NESTE PLANETA, A VIDA É SINÔNIMO DE MATÉRIA ORGÂNICA. A MATÉRIA ORGÂNICA,A GROSSO MODO, DISTINGUE-SE PELO FATO DE SEMPRE INCLUIR CARBONO EM SUA COMPOSIÇÃO. AS PROTEÍNAS QUE FORMAM OS SERES VIVOS RESULTAM DA COMBINAÇÃO DE MOLÉCULAS DE AMINOÁCIDOS, QUE SE FORMAM A PARTIR DE ELEMENTOS AGREGADOS EM TORNO DO CARBONO. A EXTREMA VERSATILIDADE DESSA MOLÉCULA E SUA CAPACIDADE DE INCORPORAR COMBINAÇÕES CADA VEZ MAIS COMPLEXAS E EXTENSAS - UM ÁTOMO DE CARBONO PODE SE LIGAR COM ATÉ QUATRO ÁTOMOS DE OUTROS ELEMENTOS - EXPLICAM EM BOA PARTE O PAPEL AGLUTINADOR QUE ELA EXERCE NOS ALICERCES DA VIDA.
José carlos Farina - 18/12/2005
SOLOS 2
A DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA É, POR ASSIM DIZER, UMA VIAGEM DE VOLTA ÁS ORIGENS NA NATUREZA. NÃO POR ACASO OS CIENTISTAS DEDICAM ESPECIAL ATENÇÃO A ESTE PERCURSO DE IDA E VOLTA, BATIZANDO-O DE " CICLO DO CARBONO". PARA ATINGIR A FASE HÚMICA, A DECOMPOSIÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA - FIM DO CICLO DO CARBONO - PASSA POR UM PROCESSO LENTO E DELICADO QUE DEPENDE DE INTRICADA COMBINAÇÃO DE MATERIAIS, UMIDADE, TEMPERATURA E MICRO-ORGANISMO LEVAR MESES, ANOS ATÉ.
José carlos Farina - 18/12/2005
SOLOS 3
O SOLO COMO NÓS ENVELHECE. INEXORAVELMENTE, ELE ENVELHECE, CAMINHANDO DA ROCHA PARA ÓXIDO DE FERRO AO LONGO DE SUA VIDA. QUANTO MAIS JOVEM, MAIS PRÓXIMO DA ROCHA E DA CAULINITA; QUANTO MAIS VELHO, MAIS SE ASSEMELHA A DIÓXIDO DE FERRO. NESSA CAMINHADA DE MILHÕES DE ANOS, A TERRA PERDE PROGRESSIVAMENTE A CAPACIDADE DE RETER ELEMENTOS ESSENCIAIS Á VIDA DAS PLANTAS. COMO CÁLCIO FOSFORO, POTÁSSIO, MAGNESIO, NITROGÊNIO, ENTRE OUTROS. QUANDO ISSO ACONTECE, OS TÉCNICOS DIZEM QUE O SOLO PERDEU A CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS" OU " CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS.
José carlos Farina - 18/12/2005
José carlos Farina - 18/12/2005
SOLOS 4
A "CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS" DE UM SOLO É DETERMINADO PELA MAIOR OU MENOR EXISTÊNCIA DE MINUSCULAS PARTÍCULAS EM SUA COMPOSIÇÃO, COISA INVISÍVEL A OLHO NU. SÃO OS COLÓIDES, QUE CARREGAM CARGA ELÉTRICA NEGATIVA NA SUA ESTRUTURA E PERMEIAM TODO O SOLO COMO UMA FANTÁSTICA MALHA DE MICRO-IMÃS. GRAÇAS A ESTA QUALIDADE, ELES CONSEGUEM ATRAIR E ARMAZENAR PARTÍCULAS POSITIVAS - JUSTAMENTE AQUELAS INDISPENSÁVEIS A SAÚDE DAS PLANTAS -, LIBERANDO-AS EM DOSES HOMEOPÁTICAS AOS ALCANCE DAS RAIZES. É UMA ESPECIE DE PRONTO ATENDIMENTO NUTRICIONAL, UM PLANTÃO PERMANENTE DO SOLO.
José carlos Farina - 18/12/2005
SOLOS 5
OS SOLOS BRASILEIROS EM GERAL SÃO VELHOS, O MUNDO NOVO NA VERDADE É UM MUNDO VELHO. ESSA SITUAÇÃO É AGRAVADA PELA INTEMPERIZAÇÃO A AÇÃO CONSTANTE DAS CHUVAS E DO SOL, MAIS VIOLENTA NO MUNDO TROPICAL. O RESULTADO É A FORTE PRESENÇA DE ÓXIDOS DE FERRO E ALUMINIO NAS TERRAS TUPINIQUINS QUE CONTRIBUI PARA SEU BAIXO CTC (CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS) - ALGO ENTRE 1 E 3 MILEQUIVALENTES POR 100 GRAMAS DE MATERIAL. SÓ PARA SE TER UMA IDEIA DO QUE ISTO SIGNIFICA, BASTA DIZER QUE A AREIA DOS DESERTOS TEM "CTC" ZERO.
SOLOS 6
...E O HÚMUS, NO EXTREMO OPOSTO, DESTACA-SE COMO A CABECEIRA DO GRUPO COM UM CTC (CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS) ENTRE 200 E 400 MIL EQUIVALENTES, SENDO RESPONSÁVEL POR 70% DAS TROCAS DE CÁTIONS DE UM SOLO. O QUE OS DEFENSORES DA ADUBAÇÃO ORGANICA DIZEM É QUE, NUMA TERRA COM BAIXA CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE PARTÍCULAS POSITIVAS - ÍONS DE MAGNESIO, CALCIO, ETC. -, A PROPRIA ADUBAÇÃO QUIMICA TORNA-SE UM DESPERCICIO. NÃO ADIANTA DAR A TERRA AQUILO QUE ELA NAO CONSEGUE RETER. O EXCESSO SERÁ LEVADO PELA LIXIVIAÇÃO. A MATERIA ORGANICA RECOMPÕE NIVEIS BASICOS DE CTC (CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS) E AUMENTA A FERTILIDADE.
SOLOS 7
ALÉM DE ARMAZENAR MICRO-ELEMENTOS VITAIS, FAVORECE AINDA A ANULAÇÃO DAQUELES PREJUDICIAIS A PLANTA. A ACIDEZ DO SOLO, POR EXEMPLO. MUITAS VEZES PROVOCADA PELO PROPRIO ABUSO DA ADUBAÇÃO QUIMICA. ELA ACABA DIFICULTANDO A ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELAS PLANTAS. COLÓIDES COM ÍONS NEGATIVOS DISPONIVES NA MATERIA ORGANICA ISOLAM ESSE EXCESSO HIDROGÊNICO. ASSIM, CONTRIBUEM TAMBEM PARA EQUILIBRAR O pH DO SOLO (POTENCIAL HIDRIGENICO), APROXIMANDO-O DO INDICE DE 7,5.
SOLOS 8
QUE ALIMENTA A CADEIA DE MICRO-ORGANISMOS, SEM A QUAL AS PLANTAS TORNAM-SE REFENS DOS TERRÍVEIS NEMATÓIDES. É NA ESTRURA FÍSICA DO SOLO QUE SE CONSTATA DE FORMA MAIS CLARA E RAPIDA AS VANTAGENS DO USO DE MATÉRIA ORGANICA. A TERRA IDEAL É AQUELA QUE VOCE APERTA NA MÃO E SE ESBOROA, ROMPE-SE - TEM BOA FRIABILIDADE, NO LINGUAJAR DOS ESPECILISTAS. SOLOS PLÁSTICOS, ARGILOSOSO, QUE COLAM NAS FERRAMENTAS DE TRABALHO. OU AQUELES ARENOSOS, QUE SE ESCORREM PELOS VÃOS DOS DEDOS COMO PÓ, SÃO ORGANICAMENTE POBRES, ELES RETÊM, POUCA ÁGUA, QUASE NENHUM NUTRIENTE, DIFICULTAM A RESPIRAÇÃO DAS RAIZES E SUFOCAM A MICROBIOLOGIA INDISPENSAVEL Á DEFESA DAS LAVOURAS.
