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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ZÉ DIRCEU CAUSA TUMULTO EM SÃO PAULO


Em meio a tumulto entre apoiadores e críticos, José Dirceu vota em SP

Ex-ministro diz que só dará entrevistas ao fim do julgamento do mensalão



Em meio a tumulto, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vota na tarde deste domingo num colégio no bairro Bosque da Saúde, Zona Sul de São Paulo
Foto: Michel Filho / O Globo
Em meio a tumulto, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vota na tarde deste domingo num colégio no bairro Bosque da Saúde, Zona Sul de São PauloMICHEL FILHO / O GLOBO
SÃO PAULO — Ex-ministro da Casa Civil e condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, José Dirceu votou no fim tarde deste domingo em meio a gritos da militância petista e de eleitores que o chamavam de "ladrão".
Dirceu votou na Escola Estadual Princesa Isabel, no Bosque da Saúde, na Zona Sul de São Paulo. Chegou às 15h40m cercado por seguranças e dizendo que não daria entrevistas.
— Só vou falar quando acabar o julgamento — afirmou o ex-ministro, cujas penas por causa de seu envolvimento no mensalão ainda serão definidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dirceu demorou menos de cinco minutos para votar e reclamou do empurra-empurra envolvendo jornalistas, militantes do PT e eleitores.
Em maior número, apoiadores com adesivos do candidato Fernando Haddad (PT) e camisetas com o rosto de Dirceu gritavam: "Dirceu / guerreiro / do povo brasileiro".
Moradores da região tentavam se aproximar xingando o ex-ministro de "ladrão" e "vergonha da nação". Os dois grupos bateram boca dentro do colégio eleitoral, mas não houve agressão.
Uma equipe do programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, tentou entregar ao ex-ministro uma revista Playboy e um maço de cigarros, numa referência à possibilidade dele vir a ser preso em função das condenações no mensalão. Dirceu olhou para os presentes, mas não os pegou.

DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS NO MUNDO




Redução do desperdício de alimentos poderia alimentar 1 bilhão de pessoas pelo mundo, aponta estudo. http://glo.bo/T0dZkp

Faça sua parte. Veja dicas simples para evitar o desperdício:

- Planeje suas compras no supermercado com uma lista
- Fique atento às datas de validade dos produtos
- Em restaurantes a quilo ou buffet, avalie o cardápio antes de encher o prato
- Em casa, cozinhe sob medida
- Reaproveite alimentos sempre que possível
- Compartilhe as práticas com seus amigos e familiares

MARCOS VALÉRIO AMEAÇADO DIZ QUE VAI DELATAR A QUADRILHA


Condenado a 40 anos, Marcos Valério propõe delação premiada

Novas informações do operador poderiam influenciar processos derivados do mensalão



