Foto: Agência Londrix
Gauchinho deixou seu nome na história do Londrina como um dos melhores atacantes do clube em todos os tempos
No futebol, fazer gols é uma arte. Quem tem o dom, até encontra facilidades para isso. Antero Bombassaro tinha esse dom e esse talento. Por onde passou fez muitos gols. Quantos?
- Não sei dizer a quantidade, mas posso garantir que foram muitos - comenta o hoje servidor público aposentado. Ele conta que o livro do radialista J. Matheus sobre o Londrina Esporte Clubes diz que ele fez, só com a camisa deste time, 303 gols. Calcula que tenha feito mais de 600 na carreira toda, mas não tem estatísticas que comprovem.
Conhecido como Gauchinho, jogou futebol durante 23 anos e passou por poucas equipes, entre elas o Londrina, campeão estadual em 1962.
Início de carreira
Os primeiros gols do então infantil (ainda Antero) surgiram no Internacional, de Porto Alegre, onde residia. Em 1950 o pai decidiu vir para o Norte do Paraná. Chegou a Apucarana para gerenciar um hotel.
Aos 13 anos, o craque já marcava gols nas categorias de base do GERA (Grêmio Esportivo e Recreativo Apucarana). Aos 16 anos, chamava a atenção dos “olheiros” de grandes clubes. Com tinha vindo do Rio Grande do Sul, ganhou o apelido de Gauchinho e foi parar no Olaria do Rio, onde ficou de 1953 até meados de 1954. Voltou para o Paraná, mas sua fama de goleador já estava espalhada. Uma nova etapa começava na carreira de Gauchinho. Agora com a camisa do Nacional, de Rolândia.
- Fiz gols pra caramba. Apesar de 1,72 metros e calçar só 39, nunca dei folga pra zagueiro. Tinha um condicionamento físico perfeito. Hoje, quem se parece muito comigo no estilo de jogo é o Dagoberto, ex-São Paulo - diz ele.
Em dezembro de 1961, foi contratado pelo Londrina - para ser campeão paranaense já no ano sequinte. O goleador teria também uma passagem “forçada” pela Prudentina, em 67. O elenco londrinense estava concentrado num hotel da cidade e Gauchinho fez uma arte. Soltou uma bomba, levada pelo goleiro Zuza, na concentração. O técnico Jorge Scaff afastou o ídolo na hora. Nestor Alves, treinador da Prudentina ficou sabendo do caso e rapidinho telefonou para que ele fosse jogar o Paulistão.
- A estreia foi no Pacaembu e marquei o primeiro gol do Paulistão daquele ano - contou. Antes de encerrar a carreira, de novo no Londrina, em 1975, defendeu a seleção paranaense em 62 e 65. Hoje Gauchinho quer ser apenas o Antero Bombassaro, com filhos e netos.
Isnard Cordeiro - Londrix Comunicação