SOLOS 9
MATÉRIA ORGANICA PRINCIPALMENTE HÚMUS DE MINHOCA REPRESENTAM A ANTITESE DESTE CENARIO, MAS NÃO DEVEM SER TRANSFORMADOS EM PANACÉIA. EMBORA A SUA INTRODUÇAO AJA COMO CATALISADOR PARA A VIDA DO SOLO E POSSA ACELERAR OS PROCESSOS DE RESGATE BIÓLOGICO, SERIA UM EQUÍVOCO ENCARÁ-LO COMO UM NOVO REMEDIO. SÃO, ANTES DE TUDO, UM PARADIGMA, UMA META A SER INCORPORADA Á ATIVIDADE AGRICOLA. AFINAL, SAUDE BIOLÓGICA E EQUILÍBRIO FISICO-QUÍMICO NÃO SE CONFUNDEM COM INSUMOS DO SOLO. ELES SÃO A PRÓPRIA ESSÊNCIA DO SOLO.
EROSÃO
AQUI NO BRASIL A EROSÃO CARREGA UM BILHÃO DE TONELADAS DE TERRA POR ANO, ARRASTANDO DE ROLDÃO MAIS DE 35 MILHÕES DE TONELADAS DE NUTRIENTES. ESTE DESPERDICIO REPRESENTA UM PREJUIZO DE US$2,4 BILHÕES. CERCA DE 25% DA SUPERFICIE DO PAÍS ENCONTRA-SE EM PROCESSO DE DESERTIFICAÇÃO.
ADUBO ORGANICO
O PAPEL DA COMPOSTAGEM E DO ADUBO ORGANICO NÃO É APENAS O DE COMPLEMENTAR QUIMICAMENTE A TERRA - E AÍ RESIDE SUA GRANDE VANTAGEM FRENTE AOS INSUMOS CONVENCIONAIS. ELE É FUNDAMENTAL TAMBEM PARA FORTALECER E MULTIPLICAR BILHÕES DE BACTERIAS, MINHOCAS, FUNGOS, PROTOZOARIOS , ACTINOMICETOS, ETC. UMA TURMA DE VALOR, MERGULHADA EM ETERNA COMPETIÇÃO PELA VIDA, QUE AREJA O SOLO, PROCESA NUTRIENTES E IMPOE LIMITES AS PRAGAS MAIS ESPAÇOSAS. *FONTE REVISTA GLOBO RURAL.
José carlos Farina - 28/01/2006
TERRA SADIA
UMA TERRA SADIA CONTÉM PELO MENOS 5% DE MATERIA ORGANICA EM SUA COMPOSIÇÃO. AS ANALISES MOSTRAM QUE EM SOLOS AGRICOLAS, DE UM MODO GERAL, ESSES INDICES ALCANÇAM MENOS DE 1%.
COMPOSTAGEM
A COMPOSTAGEM VISA REALIZAR EM MENOR ESCALA, E NUM TEMPO MAIS CURTO, O MESMO PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DE MATERIA ORGANICA EM HÚMUS, FEITO NA FLORESTA. A RECICLAGEM EM ADUBO É OBTIDA PELA AÇÃO DE MILHOES DE MICRO-ORGANISMOS DO SOLO, COMO BACTERIAS E FUNGOS.
COMPOSTAGEM 2
A OXIGENAÇÃO DO MATERIAL ORGANICO É INDISPENSAVEL À ATIVIDADE MICROBIOLÓGICA. É IMPORTANTE TAMBÉM QUE O MATERIAL DA COMPOSTAGEM SEJA RICO EM NITROGENIO PARA QUE OS MICROORGANISMOS POSSAM TRABALHAR ATIVAMENTE. O TEOR DO NITROGENIO VAI DETERMINAR AS VELOCIDADE DE DECOMPOSIÇÃO. MATERIAS POBRES DESSE ELEMENTO, COMO GRAMINEAS, EXIBEM UMA LENTA DECOMPOSIÇÃO, DAI A IMPORTANCIA DE SE COMBINAR GRAMINEAS COM ESTERCO ANIMAL, BEM COMO FERMENTOS QUE ACELEREM A MULTIPLICAÇÃO MICROBIOLOGICA. DEPENDENDO DO MATERIAL, O CICLO DE DECOMPOSIÇÃO VARIA DE 3A 6 MESES.
José carlos Farina - 28/01/2006
COMO FAZER
A PRODUÇÃO DE COMPOSTO NAO REQUER GASTOS COM INSTALAÇÕES E PODE SER FEITA A CÉU ABERTO. BASTA DELIMITAR UMA ÁREA PLANA, SEM MUITA INSOLAÇÃO DIRETA, SERVIDA DE ÁGUA E DE FÁCIL ACESSO PARA CARGA E DESCARGA. A PILHA DEVE SER MONTADA EM CAMADAS, ALTERNANDO-SE RESTOS VEGETAIS E ESTERCO. CADA FATIA DO SANDUICHE DEVE SER UMEDECIDA. EM MEDIA AS FATIAS DE MATÉRIA ORGANICA DEVEM TER CERCA DE 0,30CM. DE ALTURA, ENQUANTO QUE AS DE ESTERCO ALCANÇAM 5 CM. PÁRA FACILITAR O MANEJO A PILHA DEVE TER O FORMATO DE PIRAMIDE, LARGA NA BASE (ENTRE 3 E 4 METROS), ESTREITANDO-SE GRADUALMENTE ATÉ ATINGIR UM METRO E MEIO DE ALTURA. *FONTE:REVISTA GLOBO RURAL.
CUIDADOS
A PILHA DEVE SER MANTIDA ÚMIDA, MAS NÃO ENCHARCADA E A CADA 10 DIAS, NO MÁXIMO, DEVE SER REVIRADA PARA ACELERAR A ATIVIDADES MIOCROBIOLOGICA.
José carlos Farina - 04/02/2006
VÁRIOS TIPOS DE SOLOS
Existem vários tipos de solo, conforme varia a proporção entre os componentes, isto é1. Solo argiloso: é aquele que contém mais de 30% de argila, que você já conhece como "barro" .
(Você poderá reconhecê-lo molhando um punhado de terra. Se esta se transformar em uma pasta
grudenta é porque o solo é argiloso).
2. Solo Arenoso: é aquele que contém mais de 70% de areia.
3. Solo Calcário: é aquele que contém mais de 30% de calcário.
4. Solo Humífero: é aquele que contém mais de 10% de húmus.
5. Solo Agrícola: apresenta a seguinte composiçao: 60 - 70% de areia; 20 - 30% de argila; 5 - 6% de calcário e 10 - 30% de húmus.
José carlos Farina - 04/02/2006
MELHORAR O SOLO
Para melhorar a qualidade do solo, você pode fazer uma mistura básica. Misture uma porção de areia, com uma porção de terra e uma porção de terra vegetal. Para cada 5 litros de mistura básica, acrescente: 1 colher de sobremesa de farinha de ossos, uma colher de sobremesa de farinha de peixe e uma colher de sobremesa de nitrato de potássio.
4. Adicione a mistura a sua terra e mexa bastante.
5. Para corrigir ainda mais o solo, acrescente areia em solos argilosos e compactos ou terra em solos arenosos.
MAIS DETALHES
SOLOS:
ARENOSO: Contém maior quantidade de areia. É um solo permeável, que não acumula tanta água e por isso forma terrenos secos.
ARGILOSO: Contém maior quantidade de argila. O solo argiloso forma terrenos úmidos porque retém muita água, é pouco permeável. Quando fica seco pode rachar e,quando chove muito, fica encharcado.
