JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sexta-feira, 22 de março de 2013

CINEMAS DE ROLÂNDIA

ESTE EDIFÍCIO DA DIREITA ERA O ANTIGO CINE ROLÂNDIA, INAUGURADO NOS ANOS 50. ALI NA ESQUINA FICAVAM OS CARTAZES COM A FOTO PRINCIPAL DO FILME EM EXIBIÇÃO.... ISTO É HISTÓRIA..  A MOLECADA DE HOJE NEM IMAGINA AS EMOÇÕES DAS ESTREIAS DOS FILMES ÉPICOS QUE FORAM EXIBIDOS ALI.. "E O VENTO LEVOU"... EL CID.. OS 10 MANDAMENTOS.. "BEN-HUR"... ONDE HJ É O INSS FICAVA O CINE BANDEIRANTES.. LEMBRO-ME QUE UM DOS ÚLTIMOS FILMES QUE FOI EXIBIDO LÁ...  "DIO COME TI AMO".. EU ESTAVA LÁ... ERAM POUCOS ESPECTADORES ASSISTINDO... O CINE BANDEIRANTES TINHA CADEIRAS ESTOFADAS, JÁ O ROLÂNDIA AS CADEIRAS ERAM DE MADEIRAS DA "MÓVEIS CIMO" (ENCOSTO CURVADO COR MARROM EM VERNIZ)... O CINE ROLÂNDIA (ESTE DA FOTO) TINHA MAIS PÚBLICO. AS MOÇAS E RAPAZES PREFERIAM ESTE CINEMA POR SER MAIOR E POR TER AMPLOS CORREDORES PARA QUE PUDESSEM TRANSITAR E PRATICAREM A FAMOSA "PAQUERA".  AS MOÇAS CHEGAVAM MAIS CEDO E FICAVAM SENTADAS. OS RAPAZES FICAVAM CIRCULANDO E LOCALIZANDO ONDE ESTAVA SENTADA E SUA PRETENDENTE. SE A MOÇA SINALIZAVA DANDO A ENTENDER QUE "ESTAVA INTERESSADA", LOGO DEPOIS QUE AS LUZES COMEÇAVAM A APAGAR O RAPAZ CHEGAVA E SENTAVA JUNTO. SEMPRE HAVIA UMA COLEGA QUE SAIA E DEIXAVA O LUGAR VAGO.  NAS PAREDES  HAVIAM VÁRIOS ARRANJOS COM LUZES. ANTES DO FILME COMEÇAR TOCAVA A MÚSICA "TEMA DE LARA" OU "BEIJA-ME MUCHO" E ESTAS LUZES IAM APAGANDO PROGRESSIVAMENTE, PARA DAR TEMPO DAS PESSOAS SENTAREM. HAVIA TAMBÉM UMA ANTE-SALA COM UMA ÓTIMA BOMBONIERE ONDE COMPRÁVAMOS CHICLETES ADANS E AS FAMOSAS BALAS DE CEVADA SONKSEN. NESTA ANTE-SALA HAVIAM SOFÁS PARA QUE OS CLIENTES PUDESSEM ESPERAR A SESSÃO COMEÇAR. A MOÇADA TINHA MANIA DE ASSOVIAR E TORCER PARA O MOCINHO. QUANDO TINHA CENA DE AÇÃO...  VIRAVA UMA BAGUNÇA NO CINEMA. POR VÁRIAS VEZES ARMAVAM BOMBAS ENORMES PARA EXPLODIR NO MEIO DA SESSÃO. COMO ESPOLETA COLOCAVAM A BOMBA ENFIADA EM UMA BITUCA DE CIGARRO ACESA. UMA VEZ ACENDERAM UM TAL DE "BARBANTINHO" QUE ERA PREPARADO COM ENXOFRE COM UM CHEIRO INSUPORTÁVEL... A SESSÃO TEVE QUE SER INTERROMPIDA PARA A LIMPEZA.  A SESSÃO COMEÇAVA DEPOIS DA MISSA. E LOGO APÓS O  TÉRMINO DA SESSÃO QUASE TODOS OS JOVENS IAM PARA A SORVETERIA HOLANDESA TOMAR SORVETE OU CHOPE. NAS MATINÊS DE DOMINGO, A PARTIR DAS 13 HORAS MENINOS, JOVENS E ATÉ ADULTOS TRICAVAM GIBIS ANTES DE ENTRAR PARA A SESSÃO. EU ERA UM DELES. TINHA ( E TENHO) VÁRIAS COLEÇÕES DE GIBIS DA EBAL. NA ÉPOCA PARA PEGAR UM GIBI ANTIGO VOCÊ TINHA QUE DAR DOIS NOVOS. TROQUEI E COMPREI MUITO GIBI EM FRENTE O CINE ROLÂNDIA. A SESSÃO COMEÇAVA AS 14 HORAS.