Risco de morte. Ofício ao STF sugere que Valério estaria sendo ameaçado
Foto: A Tarde / Arestides Baptista
Risco de morte. Ofício ao STF sugere que Valério estaria sendo ameaçado
A TARDE / ARESTIDES BAPTISTA
BRASÍLIA e SÃO PAULO - A Procuradoria Geral da República terá que decidir o que fazer com um ofício que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro, assinado por advogados do operador do mensalão, Marcos Valério, sugerindo a delação premiada — quando o réu pode colaborar com a Justiça contando mais detalhes do crime em troca de benefícios.
No documento, a defesa também afirma que Valério está correndo risco de morte e, por isso, deveria ser incluído na lei de proteção a testemunhas. Para o presidente do tribunal, ministro Ayres Britto, uma eventual delação de Valério não mudaria nada no atual processo do mensalão, pois a investigação terminou.
— Na minha opinião, a esta altura, não (influencia). Mas o relator (Joaquim Barbosa) é quem vai se pronunciar — disse Ayres Britto.
Em conversas reservadas, três ministros do STF também afirmaram que, nesta fase do julgamento, um novo depoimento não altera em nada o processo. No entanto, poderia afetar processos derivados do mensalão a que Valério e outros réus respondem em outras instâncias do Judiciário.
Um dos ministros afirmou que eventual decisão concedendo a Valério o benefício da lei de proteção a testemunhas afetaria o cumprimento da pena imposta a ele no mensalão.
Semana passada, os ministros fixaram a pena de Valério em 40 anos, um mês e seis dias de reclusão, mais pagamento de multa. Como o tempo é superior a oito anos, o regime de cumprimento é inicialmente o fechado. Se houver proteção a Valério, o cumprimento poderá ser repensado pelo juiz de execução de Minas Gerais.
Logo que recebeu o pedido, via fax, Ayres Britto determinou sigilo e o encaminhou ao relator. O pedido tramita de forma isolada, sem ligação com o processo principal.
— Chegou um fax. Não posso dizer o conteúdo, porque está sob sigilo, mas é hiperlacônico — disse Ayres Britto.
Marcelo Leonardo, advogado de Valério não negou nem confirmou ser o autor do pedido.
— Nada a declarar — disse.
Semana passada, Leonardo disse ao GLOBO que Valério tem informações para ajudar nos outros processos.
— Em relação a este julgamento, que já está perto do fim, não teria mais nada a acrescentar. O mesmo não pode ser dito em relação a outros processos — disse o advogado, referindo-se às ações a que Valério responde nas instâncias federal e estadual.
No último memorial entregue aos ministros do STF, Leonardo alegou que seu cliente atuou como colaborador no processo ao entregar a lista de beneficiários dos recursos distribuídos por suas empresas. Mas o MP não concorda.
Para o ex-ministro do STF Carlos Velloso, a delação de Valério pode alterar a pena já imposta a ele no mensalão:
— Ele certamente quer que a delação influa na dosimetria da pena. Isso pode acontecer, dependendo da informação que ele traz. As informações podem ser objeto de novo inquérito contra pessoas ainda não envolvidas no caso.
Segundo Velloso, a inclusão de Valério na lei de proteção a testemunhas pode alterar o regime de prisão:
— Ele pode ficar numa prisão de segurança, com isolamento. Se ele realmente fizer a delação e ficar junto de outros presos, vai correr perigo.
Ayres Britto também confirmou que o Ministério Público Federal pediu a Barbosa para confiscar o passaporte dos réus no processo. Segundo o presidente da Corte, ainda não houve decisão. O relator está em viagem para tratamento de saúde na Alemanha.

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TCU RECOMENDA PARALISAÇÃO DE 22 OBRAS DA DILMA ROUSSEF

UOL NOTÍCIAS

O TCU (Tribunal de Contas da União) informou nesta terça-feira (30) que recomendou a paralisação de 22 obras de infraestrutura. A decisão cabe ao Congresso Nacional, que deverá analisar as auditorias realizadas pelo tribunal.
Das 22 indicações, 15 são obras remanescentes, ou seja, empreendimentos que não tiveram seus problemas resolvidos. Sete obras tiveram seus primeiros apontamentos de irregularidades.
Em outras 96 obras foram encontrados indícios graves de irregularidades, mas com recomendação de continuidade. As novas obras com recomendação de paralisação incluem quatro terminais portuários no Amazonas, o trecho rodoviário da BR-080 em Goiás, a estrutura de tubovias do Complexo Comperj e a drenagem de bacia em São José do Rio Preto.

Das irregularidades encontradas pelo TCU no balanço do Fiscobras 2012, divulgado hoje, 45% referem-se a práticas de superfaturamento e 41%, a projetos deficientes ou desatualizados.

"Essa situação é resultado da cultura da falta de planejamento e da falta de governança corporativa", disse o relator do processo, ministro Aroldo Cedraz.

Ao todo, o Fiscobras 2012 avaliou 514 obras, das quais metade são ligadas ao setor de transportes. O total da dotação orçamentária é de R$ 32,7 bilhões.