HUMÍFERO: Contém muito húmus. O húmus é material em decomposição. Absorve bem a água, sem deixá-la acumular-se. É também chamado de Terra Preta por ser um solo bem escuro.
MASSAPÊ: É o solo rico em argila e areia. Muito usado na plantação de cana-de-açúcar.
TERRA ROXA: É o mais indicado para plantações, pois contém areia, argila, calcário e húmus em quantidades equilibradas. Não é muito seco, nem úmido demais, permitindo boa circulação do ar.
CALCÁREO: Contém grande quantidade de cálcio.
LATERÍTICO: É um solo impermeável, com muito alumínio, considerado impróprio para a agricultura.
FERTILIDADE
A fertilidade dos solos refere-se à quantidade de nutrientes que estão presentes. De acordo com a quantidade, são classificados em:
MACRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em maior quantidade (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio).
MICRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em menor quantidade (boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco). Quando não se encontram no solo, as folhas mostram partes amareladas e se deformam; podem aparecer torcidas e enrugadas ou encrespadas nas bordas.
José carlos Farina - 04/02/2006
OS ELEMENTOS
O nitrogênio (representado por N) é responsável pela cor verde da folhagem e é o principal elemento químico para formação de proteínas. O fósforo (P) ajuda a formar raízes fortes e abundantes; contribui para formação e amadurecimento dos frutos e é indispensável na formação de sementes. O potássio (K) está relacionado com a formação de talos fortes e vigorosos, além de proteger a planta de enfermidades.O cálcio (Ca) ajuda no crescimento da raiz e do talo das plantas e também facilita a absorção dos nutrientes. O magnésio (Mg) é o elemento principal na formação da clorofila, sem a qual as plantas não produzem carboidratos.
cobertura morta ou "mulch".
"Mulch", segundo o Vocabulário de Ciência do Solo, é qualquer material tal como palha, serragem, plástico etc que é espalhado na superfície do terreno com a finalidade de proteger o solo e as raízes dos impactos diretos das gotas de chuva e raios de sol, evitando selamento superficial, evaporação e variação brusca de temperatura. Vemos aqui que serrapilheira é um componente específico de solos de floresta e que a palha, que é originada com o plantio direto, não se trata de uma serrapilheira, mas sim de cobertura morta ou "mulch"
José carlos Farina - 19/02/2006
TERRA DA MATA
O uso de terra de mata traz algumas vantagens interessantes. Assim, esses solos apresentam um componente muito interessante. Não se notabilizam pelas suas Características Físicas (textura, estrutura, porosidade, etc...) ou Químicas (pH, fertilidade, etc...). O maior trunfo desses solos baseia-se em suas riqueza Biológica. A fauna e a flora microbiológica desses solos contribuem para uma infinidade de interações solo-planta que podem ser positivas ou negativas. As negativas ocorrem quando alguns organismos fitopatogênicos prevalecem causando danos às plantas, que adoecem. As positivas ocorrem quando fungos, bactérias e outros organismos interagem com as plantas facilitando a absorção ou mesmo garantindo o fornecimento de nutrientes às plantas, havendo também aquelas relações onde se estabelecem o equilíbrio ecológico do solo. Isso tudo é muito legal, mas há de se considerar que quando transportamos esses solos estamos procedendo uma mudança radical. Quais condições que estamos oferecendo para que, ao depositar esse solo em um novo local, as condições apresentadas originalmente sejam mantidas? A insolação, as condições climáticas do novo ambiente, etc... São aspectos a serem observados. Podemos usar esses solos como inoculantes de organismos microbiológicos, mas jamai os devemos esquecer que devemos trabalhar o nosso solo para prover-lhe as melhores condições para potencializar as suas características Físicas, Químicas e Biológicas.(BENITO IGREJA JR. NITEROI-RJ)
José carlos Farina - 20/04/2006
MATERIA ORGANICA
OS BENEFICIOS DA MATERIA ORGANICA PARA OS SOLOS SÃO:
1)- PROTEGE O SOLO DO EXCESSO DE CALOR (AS PLANTAS SÓ ABSORVEM ÁGUA ATÉ 32 GRAUS);
2)- PROTEGE O SOLO DA EROSÃO;
3)- AUMENTA A VIDA DO SOLO, TORNANDO-0 MENOS VULNERAVEL A PRAGAS;
4)- MELHORA A ABSORÇÃO DE ÁGUA;
5)- LIBERA MAIS ENERGIA;
6)- ADICIONA NUTRIENTES EQUILIBRADOS AO SOLO;
7)- AUMENTA O ESPAÇO PARA O ENRAIZAMENTO;
8)- AUMENTA O POTENCIAL PRODUTIVO DO SOLO.
(FONTE REVISTA GLOBO RURAL)
TERRA (SOLO)
Como o solo é formado? O solo é formado a partir da rocha (material duro que também conhecemos como pedra), através da participação dos elementos do clima (chuva, gelo, vento e temperatura), que com o tempo, e a ajuda dos organismos vivos (fungos, líquens e outros) vão transformando as rochas, diminuindo o seu tamanho, até transformá-la em um material mais ou menos solto e macio, também chamado de parte mineral.
TERRA 2
Como os seres vivos ajudam na formação dos solos?
Logo que a rocha é alterada e é formado o material mais ou menos solto e macio, os seres vivos animais e vegetais, como insetos, minhocas, plantas e muitos outros, assim como o próprio homem, passam a ajudar no desenvolvimento do solo.Eles atuam misturando a matéria orgânica (restos de vegetais e de animais mortos) com o material solto e macio em que se transformou a rocha. Esta mistura faz com que o material que veio do desgaste das rochas forneça alimentos a todas as plantas que vivem no nosso planeta.Além disso os seres vivos quando morrem também vão sendo misturados com o material macio e solto, formando o verdadeiro solo.
TERRA
Qual a composição do solo?
O solo ou terra como também é chamado, é composto de quatro partes, a saber: ar; água; matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas); e parte mineral que veio da alteração das rochas, ou seja a areia da praia, o barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem.Estes quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água.
José carlos Farina - 30/05/2006
TERRA 4
E o ar do solo onde ele está?
Dentro do solo existem pequenos buraquinhos, que chamamos de poros do solo, onde fica guardada a água e o ar que as raízes das plantas e os outros organismos necessitam para beber e respirar.
TERRA 5
Como o solo é estudado?
O solo é estudado nas pesquisas dividindo a parte mineral em três frações principais, de acordo com o seu tamanho, a saber : Areia - a parte mais grosseira; Silte - uma parte um pouco mais fina, ou seja o limo que faz escorregar; e Argila - uma parte muito pequena que para ser visualizada necessita de microscópios muito possantes, ou seja a mesma que gruda no sapato.
TERRA 6
Como o solo é organizado? Assim como o nosso corpo, o solo também tem uma organização. Para podermos entender esta organização, primeiro vamos imaginar um bolo de aniversário que tem várias camadas, uma em cima da outra, como: uma camada de chocolate, uma de morango e uma de baunilha. O solo também tem as suas camadas que são chamadas de horizontes do solo. Em cada uma destas fotos, podemos ver as diferentes camadas do solo, sendo cada uma de uma cor diferente. Estas camadas são os horizontes do solo, assim como as camadas do bolo de aniversário.
José carlos Farina - 30/05/2006
TERRA 7
Como os solos se apresentam na natureza?
Ao viajar de carro observa-se grandes diferenças no tipo de vegetação e plantações. Estas diferenças são em grande parte decorrente dos diversos tipos de solos que ocorrem na natureza.
Essas diversidades de solos refletem as variações que ocorre na natureza dos fatores de formação.
Assim, estes solos se apresentam na natureza com diferentes cores, como por exemplo: amarelo, vermelho, marrom, preto, cinza, azulado, esverdeado e branca. Lembram da areia da praia? Ela é branca, não é!