 NOS ANOS 70 ABRIRAM A LANCHONETE "SOBRADO" ( ATUAL CASA DO GIBIM ) E O PÚBLICO ENTÃO COMEÇOU A DIVIDIR.  MAS FORAM TEMPOS DOURADOS. NÃO HAVIA DROGAS. QUASE TODOS TRABALHAVAM. AJUDAVAM OS PAIS. ERA UMA JUVENTUDE SADIA. HAVIA RESPEITO PARA COM OS MAIS VELHOS. NOS ANOS 60 OS JOVENS USAVAM CALÇAS FUNIL, BEM APERTADAS, BOTINHA E JAQUETAS. NOS ANOS 70 USARAM AS CALÇAS "BOCAS DE SINO" E SAPATOS PLATAFORMA.  NOS ANOS 60 CURTIAM MÚSICAS DO IÊ IÊ IÊ / JOVEM GUARDA E NOS ANOS 7O COMEÇOU A "ARREBENTAR" A MÚSICA ROMÂNTICA INGLESA OU AMERICANA. OS JOVENS NESTA ÉPOCA GASTAVAM DE DANÇAR MÚSICA LENTA, SEMPRE COM OS ROSTOS "COLADOS". OS DISCOS DOS BEE GEES CHEGAVAM A GASTAR DE TANTO TOCAR. A MINHA MÚSICA PREFERIDA ERA "I STARTED A JOKE", ATÉ HOJE ME EMOCIONO COM ELAAS VEZES QUANDO OS PAIS LIBERAVAM OS CARROS ÍAMOS PARA BAILES EM CAMBÉ, SÃO MARTINHO, SABÁUDIA E JAGUAPITÃ. SEMPRE DAVA BRIGAS E TÍNHAMOS QUE SAIR CORRENDO. HAVIA RIVALIDADE DOS JOVENS COM OS QUE VINHAM DE FORA. NINGUÉM QUERIA DIVIDIR AS MENINAS. É QUE AS "DANADINHAS" SE INSINUAVAM MAIS PARA OS RAPAZES DE FORA. NAQUELE TEMPO TODO MUNDO CONHECIA TODO MUNDO. OS RAPAZES "DE FORA"  TINHAM MAIS CHANCES. O CARA PODIA SER FEIO PARA DEDÉO MAIS SEMPRE ARRUMAVA NAMORADINHA FORA DE ROLÂNDIA. O DIFÍCIL ERA SAIR CORRENDO. AS VEZES O CARRO DEMORAVA PARA "PEGAR" E OS CARAS CHEGANDO. TINHA NEGUINHO QUE ATÉ REZAVA NESTA HORA PEDINDO PARA O FUSCA  "PEGAR" LOGO.  UMA VEZ MEU PRIMO, O TONINHO, ME LEVOU A UM BAILE EM APUCARANA. DEPOIS DAS 2 DA MADRUGA SAIU UMA BRIGA ( NÃO SEI ATÉ HOJE O MOTIVO) SÓ SE VIA CADEIRA E MESA VOANDO DE UM LADO PARA O OUTRO. EU E MEU PRIMO QUE NÃO SOMOS BOBOS PULAMOS LOGO UMA JANELA QUE ESTAVA ABERTA. LOGO DEPOIS OUVIMOS TAMBÉM TIROS DE REVÓLVER. PARA NÓS ACABOU A FESTA E VIEMOS EMBORA.  JOSÉ CARLOS FARINA

OBS.: Escrevi em outro lugar deste blog o costume  que a molecada tinha de trocar gibis nas matinês do cinema... domingos antes de começar o filme.. antes das 14 horas... eu tenho as minhas coleções até hoje. 


