JOSÉ CARLOS FARINA, BLOGUEIRO E YOUTUBER

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ROLANDIA E O NORTE DO PARANÁ

sexta-feira, 22 de março de 2013

A PROMOTORA ARQUIVOU DENUNCIA CONTRA CHUMBO.


CHUMBO EM ROLÂNDIA
FIZ UMA DENUNCIA EM COMPANHIA DE MAIS 5 PESSOAS
CONTRA A INDUSTRIA DE CHUMBO NO KM. 7
FUI SABER HOJE DA ANDAMENTO E DESCOBRI QUE A PROMOTORA
MANDOU ARQUIVAR SEM DAR NENHUMA RESPOSTA A QUEM PEDIU
PROVIDÊNCIAS...
JÁ PROTOCOLEI
UM PEDIDO DE CÓPIA DO PROCESSO..
QUERO VER O QUE ESTÁ ACONTECENDO....
...
Eu e meus colegas que assinaram a denúncia entendemos  que estamos ajudando a promotoria  levando até ela estes problemas ambientais e pedimos que tudo seja investigado. Agora fica a pergunta: Baseado em que a denuncia foi arquivada se os moradores afetados nem sequer foram ouvidos?
Registrei reclamação sob nº 1199/2013 - 44812 - PrGJ-PR.-SITE
CHUMBO EM ROLÂNDIA
A PROMOTORA ARQUIVOU DENUNCIA CONTRA CHUMBO.
FIZ UMA DENUNCIA EM COMPANHIA DE MAIS 5 PESSOAS
CONTRA A INDUSTRIA DE CHUMBO NO KM. 7
FUI  SABER HOJE DA ANDAMENTO E DESCOBRI QUE A PROMOTORA
MANDOU ARQUIVAR SEM DAR NENHUMA RESPOSTA A QUEM PEDIU
PROVIDÊNCIAS...
ACHEI  ISSO UM DESCALABRO E JÁ PROTOCOLEI
UM PEDIDO DE CÓPIA DO PROCESSO..
QUERO VER O QUE ESTÁ ACONTECENDO....
LAMENTÁVEL....
NÃO É ASSIM  QUE PENSO DEVE AGIR UM PROMOTOR....

ROLÂNDIA - CASO DA CASSAÇÃO DE JOHNNY NA GLOBO

Polícia reage a novo atentado a ônibus em Londrina


22/03/2013 -- 09h10

Coletivo foi queimado na zona oeste; suspeitos de ataque de domingo foram detidos ontem

Olga Leiria
Suspeitos de ataque na zona oeste foram apresentados pela polícia
César Augusto
Motorista apagou fogo e evitou maiores danos a coletivo na zona norte
Londrina – Londrina assistiu ontem a mais um atentado a ônibus de transporte coletivo, o segundo em apenas cinco dias. Desta vez o crime ocorreu no Jardim Santiago (zona oeste). A ação fez com que os diferentes órgãos de segurança da cidade se mobilizassem. 

Três jovens invadiram o coletivo e mandaram passageiros e motorista saírem do veículo por volta das 10 horas de ontem. Depois espalharam combustível e atearam fogo. O motorista do micro-ônibus da linha 421 Santiago/Pacaembu voltou ao coletivo e apagou o princípio de incêndio. 

O crime ocorreu a poucos metros do local onde dois adolescentes foram mortos na noite anterior em confronto com o Pelotão de Choque do 5º Batalhão (BPM) de Londrina. Os criminosos teriam acabado de roubar um Fiat Siena antes de entrar em confronto com os PMs. 

Os autores do ataque foram identificados horas depois, mas até o início da noite de ontem permaneciam foragidos. 

"Foi uma retaliação ao confronto armado com a PM, em que dois rapazes morreram. Esse crime não tem relação alguma com facção criminosa", salientou o relações-públicas da 4ª Companhia Independente, tenente Hugo Woll. 

Depois do crime a polícia fez uma megaoperação nas zonas norte e oeste de Londrina. Na zona norte, quatro jovens foram detidos por suspeita de terem praticado o primeiro atentado a ônibus desta semana, no domingo, no Jardim Novo Horizonte. 