Além de possuir cor diferente, um determinado horizonte pode ser mais duro que outro, filtrar a água mais rápido e/ou deixar que as raízes cresçam mais ou menos depressa, etc.
DICAS
CINZAS
Pegue as Cinzas e dilua em água e molhe as suas plantas nos canteiros. Você pode também polvilhar o solo das canteiros com as Cinzas. Além de ser rica em micronutrientes, a Cinza fornece boa dose de Potássio, que é um elemento muito requerido pelas plantas. As cinzas tb são ótimo repelentes para insetos. O resultado do uso das Cinzas na adubação das plantas e na repelência de insetos é imediato e bem perceptível. Quem usar vai gostar. Aliás, a Cinza pode ser obtida peneirando-se tudo que fica no fundo da churrasqueira ou do fogão a lenha. O resultado da peneiragem é cinza de um lado e carvão pro outro. O Carvão pode ser misturado ao solo de vasos e filtra elementos tóxicos que possam estar em excesso no solo. É usar e conferir.
José carlos Farina - 30/05/2006
AGRICULTURA ORGANICA - 11/12/2005
O solo é a base do trabalho orgânico. Vários resíduos são reintegrados ao solo; esterco, restos de verduras, folhas, aparas, etc., são devolvidos aos canteiros para que sejam decompostos e transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização ativará a vida no solo; os microorganismos além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. O grande valor da horticultura orgânica é promover permanentemente o melhoramento do solo. Ao invés de mero suporte para a planta, o solo será sua fonte de nutrição
O solo é o resultado de algumas mudanças que ocorrem nas rochas. Estas mudanças são bem lentas, sendo que condições climáticas e presença de seres vivos são os principais responsáveis pelas transformações que ocorrem na rocha até a formação do solo. Para entendermos melhor este processo, acompanhe atentamente a seqüência abaixo:
1) Rocha matriz exposta.
2) Chuva, vento e sol desgastam a rocha formando fendas e buracos. Com o tempo a rocha vai esfarelando-se.
3) Microrganismos como bactérias e algas se depositam nestes espaços, ajudando a decompor a rocha através das substâncias produzidas.
4) Ocorre acúmulo de água e restos dos microrganismos.
5) Organismos um pouco maiores como fungos e musgos, começam a se desenvolver.
6) O solo vai ficando mais espesso e outros vegetais vão surgindo, além de pequenos animais.
7) Vegetais maiores colonizam o ambiente, protegidos pela sombra de outros.
8)O processo continua até atingir o equilíbrio, determinando a paisagem de um local.
José carlos Farina - 09/06/2006
Animais que vivem no solo
Os organismos são extremamente importantes na decomposição da matéria orgânica. Podemos chamar de matéria orgânica o material "morto" que sofrerá ação de outros organismos, numa seqüência de eventos que começa com animais maiores até chegar aos microscópicos: formigas são capazes de triturar folhas que caem das árvores e picar frutos que apodrecem; cupins se alimentam de troncos mortos; besouros se alimentam de animais mortos; minhocas se movimentam no interior da terra cavando buracos e misturando diferentes camadas, promovendo a circulação do ar no solo. E finalmente algumas algas, bactérias e fungos que vivem no solo se alimentam daquilo que os animais maiores não conseguiram aproveitar, transformando tudo o que comem em compostos que ficarão no solo por um tempo até serem novamente aproveitados.
Os compostos contém nutrientes, que são elementos fundamentais para o desenvolvimento dos vegetais.
A fertilidade dos solos refere-se à quantidade de nutrientes que estão presentes. De acordo com a quantidade, são classificados em:
MACRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em maior quantidade (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio).
MICRONUTRIENTES - Nutrientes presentes em menor quantidade (boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco). Quando não se encontram no solo, as folhas mostram partes amareladas e se deformam; podem aparecer torcidas e enrugadas ou encrespadas nas bordas. (www.educar.sc.usp)
José carlos Farina - 09/06/2006
NITROGENIO
O nitrogênio (representado por N) é responsável pela cor verde da folhagem e é o principal elemento químico para formação de proteínas. O fósforo (P) ajuda a formar raízes fortes e abundantes; contribui para formação e amadurecimento dos frutos e é indispensável na formação de sementes. O potássio (K) está relacionado com a formação de talos fortes e vigorosos, além de proteger a planta de enfermidades.O cálcio (Ca) ajuda no crescimento da raiz e do talo das plantas e também facilita a absorção dos nutrientes. O magnésio (Mg) é o elemento principal na formação da clorofila, sem a qual as plantas não produzem carboidratos.
SOLOS FÉRTEIS DO BRASIL
No Brasil, os solos mais férteis são as chamadas Terras-roxas, encontradas em São Paulo e Paraná, e o Massapê, existente na zona litorânea do Nordeste. As Terras-roxas, são produto da decomposição de algumas rochas como o basalto e o diabásio. Historicamente, as terras-roxas foram solos importantes no desenvolvimento da cultura do café no Brasil.
MASSAPÊ
MASSAPÊ
O Massapê é um tipo de solo resultante da decomposição do granito, gnaisse e rochas calcárias, e está historicamente ligado à implantação da cultura da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro.
José carlos Farina - 10/06/2006
RECUPERAÇÃO DE SOLOS POBRES
Para recuperar empobrecidos pela monocultura, queimadas, erosão, etc, existe um sistema muito eficiente de recuperação, desenvolvido pelo engenheiro agrônomo René Piamonte, do Instituto Biodinâmico de Botucatu, SP.
Nesse sistema, misturam-se vários tipos de sementes para serem semeadas no outono / verão. Por exemplo: 20 kg de milho, 10 kg de mucuna preta, 10 kg de feijão de porco, 10 kg de lab lab, 10 kg de guandú, 10 kg de girassol, 5 kg de crotalária, 5 kg de mamona, 5 kg de feijão catador, 4 kg de painço, 4 kg de leucena; 4 kg de calopogonio, 5 kg de soja, 4 kg de sorgo, 2 kg de mileto, 0,5 kg de abóbora; 2 kg de nabo, etc. A mistura pode variar conforme a disponibilidade, o preço e a região. A mistura acima é indicada para mais ou menos 1 há, aproximadamente 100 kg. Se for possível encontrar, recomenda-se misturar alguns inoculantes específicos para leguminosas e 5 kg de fosfato natural com Araxá ou Yoorin e água suficiente para peletizar as sementes. Deixar secar por algumas horas. A semeação deve ser feita a lanço,em terra bem preparada e calcareada, se necessário, e a incorporação com grade leve ou dependendo da área, com rastelo. (NECO - WWW.IBD.COM.BR)
José carlos Farina - 10/06/2006
COMO FAZER
A eliminação do coquetel pode ser realizada com aproximadamente 150 dias, no início do florescimento da mucuna preta, colhendo antes manualmente o milho e o girassol. A produção de massa verde será de 50 a 70 ton/ha.
Também é possível deixar o ciclo das plantas finalizar, com o objetivo de colher as sementes. Assim a produção de massa verde será de 100 a 150 ton/ha. A incorporação pode ser feita superficialmente, com grade em caso de plantio de plantas de porte grande. Em culturas menores, que precisam ser semeadas em canteiros, deve ser usada a enxada rotativa. Quando se incorpora mais profundamente, deve-se deixar a massa verde mais tempo (30 a 60 dias) para se decompor antes da semeação.
