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A vida após o infarto
Trocar hábitos inadequados por uma rotina mais saudável pode ser o primeiro passo para quem esteve perto da morte
Há doze anos, o gerente comercial aposentado Luiz Yamashita, 66 anos, adotou hábitos saudáveis e mudou sua vida para melhor. Mas, para que costumes inadequados fossem trocados por uma rotina com melhor qualidade de vida foi preciso um episódio motivador bastante grave: um infarto. Até os 54 anos, o cigarro e a cerveja fizeram parte do dia de Yamashita. ''Durante 36 anos eu fumava um maço de cigarro durante o dia e outro após o expediente, acompanhado da cervejinha com os amigos. Atividade física não fazia parte da minha vida até então'', destaca.
A falta de exames preventivos e de cuidados básicos com a saúde levou o aposentado a um infarto. ''Quando percebi, estava com hipertensão e colesterol alto. Foi preciso colocar quatro stents no meu coração e após este incidente comecei a me cuidar'', afirma. Hoje, a rotina de Yamashita é completamente diferente e começa logo cedo com uma caminhada. O cigarro foi abolido e a cerveja foi trocada pelo vinho. Com uma vida regrada e mais saudável, o aposentado se arrepende de ter fumado durante tantos anos. ''A gente não espera que essas coisas aconteçam. Eu tive muita sorte e há doze anos tenho uma vida nova''.
O infarto acontece em função do acúmulo de gordura nas paredes das artérias. Se um pedacinho desta placa de gordura se soltar e cair na corrente sanguínea, ou ainda se houver o aparecimento de uma fissura, um coágulo pode ser formado e ocasionar a interrupção da passagem do sangue por uma artéria do coração.