Suspeito do crime, Guilherme Ribeiro da Silva, de 19 anos, foi detido na casa dele no Jardim Itapoá. A residência fica a apenas três quadras do local do incêndio. Ele já havia sido detido anteriormente por roubo e porte ilegal de arma. 

Após a prisão dele, a polícia localizou os outros supostos membros da quadrilha. Rodrigo Miguel dos Santos, de 20 anos, e dois adolescentes, de 12 e 14 anos. A investigação revelou que o crime teria sido encomendado. "Os menores afirmaram que homens desconhecidos ofereceram R$ 50 para cada um para incendiar um ônibus", explicou o delegado chefe da 10ª Subdivisão Policial, Márcio Amaro. 

A polícia não confirma que os bandidos tenham envolvimento com o crime organizado. "A princípio trabalhamos com provas, que nos mostram que são casos de vandalismo. Porém, não descartamos que esses jovens tenham recebido ordens para que cometessem esse tipo de ação criminosa", disse Amaro. 

Os suspeitos negaram autoria do crime. "Não participei, estava passando na hora pelo lugar", disse Rodrigo Miguel. Enquanto menor, ele já havia sido apreendido por porte ilegal de arma. "Não sei de nada", também disse Guilherme Ribeiro da Silva. 

Ambos foram indiciados por corrupção de menores, exposição a perigo em meio de transporte e formação de quadrilha (os adolescentes poderão sofrer medidas socioeducativas pelos dois últimos crimes). 

Em relação à série de incêndios, o Sindicato das Empresas de Transporte de Londrina (Metrolon) lamentou em nota que os "mais prejudicados por tais ataques - seja quais forem suas origens e motivação - são os usuários, que têm sua integridade física ameaçada e também deixam de ter ônibus à sua disposição para executar o serviço de transporte público".