A idéia de misturar vários tipos de plantas é como se fosse uma floresta tropical criada em 5 a 6 meses. Cada tipo de planta em um sistema de raízes diferente. O conjunto de raízes explora cada cm cúbico do solo e subsolo fazendo uma extratificação do solo. Cada planta tem uma capacidade diferente de extrair os minerais. O conjunto de plantas traz de volta todo complexo de elementos perdidos que as próximas culturas precisam.*
Para o Outono e início de Inverno podemos semear uma mistura mais adaptada ao frio e a dias mais curtos, por exemplo; nabo 2 a 4 kg, cereais do inverno como aveia, centeio, cevada, trigo, triticali, trigo morisco, totalizando mais ou menos 60 kg, milho 20 kg, girassol 4 kg, soja 15 kg, sorgo 5 kg, milheto 2 kg, abobora e sobras de sementes de verduras 3 kg etc. No sul pode se pensar em trevo, tremoso, alfafa, mostarda, etc. No Inverno a cultura deve ser irrigado. Irrigar uma vez para nascer emais duas vezes durante o ciclo é suficiente. (www.ibd.com.br)
CALAGEM. Adição de produtos em pó à base de cálcio, como o calcáreo e a cal, entre outros motivos, para mudar o pH do solo. Pela calagem de um solo ácido, ativa-se a microvida e, conseqüentemente, a decomposição dos restos orgânicos. Sabe-se que 1% de matéria orgânica no solo se pode formar 0,1% de húmus, que influi favoravelmente nas propriedades químicas do solo.
INCORPORAÇÃO DE PALHA. A palha, incorporada até 8 a 10 cm de profundidade, protege o solo da insolação, permite aumentar a infiltração da água, a fixação de nitrogênio do ar e ainda promove a agregação do solo, tornando-o grumoso e mais produtivo. Isso se dá entre 3 e 8 semanas após a sua aplicação. Após 3 meses, em clima tropical, cessa o efeito e deve-se repetir a prática.
ADUBAÇÃO VERDE. Como os vegetais, ao morrerem, devolvem ao solo os elementos minerais que acumularam ao longo da vida, a sua incorporação ao solo chama-se de adubação verde. Contudo, tanto o estrume de curral curtido como a adubação verde, ao contrário do que se imagina, não enriquecem o solo com matéria orgânica (segundo Primavesi), mas aumentam a soma de bases (Capacidade de Troca de Cations - CTC) e beneficiam com isso a colheita.
José carlos Farina - 25/06/2006
ARGILA
Argila é um material natural composto por partículas extremamente pequenas de um ou mais argilomineral. Argilominerais são minerais constituídos por silicatos hidratados de alumínio e ferro, podendo conter elementos alcalinos - sódio, potássio - e alcalinos terrosos - cálcio, magnésio.
Na natureza além dos argilominerais, as argilas estão geralmente associadas com outros materiais e minerais, como matéria orgânica, sais solúveis e partículas de quartzo, pirita, mica, calcita, dolomita e outros minerais residuais.
Materiais naturais com granulação fina, textura terrosa e comportamento plástico quando umedecidos, em geral recebem a denominação de argila. O termo não tem significado genético, sendo utilizado para materiais proveniente do intemperismo, ação hidrotermal, ou da sedimentação em ambientes fluviais, lacustres, marinhos ou eólicos. Caulins, bentonitas, argilas refratárias, terra fuler são tipos especiais de argilas que têm definições particulares decorrentes de aplicações tecnológicas, composição química/mineralógica ou origem geológica.
O termo argila também é usado na classificação granulométrica de partículas. PR.GOV.MINEROPAR)
José carlos Farina - 25/06/2006
OS SOLOS MAIS FÉRTEIS
Só 6,9% da superfície da Terra tem solos de alta fertilidade. A Rússia é a campeã, e no Brasil apenas 3% do território é de terra roxa legítima, mostra o livro "Raízes da Fertilidade", de João Castanho Dias, lançado ontem pela Anda e pela Ama (associações do setor de adubos). A obra traz a história do setor no Brasil e será distribuída pelas associações. www.valeverde.org.br)
José carlos Farina - 25/06/2006
SOLOS NO MUNDO
O solo é um recurso finito, limitado e não renovável, face às suas taxas de degradação potencialmente rápidas, que têm vindo a aumentar nas últimas décadas (pela pressão crescente das actividades humanas) em relação às suas taxas de formação e regeneração extremamente lentas. A formação de uma camada de solo de 30 cm leva 1000 a 10000 anos a estar completa (Haberli et al, 1991).
Os processos de degradação do solo constituem um grave problema a nível mundial, com consequências ambientais, sociais e económicas significativas. À medida que a população mundial aumenta, a necessidade de proteger o solo como recurso vital, sobretudo para produção alimentar, também aumenta.
Nos últimos 40 anos, cerca de um terço dos solos agrícolas mundiais deixaram de ser produtivos do ponto de vista agrícola, devido à erosão. Actualmente, cerca de 77% das terras da União Europeia (UE) correspondem a áreas agrícolas e silvícolas, evidenciando a importância da política agrícola no território. Na UE, calcula-se que 52 milhões de hectares de solo, equivalendo a mais de 16% da superfície terrestre total, estão afectados por processos de degradação; nos países candidatos à adesão esta percentagem ronda os 35%, de acordo com o mapa mundial do estado de degradação do solo induzida pelo Homem (Projecto GLASOD, 1992). http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTem aticas/Solo/TextoSintese/Antecedentes/
José carlos Farina - 25/06/2006
O SOLO É VIVO
O solo é um meio vivo e dinâmico, constituindo o habitat de biodiversidade abundante, com padrões genéticos únicos, onde se encontra a maior quantidade e variedade de organismos vivos, que servem de reservatório de nutrientes. Uma grama de solo em boas condições pode conter 600 milhões de bactérias pertencentes a 15000 ou 20000 espécies diferentes. Nos solos desérticos, estes valores diminuem para 1 milhão e 5000 a 8000 espécies, respectivamente.
A actividade biológica, dependente da quantidade de matéria orgânica presente no solo, elimina agentes patogénicos, decompõe a matéria orgânica e outros poluentes em componentes mais simples (frequentemente menos nocivos) e contribui para a manutenção das propriedades físicas e bioquímicas necessárias para a fertilidade e estrutura dos solos.
Efeitos
A intensidade com que os solos realizam cada uma das suas funções é extremamente importante para a sua sustentabilidade. A degradação do solo reduz a sua disponibilidade e viabilidade a longo prazo, reduzindo ou alterando a sua capacidade para desempenhar funções a ele associadas. A perda de capacidade do solo para realizar as suas funções, deixando de ser capaz de manter ou sustentar a vegetação, é designada por desertificação. WWW.CONFAGRI
José carlos Farina - 25/06/2006
PRINCIPAIS AMEAÇAS
As principais ameaças sobre o solo são a erosão, a mineralização da matéria orgânica, redução da biodiversidade, a contaminação, a impermeabilização, a compactação, a salinização, o efeito degradante das cheias e dos desabamento de terras. A ocorrência simultânea de algumas destas ameaças aumenta os seus efeitos, apesar de haver diferentes intensidades regionais e locais (os solos não respondem todos da mesma maneira aos processos de degradação, dependendo das suas próprias características).
A nível mundial, a erosão é a principal ameaça ambiental para a sustentabilidade e capacidade produtiva do solo e da agricultura convencional. A erosão do solo pode apresentar diferentes níveis de gravidade. Em mais de um terço do território da região mediterrânea, historicamente a região europeia mais gravemente afectada pela erosão (os relatos de erosão do solo nesta região datam desde 3000 anos atrás), as perdas médias anuais de solo são superiores a 15 ton/ha. www.compagri
José carlos Farina - 29/07/2006
SOLO DA FLORESTA ATLANTICA
Os solos da floresta são, via de regra, pobres em minerais e sua natureza é granítica ou gnáissica. A maior parte dos minerais está contida nas plantas em vez de estar no solo. Como há no solo muita serrapilheira que origina abundante húmus, existem microorganimos de vários grupos os quais decompõem a matéria orgânica que se incorpora ao solo. Esses minerais uma vez liberados pela decomposição de folhas e outros detritos, são prontamente reabsorvidos pelo grande número de raízes existentes, retornando ao solo quando as plantas ou suas partes (ramos, folhas, flores, frutos e sementes) caem. Fecha-se, assim, o ciclo planta-solo, que explica a manutenção de florestas exuberantes, em solos nem sempre férteis, às vezes paupérrimos (como é, muitas vezes, o caso de florestas da Amazônia).
