Rio: manifestantes invadem a Alerj e põem fogo em carro
Redação SRZD*
O protesto que começou pacífico acabou se tornando palco de confronto entre os manifestantes e policiais nos arredores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no Centro da cidade. Centenas invadiram o prédio histórico e a Polícia Militar tentou afastar os manifestantes, que utilizaram fogos de artifício e pedras contra os policiais. A PM revidou com tiros de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Aproximadamente 80 policiais teriam ficado presos dentro do prédio da Alerj.
De acordo com especialistas da Coppe/UFRJ, até às 19h30 desta segunda, havia 100 mil pessoas protestando no Centro do Rio contra o aumento da passagem do transporte público. Às 18h, a passeata ocupava pelo menos quatro quadras da Avenida Rio Branco. Até este horário, a manifestação era pacífica. Às 18h25, manifestantes chegaram ao Largo da Carioca. Eles seguirão até a Cinelândia, no Centro.
Grande parte das pessoas vestem camisas brancas e gritam "sem violência". O grito "Cabral é ditador" também é reproduzido. Do alto de prédios, funcionários jogam papel picado em apoio ao ato. Um grupo de manifestantes não concordaram com pessoas carregando bandeiras de partidos políticos e segmentaram o protesto, gritando: "Nós não temos partido".
Aproximadamente 20 advogados da OAB-RJ acompanham os protestantes para garantir o direito de defesa caso ocorram detenções. A Faculdade Nacional de Direito (FND) abriu as portas para manifestantes. Como é um prédio federal, a entrada de qualquer policial militar estadual armado é proibida. Estudantes de medicina e voluntários se concentram no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), na Rua Primeiro de Março, para dar socorro aos manifestantes.