ontem o trabalho dos agentes no município e constatou uma grande quantidade de lixo espalhada pela cidade. Um dos locais mais sujos eram as margens da linha férrea que corta a cidade. Havia todo tipo de lixo no local: caixa de sapato, marmita, embalagens plásticas. Em apenas um terreno baldio, um agente de endemias chegou a recolher seis sacos de lixo de 100 litros cada, todos abarrotados de entulho.
O mutirão passou pela casa da instrutora de autoescola Cristina Demarchi, que conta que a dengue é uma grande preocupação para a sua família. Ela conta que não possui plantas nem deixa recipientes com água parada no quintal. "Mas do que adianta se tomo todos os cuidados, mas os vizinhos não?", alfineta.
Paraná
A FOLHA publicou na edição de ontem a confirmação de dez mortes ocasionadas pela dengue no Estado desde agosto do ano passado. O dado é da Secretaria de Estado da Saúde.
"Além de conscientizar a população sobre os perigos da doença e a forma como ela é transmitida, a ação também teve por objetivo remover o lixo espalhado por toda a cidade, já que ele pode servir de criadouro", explicou Rafael Dias, gerente de Saúde Ambiental de Rolândia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que a epidemia é caracterizada quando o número de casos chega a 300 a cada 100 mil habitantes. "Proporcionalmente, no município, esse número já foi ultrapassado, chegando a 320 casos para cada 100 mil pessoas", alertou Dias.
Na sexta-feira, 300 colaboradores participaram das ações. No sábado foram 170 e ontem mais 100. Apenas nos dois primeiros dias foram coletados 20 caminhões com três a quatro toneladas de lixo cada. Sacolas plásticas, tampas de garrafa, caixas de papelão, frascos de margarina e de amaciante foram os itens mais encontrados.
O lixo estava espalhado em quintais de residências, terrenos baldios, praças e até mesmo em ruas e avenidas da cidade. Depois de recolhido o material, quatro equipes fizeram a aplicação de inseticida para eliminar as fêmeas do mosquito Aedes aegypti, que são as responsáveis por transmitir a doença. Para os agentes, a falta de educação da população que destina o lixo de forma inadequada é a principal causa da disseminação da dengue.
A reportagem da FOLHA acompanhou ontem o trabalho dos agentes no município e constatou uma grande quantidade de lixo espalhada pela cidade. Um dos locais mais sujos eram as margens da linha férrea que corta a cidade. Havia todo tipo de lixo no local: caixa de sapato, marmita, embalagens plásticas. Em apenas um terreno baldio, um agente de endemias chegou a recolher seis sacos de lixo de 100 litros cada, todos abarrotados de entulho.
O mutirão passou pela casa da instrutora de autoescola Cristina Demarchi, que conta que a dengue é uma grande preocupação para a sua família. Ela conta que não possui plantas nem deixa recipientes com água parada no quintal. "Mas do que adianta se tomo todos os cuidados, mas os vizinhos não?", alfineta.
Paraná
A FOLHA publicou na edição de ontem a confirmação de dez mortes ocasionadas pela dengue no Estado desde agosto do ano passado. O dado é da Secretaria de Estado da Saúde.
Ricardo Maia
Reportagem Local
Reportagem Local