No entanto, o desmatamento leva a um rápido empobrecimento dos solos, já que as águas da chuva levam os minerais e os carregam para o lençol subterrâneo (lixiviação). Esses solos por esse motivo normalmente não se prestam à agricultura, a menos que sejam enriquecidos anteriormente. Muito frequentemente são de composição argilosa e após desmatamentos sofrem erosão rápida ou então endurecem, formando crostas espessas de difícil cultivo. É porisso que a queimada de uma floresta tropical empobresse rapidamente o solo já que as águas da chuva carregam os sais minerais ao lençol subterrâneo. ttp://educar.sc.usp.br/licenciatura/tra balhos/mataatl.htm
José carlos Farina - 05/08/2006
O nitrogênio promove o crescimento vigoroso, retarda a maturação e é essencial para a produção de aminoácidos, proteínas, hormônios de crescimento, fitoalexinas e fenóis (Huber, 1980). O efeito deste nutriente na resistência das plantas aos patógenos pode ser entendida da seguinte forma. Quando a sua oferta é alta, aumenta a demanda por carbono da fotossíntese, comprometendo a síntese de metabólitos secundários pela via do ácido chiquímico. Esta condição reduz a produção de compostos fenólicos (fungistáticos) e de lignina na folha. O nitrogênio também aumenta a concentração de aminoácidos e de amidas no apoplasto e na superfície foliar, que aparentemente têm maior influência que os açúcares na germinação e no desenvolvimento das doenças fúngicas. Esta condição favorece o desenvolvimento de parasitas obrigatórios (Yamada, 2004). Segundo Marschner todos os fatores que favorecem as atividades metabólicas e de síntese de células das hospedeiras (ex.: adubação nitrogenada) também aumentam a resistência a parasitas facultativos, que preferem tecidos senescentes. A tabela 1 apresenta o efeito do nitrogênio e potássio na severidade de algumas doenças. A forma do nitrogênio (amônio ou nitrato) disponível para o hospedeiro ou patógeno afeta a severidade ou resistência mais que a quantidade do elemento (Agrios, 1980). O aumento na severidade das doenças, na presença de amônio é geralmente devido ao pH ácido, enquanto o aumento devido ao nitrato é geralmente associado a condições de pH neutro a alcalino (Keinath & Loria, 1990; Jones et al., 1990). Na tabela 2 podemos analisar o efeito da forma de nitrogênio na severidade de doenças.
O fósforo aumenta a resistência às doenças, por elevar o teor na planta ou por acelerar a maturação dos tecidos, auxiliando-a a escapar da infecção por patógenos que têm preferência por tecidos jovens. Em raízes, com baixo nível de P, foi observado um decréscimo de fosfolipídios com um correspondente ...http://www.manah.com.br/informativos.asp ?idI=20
José carlos Farina - 06/08/2006
... aumento na permeabilidade da membrana celular e da exudação radicular tendo o inverso sido observado em altos níveis de fósforo. De acordo com esses resultados, a exudação das raízes influencia na atividade de patógenos, desde que fósforo induza um decréscimo na exudação radicular, o que é correlacionado com a redução da severidade da doença.
Dos macronutrientes citados na literatura científica, o potássio é o elemento que apresenta consistentes resultados positivos na redução da incidência de pragas e doenças. De modo geral reduz a susceptibilidade das plantas tanto a parasitas obrigatórios quanto a facultativos como pode ser visto na tabela 1. A elevada susceptibilidade de plantas deficientes em potássio a certas doenças está relacionada com as funções metabólicas desse elemento. Em plantas deficientes, a síntese de compostos de elevado peso molecular (proteínas, amido e celulose) é diminuída, enquanto compostos orgânicos de baixo peso molecular, acumulam-se. O teor de glutamina, por exemplo, é particularmente alto nas plantas deficientes em potássio e favorece a germinação de esporos. Ela também retarda a cicatrização de feridas, favorecendo a penetração tanto de fungos como de insetos (Yamada, 2004). Em plantas deficientes em K, um aumento no seu fornecimento conduz a um aumento no crescimento e diminui o conteúdo de compostos orgânicos de baixo peso molecular, até o ponto em que o crescimento é máximo. Por outro lado, aumentos no nível de K na planta, além do ótimo, não causa efeitos substanciais nos constituintes orgânicos e nem na resistência a doenças (Zambolim & Ventura, 1993).
Macronutrientes Secundários (Ca, Mg e S)
O cálcio tem um papel crítico na divisão e desenvolvimento celular, na estrutura da parede celular e na formação da lamela média, sendo relativamente imóvel nos tecidos (Huber, 1980). O conteúdo de cálcio nos tecidos das plantas afeta a incidência de doenças parasíticas de duas formas: na primeira, quando os níveis de cálcio são baixos, ... são baixos, o efluxo de compostos de baixo peso molecular (açúcares) do citoplasma para o apoplasto é aumentado; na segunda, poligalacturonatos de cálcio são requeridos na lamela média, para que haja estabilidade da parede celular. Exemplo desta utilização é dado na tabela 3.
O enxofre ocorre sobre a forma reduzida, nas plantas, e é incorporado em aminoácidos, proteínas, enzimas, vitaminas, óleos aromáticos e ferredoxinas (Marschner, 1986). No Brasil, plantas desenvolvidas em solos de cerrado podem mostrar deficiência de enxofre. Para correção da deficiência, tem sido recomendado o gesso ou fertilizante que contêm o enxofre, em associação ou não com a calagem do solo (Alvarez, 1988). De maneira geral o efeito do enxofre sobre o pH do solo tem sido apontado como o fator responsável na redução da severidade de doenças.
Como constituinte da clorofila, o magnésio é importante na fotossíntese. Está também associado com a velocidade de crescimento das plantas, mitose, níveis de proteínas, metabolismo de carboidratos e fosforilação oxidativa em células fisiologicamente jovens. Diferente do cálcio, o magnésio é translocado de partes "maduras" da planta, para aquelas em crescimento ativo (Zambolim & Ventura, 1993). O magnésio está constantemente associado ao cálcio, já que pode ser aplicado ao solo, visando a neutralizar o pH. Da mesma forma que o cálcio, o magnésio pode reduzir ou não a severidade de doenças, dependendo da combinação hospedeiro-patógeno e do ambiente. Alguns autores tem atribuído ao desbalanço nutricional, envolvendo cálcio, magnésio e enxofre a causa primária do ataque desses patógenos (CSINOS et al., 1984). Práticas de manejo que podem levar a este desbalanço são: uso inadequado de calcário; utilização contínua de produtos isentos de Ca e S sem a preocupação de inserir estes nutrientes de forma equilibrada no sistema.
Micronutrientes
Os estudos sobre o hospedeiro sugerem que o íon ferro pode atuar na ativação de enzimas necessárias para a síntese ...
José carlos Farina - 06/08/2006
...para a síntese de compostos antifúngicos. A ausência do íon ferro resulta na susceptibilidade das células atuando na ativação de enzimas necessárias para a síntese de compostos antifúngicos. Em síntese, os resultados sugerem que o íon ferro é essencial para a síntese de fitoalexinas e indução de resistência as doenças.
Baixas quantidades de cobre nas folhas e brotações estimulam a atividade da peroxidase, enquanto que alta concentração reduz a atividade da enzima. O aumento na concentração de cobre pode reduzir também a atividade da catalase. A inibição da peroxidase, pode também resultar no acúmulo de compostos fenólicos com efeitos bactericidas, tornando os tecidos da planta resistentes à infecção por Erwinia amylovora. Alta concentração de cobre induz a atividade da polifenoloxidase que é responsável pela conversão de compostos fenólicos em substâncias bactericidas, denominadas quinonas. Em síntese, o íon cobre pode induzir resistência pelo aumento da síntese de peróxidos, compostos fenólicos e quinonas, tendo todos propriedades bactericidas.