Danilo Marconi e Paulo Monteiro
Reportagem Local

ARAPONGAS - RIO BANDEIRANTES - POLÊMICA NO BLOG DO FARINA

CINEMAS DE ROLÂNDIA

ESTE EDIFÍCIO DA DIREITA ERA O ANTIGO CINE ROLÂNDIA, INAUGURADO NOS ANOS 50. ALI NA ESQUINA FICAVAM OS CARTAZES COM A FOTO PRINCIPAL DO FILME EM EXIBIÇÃO.... ISTO É HISTÓRIA..  A MOLECADA DE HOJE NEM IMAGINA AS EMOÇÕES DAS ESTREIAS DOS FILMES ÉPICOS QUE FORAM EXIBIDOS ALI.. "E O VENTO LEVOU"... EL CID.. OS 10 MANDAMENTOS.. "BEN-HUR"... ONDE HJ É O INSS FICAVA O CINE BANDEIRANTES.. LEMBRO-ME QUE UM DOS ÚLTIMOS FILMES QUE FOI EXIBIDO LÁ...  "DIO COME TI AMO".. EU ESTAVA LÁ... ERAM POUCOS ESPECTADORES ASSISTINDO... O CINE BANDEIRANTES TINHA CADEIRAS ESTOFADAS, JÁ O ROLÂNDIA AS CADEIRAS ERAM DE MADEIRAS DA "MÓVEIS CIMO" (ENCOSTO CURVADO COR MARROM EM VERNIZ)... O CINE ROLÂNDIA (ESTE DA FOTO) TINHA MAIS PÚBLICO. AS MOÇAS E RAPAZES PREFERIAM ESTE CINEMA POR SER MAIOR E POR TER AMPLOS CORREDORES PARA QUE PUDESSEM TRANSITAR E PRATICAREM A FAMOSA "PAQUERA".  AS MOÇAS CHEGAVAM MAIS CEDO E FICAVAM SENTADAS. OS RAPAZES FICAVAM CIRCULANDO E LOCALIZANDO ONDE ESTAVA SENTADA E SUA PRETENDENTE. SE A MOÇA SINALIZAVA DANDO A ENTENDER QUE "ESTAVA INTERESSADA", LOGO DEPOIS QUE AS LUZES COMEÇAVAM A APAGAR O RAPAZ CHEGAVA E SENTAVA JUNTO. SEMPRE HAVIA UMA COLEGA QUE SAIA E DEIXAVA O LUGAR VAGO.  NAS PAREDES  HAVIAM VÁRIOS ARRANJOS COM LUZES. ANTES DO FILME COMEÇAR TOCAVA A MÚSICA "TEMA DE LARA" OU "BEIJA-ME MUCHO" E ESTAS LUZES IAM APAGANDO PROGRESSIVAMENTE, PARA DAR TEMPO DAS PESSOAS SENTAREM. HAVIA TAMBÉM UMA ANTE-SALA COM UMA ÓTIMA BOMBONIERE ONDE COMPRÁVAMOS CHICLETES ADANS E AS FAMOSAS BALAS DE CEVADA SONKSEN. NESTA ANTE-SALA HAVIAM SOFÁS PARA QUE OS CLIENTES PUDESSEM ESPERAR A SESSÃO COMEÇAR. A MOÇADA TINHA MANIA DE ASSOVIAR E TORCER PARA O MOCINHO. QUANDO TINHA CENA DE AÇÃO...  VIRAVA UMA BAGUNÇA NO CINEMA. POR VÁRIAS VEZES ARMAVAM BOMBAS ENORMES PARA EXPLODIR NO MEIO DA SESSÃO. COMO ESPOLETA COLOCAVAM A BOMBA ENFIADA EM UMA BITUCA DE CIGARRO ACESA. UMA VEZ ACENDERAM UM TAL DE "BARBANTINHO" QUE ERA PREPARADO COM ENXOFRE COM UM CHEIRO INSUPORTÁVEL... A SESSÃO TEVE QUE SER INTERROMPIDA PARA A LIMPEZA.  A SESSÃO COMEÇAVA DEPOIS DA MISSA. E LOGO APÓS O  TÉRMINO DA SESSÃO QUASE TODOS OS JOVENS IAM PARA A SORVETERIA HOLANDESA TOMAR SORVETE OU CHOPE. NAS MATINÊS DE DOMINGO, A PARTIR DAS 13 HORAS MENINOS, JOVENS E ATÉ ADULTOS TRICAVAM GIBIS ANTES DE ENTRAR PARA A SESSÃO. EU ERA UM DELES. TINHA ( E TENHO) VÁRIAS COLEÇÕES DE GIBIS DA EBAL. NA ÉPOCA PARA PEGAR UM GIBI ANTIGO VOCÊ TINHA QUE DAR DOIS NOVOS. TROQUEI E COMPREI MUITO GIBI EM FRENTE O CINE ROLÂNDIA. A SESSÃO COMEÇAVA AS 14 HORAS.
 NOS ANOS 70 ABRIRAM A LANCHONETE "SOBRADO" ( ATUAL CASA DO GIBIM ) E O PÚBLICO ENTÃO COMEÇOU A DIVIDIR.  MAS FORAM TEMPOS DOURADOS. NÃO HAVIA DROGAS. QUASE TODOS TRABALHAVAM. AJUDAVAM OS PAIS. ERA UMA JUVENTUDE SADIA. HAVIA RESPEITO PARA COM OS MAIS VELHOS. NOS ANOS 60 OS JOVENS USAVAM CALÇAS FUNIL, BEM APERTADAS, BOTINHA E JAQUETAS. NOS ANOS 70 USARAM AS CALÇAS "BOCAS DE SINO" E SAPATOS PLATAFORMA.  NOS ANOS 60 CURTIAM MÚSICAS DO IÊ IÊ IÊ / JOVEM GUARDA E NOS ANOS 7O COMEÇOU A "ARREBENTAR" A MÚSICA ROMÂNTICA INGLESA OU AMERICANA. OS JOVENS NESTA ÉPOCA GASTAVAM DE DANÇAR MÚSICA LENTA, SEMPRE COM OS ROSTOS "COLADOS". OS DISCOS DOS BEE GEES CHEGAVAM A GASTAR DE TANTO TOCAR. A MINHA MÚSICA PREFERIDA ERA "I STARTED A JOKE", ATÉ HOJE ME EMOCIONO COM ELAAS VEZES QUANDO OS PAIS LIBERAVAM OS CARROS ÍAMOS PARA BAILES EM CAMBÉ, SÃO MARTINHO, SABÁUDIA E JAGUAPITÃ. SEMPRE DAVA BRIGAS E TÍNHAMOS QUE SAIR CORRENDO. HAVIA RIVALIDADE DOS JOVENS COM OS QUE VINHAM DE FORA. NINGUÉM QUERIA DIVIDIR AS MENINAS. É QUE AS "DANADINHAS" SE INSINUAVAM MAIS PARA OS RAPAZES DE FORA. NAQUELE TEMPO TODO MUNDO CONHECIA TODO MUNDO. OS RAPAZES "DE FORA"  TINHAM MAIS CHANCES. O CARA PODIA SER FEIO PARA DEDÉO MAIS SEMPRE ARRUMAVA NAMORADINHA FORA DE ROLÂNDIA. O DIFÍCIL ERA SAIR CORRENDO. AS VEZES O CARRO DEMORAVA PARA "PEGAR" E OS CARAS CHEGANDO. TINHA NEGUINHO QUE ATÉ REZAVA NESTA HORA PEDINDO PARA O FUSCA  "PEGAR" LOGO.  UMA VEZ MEU PRIMO, O TONINHO, ME LEVOU A UM BAILE EM APUCARANA. DEPOIS DAS 2 DA MADRUGA SAIU UMA BRIGA ( NÃO SEI ATÉ HOJE O MOTIVO) SÓ SE VIA CADEIRA E MESA VOANDO DE UM LADO PARA O OUTRO. EU E MEU PRIMO QUE NÃO SOMOS BOBOS PULAMOS LOGO UMA JANELA QUE ESTAVA ABERTA. LOGO DEPOIS OUVIMOS TAMBÉM TIROS DE REVÓLVER. PARA NÓS ACABOU A FESTA E VIEMOS EMBORA.  JOSÉ CARLOS FARINA

