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Em entrevista à imprensa, Barbosa voltou a desafiar a ex-aliada para uma acareação
O ex-prefeito de Londrina Barbosa Neto (PDT) negou conhecer os empresários Marcos Divino Ramos e José Lemes dos Santos, presos desde terça-feira, suspeitos de corrupção, formação de quadrilha e peculato. Eles teriam pago propina a agentes públicos de Londrina para fornecimento dos uniformes escolares, por meio de fraude nas licitações. Também foi detido o contador Pedro Bresciani. ''Não me lembro destes nomes nem das empresas. Um destes nomes, (José) Lemes, já ouvi falar, mas se aparecer agora na minha frente não o reconheria.''
Durante uma hora e quinze minutos, Barbosa, acompanhado do advogado Luiz Carlos Mendes, respondeu a todas as perguntas do delegado do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Alan Flore. O ex-prefeito negou ter recebido de Ramos, dono da G8, o envelope com R$ 50 mil, conforme acusação da ex-secretária de Educação Karin Sabec (PR). Segundo Barbosa, Karin tem motivações políticas por ser candidata a vereadora em chapa opositora a dele.
Em entrevista à imprensa, Barbosa voltou a desafiar a ex-aliada para uma acareação, embora não tenha formalizado o pedido ao delegado do Gaeco. Ele reconheceu ter ido ao interior do estado de São Paulo, porém, não teria se encontrado com os empresários em Boituva, como Karin sustenta. ''É uma grande farsa.'' Segundo ele, ''estive num encontro da Fiesp em São Paulo, buscando atrair empresas e na volta passamos em Salto, ao lado de Boituva''. Na cidade, de acordo com Barbosa, havia um evento religioso, com o padre Silvio Andrei, que já atuou em Londrina. O ex-prefeito também negou ter recebido do deputado federal Reinhold Stephanes (PSD) a indicação para contratar a G8.