Estudos vem mostrando que o conteúdo de silício, da parede celular das células da epiderme, pode ser muito importante na resistência de plantas a doenças e que a supressão dos depósitos de silício pode induzir suscepti-bilidade. As gramíneas, em geral, e, particularmente, o arroz são acumuladores de silício (Marschner, 1986). Com aumento na disponibilidade de silício o teor nas folhas também aumenta, induzindo resistência a doenças fúngicas, como a bruzone do arroz. O aumento da resistência, que se manifesta por um decréscimo no número de manchas, parece estar diretamente relacionado com a concentração de silício na solução do solo e nas folhas.
O manganês é um elemento importante no auxílio ao controle das doenças das plantas. A presença do manganês no solo é extremamente complexa e envolve interações químicas e microbiológicas. A transformação de Mn3+ insolúvel ou óxido de Mn4+ para Mn2+ solúvel é altamente dependente de fatores do ambiente tais como o pH do solo, umidade, nutrientes, inibidores da nitrificação, matéria orgânica e atividade microbiana. As concentrações de manganês nas plantas têm sido alteradas em função da presença de patógenos, sendo, no entanto, a sua magnitude influenciada pela planta hospedeira ou cultivar e pelo órgão infectado (Huber & Wilhem, 1988). O teor de Mn é normalmente baixo nos tecidos susceptíveis em comparação com tecidos resistentes, mas aumenta em áreas localizadas próximo aos pontos de infecção. Possivelmente, o efeito do manganês, mais comumente verificado, é a modificação da resistência, devido à presença e exudados tóxicos (Zambolim & Ventura, 1993).
Segundo Cakamak et al. (1995) a deficiência de boro tem efeito no vazamento de K+ e de solutos orgânicos nas células. Comparando às folhas com teores suficientes de boro, o tratamento com menor teor de boro deixou vazar 35 vezes mais K+, 45 vezes mais sacarose e sete vezes mais fenólicos e aminoácidos. O tratamento com boro por 20 minutos foi suficiente para restabelecer a permeabilidade das membranas das folhas B-deficientes para o nível das folhas com suficiência de boro, indicando o particular papel deste elemento na manutenção da integridade das membranas plasmáticas. Cakmak e Römheld (1977) citam que, apesar dos rápidos e claros efeitos do boro no vazamento de K+, os mecanismos pelos quais o boro afetaria a integridade estrutural e/ou funcional das membranas plasmáticas são pouco conhecidos. O boro parece ter papel estrutural crítico nas membranas plasmáticas pela sua habilidade em se ligar com compostos da membrana contendo grupos cis-diol, tais como glicoproteínas e glicolipídeos.
O zinco é outro importante nutriente necessário na manutenção da integridade das biomembranas. Em condições de deficiência de zinco ocorre o aumento típico da permeabilidade da membrana plasmática indicado pelo maior vazamento de solutos de baixo peso molecular, redução no conteúdo de fosfolipídeos, conforme observado por Cakmak & Marschener (1988). FONTE AGRIOS, G. M. Environmental effects on infections plant disease development. In: Plant Pahotology, 3 ed. London Academic Press, 1980. p.147-155.
ALVAREZ, V. V. H. Enxofre: Critérios de diagnose para o solo e planta, correção de deficiências excessos. In: SIMPÓSIO: ENXOFRE E MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA, Londrina, 1988. Anais... Londrina, Embrapa, CNPSo/IAPAR/SBCS, P.31-59, 1988. CAKMAK, .I.; KURZ, H.; MARSCHNER, H. Short term oeffects of boron, germanium and high light intensisty on membrane permeability in boron deficient leaves of sunflower. Physiology Plantarum, v.95, p. 11-18, 1995. CAKMAK, I.; MARSCHNER, M. Increase im membrane permeability an exsudation of roots of zinc deficient plants. Journal of Plant Physiology, v.132. p.356-361, 1988. CAKMAK, I.; RÖMHELD, V. Boron deficiency-induced impairments of cellular functions in plants. Plant and Soil, v. 193, p. 71-83, 1997. CSINOS, A. S.; GAINES, T. P. & WALKER, M. E. Involvement of nutrition and fungi in the peanut pot rot complex. Plant Disease, 68:61-65, 1984. ENGELHARD, A. W. Soilborne plant pathogens: Management of diseases with macro-and microelements. 1. ed. Minesota, APS Press, 1989. 217p. HUBER, D. M. & WILHELM, N. S. The role of manganese in resistence to plant diseases. In: MANGANESE IN SOIL AND PLANTS; AN INTERNATIONAL SYMPOSIUM, Glen Osmond, Austrália, Waite Agriculture Research Institute, 1988. p. 155-173. HUBER, D. M. Introduction. In: ENGELHARD, A. W. Soilborne plant pathogens: Management of diseases with macro-and microelements. 1. ed. Minesota, APS Press, 1989, p. 1-8. HUBER, D. M. Relationship between mineral nutrition of plants and disease incidence.
José carlos Farina - 06/08/2006
PREÇO DE UMA ANÁLISE DE SOLO
TABELA DE PREÇOS
· Análise química do solo (básica - macro elementos)
Determinações: pH em água e cloreto de cálcio, hidrogênio+alumínio, alumínio, cálcio+magnésio, cálcio, potássio, fósforo e carbono orgânico.
Preço por amostra: R$ 21,20
· Análise química do solo (completa -macro/micro elementos)
Determinações: pH em água e cloreto de cálcio, hidrogênio+alumínio, alumínio, cálcio+magnésio, cálcio, potássio, fósforo e carbono orgânico, cobre, ferro, zinco e manganês.
Preço por amostra: R$ 40,40
· Análise física do solo (granulometria)
Determinações: porcentagem de areia fina, de areia grossa, de silte e de argila
Preço por amostra: R$ 8,30
· Análise de calcário (corretivo)
Determinações: eficiência relativa (ER), valor relativo de neutralização (VN) e poder relativo de neutralização total (PRNT), CaO e MgO
Preço por amostra: R$ 49,00
· Análise de tecido vegetal (folhas, raízes e frutos)
Determinações: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, cobre, ferro, manganês, boro e zinco.
Preço por análise: R$ 60,50
Prazo de entrega dos laudos: sete dias
2ª via de laudo: R$ 3,00
universidade de maringá
]José carlos Farina - 06/08/2006
Adubação: diferença entre a exigência da cultura e a reserva do solo, que é reposta através dos adubos.
Adubação Verde: prática agrícola de se incorporar ao solo a massa verde ou vegetal, não decomposta, de plantas cultivadas, com a finalidade de se enriquecer osolo com matéria orgânica e elementos minerais.
Adubo Verde: planta cultivada ou não com a finalidade primeira de enriquecer o solo com sua massa vegetal.
Adubação Orgânica: aquela feita com adubos orgânicos, havendo incorporação de matéria orgânica ao solo.
Adubo Orgânico: qualquer resíduo animal ou vegetal.
Adubação Química: a que é feita com adubos químicos, havendo incorporação de sais minerais ao solo.
Adubo Químico: sal mineral, obtido a partir de processos industriais, compostos de macro e micronutrientes.
Agricultura Orgânica: sistema de produção agropecuário que promove a interação entre biodiversidade, ciclos biológicos das espécies vegetais e animais e atividade biológica do solo. Baseia-se no uso mínimo de produtos externos à propriedade e no manejo de práticas que restauram, mantém e promovem a harmonia ecológica do sistema.
Agroecossistema: conjunto compreendido pelo ecossistema natural e ambientes modificados pelo ser humano, contido na propriedade rural, no qual ocorrem complexas relações entre seres vivos, elementos naturais (rochas, solos, água, ar, reservas minerais).
