JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

GIU LUIGI E O BOSQUE DE LONDRINA 2

RESPOSTA A UM CIDADÃO

 Sou engenheiro agrônomo e pós-graduado em gestão ambiental. Considero sim a questão da ocupação de espaço urbano, mas observo também outros fatores envolvidos. A começar pela questão sanitária onde as fezes das pombas amargosinhas (que são nativas em toda a América do Sul e não exóticas) que, como vc mesmo concorda, se acumulam exalando o odor fétido da fermentação, o que incomoda quem atravessa a área. Também existe o fato de que elas se transformam em pó quando secas e pisadas por transeuntes é levada pelo vento e traz o perigo de infecção pulmonar aos moradores locais. Se retirarmos o pavimento que impermeabiliza o solo haverá a rápida decomposição e mineralização desses excrementos na terra, o que resolveria o problema. Caso as coisas forem como vc sugere, seria preciso um apoio logístico grande e permanente por parte do poder público local pra garantir a sanidade do bosque para os freqüentadores (limpeza das passarelas, bancos, mesinhas, banheiros públicos, etc), assim como a questão de segurança. Eu não acredito que possamos confiar que qualquer prefeito que estiver ocupando a cadeira vai garantir esse serviço permanentemente. O mais crível é que logo o espaço voltará ao esquecimento e ao abandono como sempre acontece. O que se espera é que aquilo volte a ser latrina para mendigos(como li no jornal outro dia), ponto para prostituição, uso de drogas, assaltos, marginalidade em geral onde o cidadão de bem passará longe. Isso é tão certo como dois e dois são quatro. As árvores presentes no espaço são em grande maioria nativas sim, mas existem dois pés de eucaliptus que deveriam ser erradicados por serem originários da Austrália assim como alguns pés de Santa Bárbara originária da Índia e adjacências. Não saí pra fazer levantamento a respeito, mas devido ao fluxo de pessoas que trazem espécies diferentes deduz-se que devam existir outras plantas exóticas sim, mas em quantidade menos expressivas. É perfeitamente possível fazer um trabalho de manejo corretivo na área para adequá-la como de preservação de nativas transformando-a num museu a céu aberto – as placas de identificação das árvores existentes já sugerem isso. Concordo quando diz que devemos cuidar da Fazenda Refúgio ou da Mata dos Godoy ou do Parque Arthur Thomas, mas isso não exclui a necessidade de se providenciar a resolução do Bosque como área de preservação também. Portanto volto a defender algo tido como radical por alguns, mas sensato devido à realidade dos fatos: a falta de solução satisfatória como uma praça para freqüência de pessoas. 

Por outro lado, os pioneiros ali deixaram algo que representa um regalo aos nossos olhos e pulmões quando passamos ao lado. Só a presença da massa verde já cumpre com sua função no centro da cidade. Não é preciso tomar o bosque nas mãos para sentir seu efeito, pois desde criança sei que ver não é pegar. Não é preciso ter uma funcionalidade maior como um espaço pra lazer. Ali não deve ser tratado como um espaço de árvores para apenas enfeitar ou servir como área de lazer, mas sim um espaço que desenvolve uma relação entre elementos da Mata Atlântica subtropical encravada no coração de uma metrópole. Se considerar que como lazer seria para menos de vinte pessoas a coisa complicaria ainda mais. Pois então que o Bosque seja isolado com grades altas, fortes e maciças para impedir o acesso de marginais e deixar desenvolver a mata em paz. Além de servir como prova da consciência ambiental do nosso povo poderia ser também visitada de forma controlada tanto pelo cidadão comum, turistas, como por estudantes e pesquisadores, por exemplo. GIU LUIGI

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

VÍDEO DA ENTREVISTA DE FARINA SOBRE O BOSQUE DE LONDRINA

FOTOS DE LONDRINA INÉDITAS


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BOSQUE DE LONDRINA - BARBOSA NÃO AGRADA O OCUPA LONDRINA




ODIARIO.LONDRINA
O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), recebeu na manhã desta terça-feira (6) os representantes do movimento Ocupa Londrina, que são contra a reabertura da Rua Piauí, na área do Zerinho do Bosque Central, como pretende o município. No entanto, o encontro foi marcado por frieza por parte do prefeito.
Os manifestantes, que aproveitaram o programa municipal Prefeitura nos Bairros, em que Barbosa Neto e seu secretariado realizam audiências semanais com a população em pontos distintos do município. O objetivo do grupo era conseguir argumentar com o prefeito os motivos que o movimento Ocupa Londrina tem para a não abertura da Rua Piauí.
Apesar de Barbosa Neto ter afirmado durante a última semana que o Prefeitura nos Bairros no Bosque Central não seria uma afronta ao movimento e que estaria disponível a ouvir os representantes do grupo, não foi o que se presenciou. Durante a audiência, o prefeito mexia no celular, mandando mensagens, enquanto os manifestantes tentavam argumentar com ele a necessidade de se manter o Bosque da forma como está, ou seja, sem a rua o cortando.
Diante desse pouco caso durante a audiência, Barbosa Neto chegou a ser repreendido por um dos manifestantes por conta dele estar mais interessado nas mensagens do celular do que em ouvir a população.
O grupo representando os mais de 30 membros do Ocupa Londrina saiu da reunião descontente. O médico e biólogo, Paulo Gutierrez, lamentou a posição de Barbosa Neto e criticou o fato do projeto ter sido iniciado sem aprovação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para o corte de árvores e sem Estudo de Impacto de Vizinhança.
"O prefeito, enquanto administrador, não valoriza a técnica porque ele sucateou o Ippul de vez. Enquanto político, ele não obedece a lei, o que é o cúmulo em uma democracia representativa. Como cidadão, ele está dando um mau exemplo para os filhos dele, para os nossos filhos, para os munícipes que agora têm todo o direito de não cumprir a lei também", declarou.
Apesar de receber o movimento Ocupa Londrina, a prefeitura não estava aberta ao diálogo. O secretário municipal de Governo, Marco Cito, reafirmou a postura pela abertura da via e disse que isso é uma coisa definitiva.
"A gente vê ainda uma confusão em distinguir o que é o bosque, o que é o Zerinho, o que são árvores nativas e o que são árvores plantadas pelo homem, a quantidade de árvores que foram cortadas versus quantidade de árvores plantadas pelo município. Por esses tantos fatores, não existe motivo do município abrir mão de seu projeto, uma vez que a maioria é a favor. Nós temos estudos técnicos, nós temos necessidade lógica com relação à reabertura da via, ao mesmo tempo reforçando que se trata de um projeto de revitalização", defendeu.
O município já recorreu contra a liminar da ong Meio Ambiente Equilibrado (MAE), que embargou as obras no bosque, e tenta na Justiça o amparo para o projeto.

VÍDEO DEBATE COM PREFEITO - RUA DO BOSQUE - 06/12/2011 - By FARINA

LONDRINA - DEBATE COM BARBOSA NETO - 06/12/11