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Rafael Fantin - Redação Bonde
Após as prisões de três empresários envolvidos na máfia dos uniformes na manhã desta terça-feira (28) em Londrina e Apucarana, os vereadores de Londrina destacaram os trabalhos realizados pela Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação, que foi aprovada na semana passada e investigou a compra de uniformes por meio de "carona' em licitação em São Bernardo do Campo (SP).
O relator da CEI, Joel Garcia (PP) se exaltou durante discurso no plenário e acusou o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) de envolvimento no caso e prometeu 'quebrar a cara' do pedetista, que foi cassado pelos vereadores londrinenses no final do mês passado. Garcia afirmou que o candidato a prefeito "espalha" nos bairros que ele foi
responsável pela cassação do mandato e é contra a distribuição de uniformes. "Ele (Barbosa) tem que lavar a boca para falar de mim. Até as pedras se encontram, o que dirá eu e o ex-prefeito", ameaçou.
O vereador Tito Vale (PMDB) disse que Londrina é "um dos quadros no tabuleiro da corrupção" e ressaltou que a investigação da Câmara norteou a atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O presidente da CEI, Rony Alves, disse que a detenção dos empresários foi um "presente de aniversário antecipado", já que o teor do relatório final foi desacreditado por algumas pessoas. Ele ainda revelou que ficou magoado com a aprovação parcial do documento pelos vereadores na quinta-feira passada (23).
Investigação do Gaeco
Em entrevista na manhã de hoje, promotor Cláudio Esteves
informou que a suspeita é de que os empresários contavam com apoio de agentes públicos na prefeitura de Londrina para vencerem processos licitatórios e serem contratados pelo município. Em troca disso, os agentes receberiam vantagem indevida.
Além das prisões, 17 mandados de busca e apreensão foram executados em Londrina e Apucarana.