OBS.: Escrevi em outro lugar deste blog o costume  que a molecada tinha de trocar gibis nas matinês do cinema... domingos antes de começar o filme.. antes das 14 horas... eu tenho as minhas coleções até hoje. 


COMENTÁRIO: Sergio de Sersank Formidável! Vc é genial, meu caro José Carlos Farina. Eu não disse que vc é um historiador nato? Com sua licença, gostaria de partilhar isso que vc escreveu em seu blog com todos os meus amigos do Face. O que vc narra aqui, com essa sua memória prodigiosa, vale também para os diversos municípios da região e quiçá do Brasil, afora. Vc retrata bem, apesar de ser aenas uma síntese o que publica aqui, um pouco do que foram as nossas vidas na adolescência e juventude. Faltou falar das quermesses, com os chamados "correios-elegantes" e de algumas outras coisas, como aquela fase das "brincadeiras dançantes" que estava por todo o país. Mas, certamente vc está guardando pra nos contar isso tudo com detalhes ainda mais precisos e encantadores. Mesmo porque seria, por ora, estender demais. Os jovens de hoje nem imaginam quanto era feliz a mocidade dos "anos dourados". Continue a nos brindar com suas pérolasFarina! Grande abraço!



RESPOSTA: José Carlos Farina Muito obrigado Sergio. Fico feliz que tenha gostado. É.. éramos felizes e sabíamos...  Fico honrado com o seu elogio. Ainda mais vindo de uma famoso escritor como você.  um abraço. Deus te abençoe. Você é muito gentil.

CINEMAS DE ROLÂNDIA 2




Os mais jovens talvez desconheçam, mas Rolândia já teve dois cinemas. Ambos localizavam-se na Avenida Expedicionário: um, o “Cine Bandeirantes”, era instalado onde hoje funciona a Agência do INSS, outro, o “Cine Rolândia”, no prédio onde hoje existem vários estabelecimentos comerciais, na esquina com a Rua Santos Dumont, em frente ao Banco do Brasil. Também eram conhecidos como cinema “de Baixo” (o Bandeirantes) e cinema “de Cima”(o Rolândia). 