COMENTÁRIO: Sergio de Sersank Formidável! Vc é genial, meu caro José Carlos Farina. Eu não disse que vc é um historiador nato? Com sua licença, gostaria de partilhar isso que vc escreveu em seu blog com todos os meus amigos do Face. O que vc narra aqui, com essa sua memória prodigiosa, vale também para os diversos municípios da região e quiçá do Brasil, afora. Vc retrata bem, apesar de ser aenas uma síntese o que publica aqui, um pouco do que foram as nossas vidas na adolescência e juventude. Faltou falar das quermesses, com os chamados "correios-elegantes" e de algumas outras coisas, como aquela fase das "brincadeiras dançantes" que estava por todo o país. Mas, certamente vc está guardando pra nos contar isso tudo com detalhes ainda mais precisos e encantadores. Mesmo porque seria, por ora, estender demais. Os jovens de hoje nem imaginam quanto era feliz a mocidade dos "anos dourados". Continue a nos brindar com suas pérolasFarina! Grande abraço!



RESPOSTA: José Carlos Farina Muito obrigado Sergio. Fico feliz que tenha gostado. É.. éramos felizes e sabíamos...  Fico honrado com o seu elogio. Ainda mais vindo de uma famoso escritor como você.  um abraço. Deus te abençoe. Você é muito gentil.

CINEMAS DE ROLÂNDIA 2




Os mais jovens talvez desconheçam, mas Rolândia já teve dois cinemas. Ambos localizavam-se na Avenida Expedicionário: um, o “Cine Bandeirantes”, era instalado onde hoje funciona a Agência do INSS, outro, o “Cine Rolândia”, no prédio onde hoje existem vários estabelecimentos comerciais, na esquina com a Rua Santos Dumont, em frente ao Banco do Brasil. Também eram conhecidos como cinema “de Baixo” (o Bandeirantes) e cinema “de Cima”(o Rolândia). 

Do Cine Bandeirantes pouco me recordo, uma vez que, quando encerrou suas atividades, ainda era criança. Lembro-me que tinha cadeiras estofadas brancas. Certa feita - acredito que na Semana Santa - fui com meu irmão assistir um filme que retratava a Paixão de Cristo. O fato marcou minha memória em razão de o ator que fazia o papel de Cristo não mostrar seu rosto. Era filmado sempre de costas... . Segundo minha mãe (que era quem sempre acudia minhas curiosidades), isto ocorria em respeito à figura do representado. 

