O Solo fértil e o Homo sapiens.
A Terra é o planeta-lar do Homo sapiens (“Homem sábio”), como nós mesmos nos titulamos. Desde o início, a Terra serve aos seus habitantes com tudo o que eles precisam para a vida – ar para respirar, água para beber, plantas ou bichos para comer e, além disso, recicla o lixo. O ser humano foi o primeiro ser que não se satisfez com essa ordem e começou a predar a Terra.
Para viver, poderíamos desistir do ouro, da prata, do carvão e do petróleo, mas não podemos desistir do mais valioso bem da Terra, o solo fértil.
O solo fértil possibilita árvores, arbustos, flores e grama, frutos e grãos. Sem o solo fértil, nós e todos os animais, morreríamos de fome. Uma mão cheia de terra não parece ser um tesouro. Mas debaixo do microscópio podemos reconhecer o que tem no solo. Primeiro descobrimos que a terra não é uma massa compacta, mas semelhante a uma esponja com muitos poros. Os poros pequenos contêm água, os maiores estão cheios de ar. Lá fervilham milhões de microorganismos: Numa mão cheia de solo fértil tem mais seres vivos do que seres humanos no Planeta! O conjunto de todas as bactérias e fungos, unicelulares, vermes e insetos cuida que a fertilidade do solo seja mantida. Sem os microorganismos no chão a terra seria inabitável, pois tudo estaria sufocado em lixo. Folhas , frutas, excrementos dos animais, cadáveres, tudo acaba indo para a terra. Mas nada se acumula porque imediatamente insetos, minhocas, bactérias e fungos avançam. Eles decompõem o lixo e o transformam em humos – terra entremeada de vida. Ao mesmo tempo liberam nutrientes que ali estavam presos. A água da chuva leva os nutrientes para o solo onde servem novamente de adubo para as raízes.
Sempre mais pessoas estão nascendo e precisam ter alimento, abrigo e roupa. A Terra já sofre diante de grandes danos ambientais – se quisermos sobreviver teremos que preservar melhor o nosso solo. Estudos indicam, que em breve, os solos férteis terão valor econômico equivalente ao das reservas de petróleo há 20 ou 30 anos. Sem terra não há comida. Sem comida não haverá vida.
Reflexão a partir de informação amplamente disponível, porém ignorada devido ao nosso modo de vida, “longe da Terra”.
Daniel Steidle, 28-06-2012.