Do Cine Bandeirantes pouco me recordo, uma vez que, quando encerrou suas atividades, ainda era criança. Lembro-me que tinha cadeiras estofadas brancas. Certa feita - acredito que na Semana Santa - fui com meu irmão assistir um filme que retratava a Paixão de Cristo. O fato marcou minha memória em razão de o ator que fazia o papel de Cristo não mostrar seu rosto. Era filmado sempre de costas... . Segundo minha mãe (que era quem sempre acudia minhas curiosidades), isto ocorria em respeito à figura do representado. 

Embora mais charmoso, o “Cine Bandeirantes” era menos freqüentado que o “Cine Rolândia”, com dependências mais modestas. Suas cadeiras eram de madeira, logo, desconfortáveis. Apesar disso, atraía maior público em suas exibições. 
Não vivenciei a época em que os garotos aproveitavam o encontro dominical nas exibições dos filmes das matinês para troca de gibis, mas dela tomei conhecimento. Este exercício, além de criar e estreitar relacionamentos, aguçava o dom de muitos para a negociação, o qual, mais tarde, incentivou o surgimento de muitos profissionais atuantes em nosso comércio. 
Trago outras memórias do “Cine Rolândia”. Quando criança, morava na Avenida Interventor Manoel Ribas, em sobrado ainda hoje existente, de propriedade da querida Família Giordani, tão próxima da nossa que muitos julgam haver parentesco (de fato, em nossos sentimentos, formamos uma só família). Como estudava no Colégio Santo Antônio (hoje “Bom Jesus”), passava todos os dias em frente ao cinema a caminho da escola. O trabalho do artista que pintava os painéis de divulgação dos filmes em cartaz, mais de uma vez me deteve. Utilizava a técnica de quadricular a foto a ser reproduzida e, de igual forma, o painel a ser pintado, facilitando o trabalho – que não deixava de ser artístico. Era encantador ver as imagens, enormes, surgindo aos poucos, idênticas às copiadas. Não me recordo o nome desta técnica, mas fui a ela apresentado pela querida (e rígida) Irmã Ortência, nas aulas de Educação Artística. 
Mais tarde, já no final da adolescência, o “Cine Rolândia”, marcou de outra forma. Era o local onde os jovens, nas noites de domingo, após o devido atendimento às obrigações religiosas, se reuniam. O filme, na mais das vezes, pouco importava. Era pano de fundo para as conversas, piadas e encontros amorosos. 
Os olhares que rapidamente se cruzavam durante a semana nas escolas, clubes, ruas e quadras, nas noites de domingo se reencontravam, mais intensos e penetrantes, fazendo corações palpitarem, rostos avermelharem e hormônios entrarem em ebulição. Era uma rara oportunidade para os casaizinhos, em ambiente romântico, trocarem confidências e contatos. 
Havia um ritual para que assim acontecesse. Antes do filme começar, quando as luzes estavam acesas e as músicas de sucesso no momento tocavam ao fundo, os meninos circulavam entre as cadeiras ou detinham-se, em pé, em rodinhas de bate-papo. Seus olhares buscavam a pretendida que, uma vez correspondendo, em cumplicidade com as amigas, deixava um local vago a seu lado, permitindo que quando as luzes se apagassem, o mancebo, vencendo a timidez, se sentasse e quiçá fizesse suas juras de amor. Quantos namoros e casamentos nasceram sob o testemunho da enorme tela do “Cine Rolândia”. 
Os relacionamentos entre adolescentes não diferiam muito dos dias de hoje. Talvez a inocência deles sim. O pegar na mão significava tanto ou mais do que o “ficar”. 
Como a juventude que passou tão rápido, o tempo das sessões de cinema em Rolândia deixou saudade. Mas as oportunidades estão de volta. Os filmes, de uma forma ou de outra, sempre deixam marcas em nossas vidas. CRÔNICA de HORÁCIO NEGRÃO. foto de JOSÉ CARLOS FARINA