Embora mais charmoso, o “Cine Bandeirantes” era menos freqüentado que o “Cine Rolândia”, com dependências mais modestas. Suas cadeiras eram de madeira, logo, desconfortáveis. Apesar disso, atraía maior público em suas exibições. 
Não vivenciei a época em que os garotos aproveitavam o encontro dominical nas exibições dos filmes das matinês para troca de gibis, mas dela tomei conhecimento. Este exercício, além de criar e estreitar relacionamentos, aguçava o dom de muitos para a negociação, o qual, mais tarde, incentivou o surgimento de muitos profissionais atuantes em nosso comércio. 
Trago outras memórias do “Cine Rolândia”. Quando criança, morava na Avenida Interventor Manoel Ribas, em sobrado ainda hoje existente, de propriedade da querida Família Giordani, tão próxima da nossa que muitos julgam haver parentesco (de fato, em nossos sentimentos, formamos uma só família). Como estudava no Colégio Santo Antônio (hoje “Bom Jesus”), passava todos os dias em frente ao cinema a caminho da escola. O trabalho do artista que pintava os painéis de divulgação dos filmes em cartaz, mais de uma vez me deteve. Utilizava a técnica de quadricular a foto a ser reproduzida e, de igual forma, o painel a ser pintado, facilitando o trabalho – que não deixava de ser artístico. Era encantador ver as imagens, enormes, surgindo aos poucos, idênticas às copiadas. Não me recordo o nome desta técnica, mas fui a ela apresentado pela querida (e rígida) Irmã Ortência, nas aulas de Educação Artística. 
Mais tarde, já no final da adolescência, o “Cine Rolândia”, marcou de outra forma. Era o local onde os jovens, nas noites de domingo, após o devido atendimento às obrigações religiosas, se reuniam. O filme, na mais das vezes, pouco importava. Era pano de fundo para as conversas, piadas e encontros amorosos. 
Os olhares que rapidamente se cruzavam durante a semana nas escolas, clubes, ruas e quadras, nas noites de domingo se reencontravam, mais intensos e penetrantes, fazendo corações palpitarem, rostos avermelharem e hormônios entrarem em ebulição. Era uma rara oportunidade para os casaizinhos, em ambiente romântico, trocarem confidências e contatos. 
Havia um ritual para que assim acontecesse. Antes do filme começar, quando as luzes estavam acesas e as músicas de sucesso no momento tocavam ao fundo, os meninos circulavam entre as cadeiras ou detinham-se, em pé, em rodinhas de bate-papo. Seus olhares buscavam a pretendida que, uma vez correspondendo, em cumplicidade com as amigas, deixava um local vago a seu lado, permitindo que quando as luzes se apagassem, o mancebo, vencendo a timidez, se sentasse e quiçá fizesse suas juras de amor. Quantos namoros e casamentos nasceram sob o testemunho da enorme tela do “Cine Rolândia”. 
Os relacionamentos entre adolescentes não diferiam muito dos dias de hoje. Talvez a inocência deles sim. O pegar na mão significava tanto ou mais do que o “ficar”. 
Como a juventude que passou tão rápido, o tempo das sessões de cinema em Rolândia deixou saudade. Mas as oportunidades estão de volta. Os filmes, de uma forma ou de outra, sempre deixam marcas em nossas vidas. CRÔNICA de HORÁCIO NEGRÃO. foto de JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA - RECLAMAÇÃO CONTRA O POSTO DE SAÚDE CENTRAL

Paciente do Posto de Saúde central reclamou agora  pouco na TV local que em plena consulta ginecológica parte do reboco da sala caiu causando grande mal estar. A mesma paciente reclamou que não existe papel higiênico nos banheiros. Este que vos escreve denunciou a alguns meses que a pintura do posto está  inadequada pois exigi-se pintura em esmalte sintético e não látex como foi constatado. O secretário da saúde do município  Dr. Francisconi disse que o local  é provisório e que "existe projeto para a construção de um novo posto". TEXTO e FOTO by JOSÉ CARLOS FARINA

ROLÂNDIA - SUJEIRA NA AV. AÍLTON RODRIGUES ALVES

Claudir Salvalagio, morador residente próximo à Rádio Cultura reclama da empresa Caçambas Sartori que tem "jogado" água com barro na Av. Aílton Rodrigues Alves. As partes já se acertaram e a promessa é que tal poluição já foi cessada. Parabéns à empresa que sensibilizou-se com o problema. Veja filme / vídeo no youtube  a respeito: http://www.youtube.com/watch?v=g8ljAmn12Hs 
JOSÉ CARLOS FARINA

PROMOTORIA INVESTIGA CHUMBO EM ROLÂNDIA


Farina, o Ministério Público de Londrina abriu procedimento pra investigar a fábrica de baterias..
Segue:
- Procedimento Preparatório nº MPPR-0078.13.000630-3, instaurado em 08/03/2013. Assunto: MEIO AMBIENTE. Objeto: Trata-se de Procedimento Preparatório instaurado nesta Promotoria de Justiça, tendo em vista a informação
oriundo do Sr. Daniel Steidle, a qual relata que a empresa de baterias reifor pretende se instalar ao lado do lixão do Município de Rolândia. . Representante(s): DANIEL STEIDLE. Representado(s): BATERIAS REIFOR.
leiam a matéria completa no seguinte link: http://blogdojosecarlosfarina.blogspot.com.br/2012/05/industria-de-chumbo-ambientalistas-e.html
JOSÉ CARLOS FARINA

SÉRGIO SERSANK NO PROGRAMA TAVARES DA JOVEM PAN