Agrofloresta: sistema agrícola no qual se incluem árvores em agroecossistemas de produção vegetal ou animal.
Antibiótico: 1) Substância produzida por uma espécie de organismos que elimina ou impede o crescimento de outros organismos. 2) Fungicidas e bactericidas que exterminam fungos e bactérias
José carlos Farina - 06/08/2006
...Biofertilizante: fertilizante orgânico repleto de microorganismos (por isso é considerado um fertilizante "vivo") usado no solo ou diretamente sobre a planta. Feito a partir de matéria orgânica fermentada (estercos, ou partes de planatas), que pode ou não ser enriquecido com alguns minerais como calcário e cinzas.
Biomassa: qualquer matéria de origem vegetal, utilizada como fonte de energia, para adubação verde ou para proteger o solo da erosão.
Calcário: corretivo freqüentemente usado em solos ácidos, sendo constituído de rochas carbonatadas.
Calda Bordalesa: protetor líquido de plantas, feito à base de sulfato de cobre e àgua de cal.
Calda Sulfocálcica: protetor líquido de plantas, feito à base de sulfato de cálcio, e água de cal, contendo também enxofre.
Cobertura Viva: cultura de cobertura do solo que é plantada juntamente com as culturas principais durante a estação de cultivo.
Cobertura Morta: restos culturais, adubos verdes picados e outros materiais vegetais secos ou em processo decomposição que são depositados sobre o solo, para fins de proteção contra erosão e fornecimento de matéria orgânica.
Composto: adubo orgânico que provém de todos os resíduos da propriedade agrícola, reunidos e preparados sob condições controladas para melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
Compostagem: processo de preparação do composto
Diversidade:
1)número ou variedade de espécies em um local, comunidade, ecossistema ou agroecossistema.
2)grau de heterogeneidade dos componentes bióticos de um ecossitema(ver diversidade ecológica).
Diversidade Ecológica: grau de heterogeneidade da composição de espécies, potencial genético, estrutura espacial vertical e horizontal, estruturas de alimentação, funcionamento ecológico e mudança no tempo, de um ecossistema ou agroecossistema.
Ecossitema: um sistema funcional de relações complementares entre organismos vivos e seu ambiente, com uma determinada área física.
José carlos Farina - 06/08/2006
...Efeito Residual: tempo em que um agrotóxico permanece nas plantas, nos alimentos, no solo, no ar e na água, podendo trazer complicações de ordem toxicológicas.
Equilíbrio Dinâmico: uma condição caracterizada por um equilíbrio geral no processo de modificação de um ecossistema, possibitado pela sua capacidade de resistir a transformações significativas. Este estado dinâmico de equilíbrio possibilita uma estabilidade relativa da estrutura e função do ecossistema, apesar de haver modificações e perturbações constantes, em pequena escala.
Erosão: processo de desgaste do solo, causado pela chuva ou vento, em consequência de práticas impróprias de manejo do mesmo.
Esterco: excremento animal usado como fertilizante, o mesmo que estrume.
Fosfato: mineral acessório em rochas magmáticas (formadas a partir da lava de vulcões), metamórficas e sedimentares, cuja função é fornecer quase todo fósforo presente no solo.
Fotossíntese: processo realizado pelas plantas dotadas de clorofila, em que ocorre a fabricaçào de moléculas orgânicas a partir de substâncias simples e na presença de luz.
Hortaliças: refere-se a verduras, legumes e condimentos.
Horticultura: parte da agricultura que trata da exploração racional das plantas e se divide nos ramos da olericultura, floricultura, fruticultura e paisagismo.
Hormônio: 1) Princípio ativo das glândulas de secreção dos animais, que também pode ser sintetizado em laboratórios. 2)Substância química produzida pelas plantas ou pela indústria para regular processos fisiológicos das espécies vegetais.
Húmus: produto final resultante da decomposição da matéria orgânica de origem animal ou vegetal, que se caracteriza por uma massa escura, amorfa, heterogênea, insolúvel, possuindo carga negativa e alta capacidade de absorver àgua. O mesmo que humo.
Índice de produtividade: uma medida da quantidade de biomassa contida no produto colhido com relação a quantidade total de biomassa viva presente no restante do sistema.
José carlos Farina - 06/08/2006
...Insumo: todas as despesas e investimentos que contribuem para formação de determinado resultado, mercadoria ou produto até o acabamento ou consumo final.
Lavoura: 1)Propriedade lavrada e cultivada.2)Plantação.
Legume: hortaliça cujas partes comestíveis são frutos, sementes ou partes subterrâneas.
Leguminosa: planta que frutifica em vagens.
Macronutrientes: nutrientes que as plantas necessitam em grandes quantidades (100Kg/hectare/ano), como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre.
Micronutriente: nutrientes que as plantas necessitam em pequenas quantidades (10Kg/hectare/ano): boro, zinco, ferro, molibidênio, cloro, manganês e cobre.
Microorganismo: ser vivo microoscópico. Para atividade agropecuária recebem atenção especial os que habitam os solos e convivem com as plantas e animais de modo benéfico ou prejudicial.
Nutrição
1) Processo pelo qual os organismos retiram do meio a energia e a matéria necessárias ao seu crescimento, multiplicação, manutenção e exercício de suas faculdades.
2)Conjunto de processos assimilatórios, constituindo a ingestão, a digestão, a absorção.
Nutriente:qualquer substância alimentar que entre no metabolismo celular e promova a vida do organismo.
Planta Perene: que vive mais de três anos, florescendo ou não todos os anos; o mesmo que perene.
Planta Semiperene: que vive mais de dois anos e menos de três anos, como a cana-de-açucar.
Produtividade: produção de um solo, expressa em Kg/hectare ou lucro/há, de uma cultura específica sob um sistema de manejo específico.
Produtividade do solo: capaciedade de um solo de produzir espécies vegetais de interesse econômico para o ser humano, sob um sistema específico de manejo.
Propriedade Familiar: imóvel rural que, explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorve a maior parte da sua força de trabalho, garantindo-lhes não apenas a subsistência como a melhoria do poder aquisitivo e da qualidade de vida.
José carlos Farina - 06/08/2006
...Quebra-ventos: conjunto de árvores plantadas perpendicularmente à direção do vento predominante com o objetivo de proteger a cultura e o solo da ação dos ventos.
Resiliência: capacidade genética dos organismos de resistirem a tensões ou fatores limitadores do ambiente.
Sistema Alimentar: metassistema interligado de agroecossistemas, seus sistemas econômicos, sociais, culturais e tecnológicos de sustentação, e sistemas de distribuição e consumo de alimentos.
Sistêmico: que diz respeito a um sistema orgânico; que atinge vários componentes de um sistema ou estrutura. O mesmo que holismo.
Solubilidade: capacidade que uma substância tem de se dissolver num meio líquido.
Suscetibilidade: predisposição de um organismo vivo em sofrer os efeitos de condições adversas.
Tolerância: 1) Capacidade do organismo suportar condições adversas sem se desviar das suas funções ou desenvolvimento.2)Quantidade máxima de resíduos de agrotóxicos permitida sobre um produto alimentar ou sobre os seres humanos.
Toxicidade Aguda: poder letal de uma substância ou composto químico, seus derivados ou metabólitos.
Toxicidade Crônica: toxicidade cumulativa de uma substância ou produto químico
Tratos Culturais: operações feitas nas culturas, tais como: adubação, rotação de culturas, manejo da matéria orgânica, entre outros.
Valor Nutritivo: valor de um alimento em função de seus nutrientes digestivos.
Variedade: 1)Cruzamento de duas espécies de plantas ou de animais em que há eliminação de plantas atípicas e fixação de caracteres desejáveis para a empresa ou agricultor que realiza este processo. 2)Subdivisão dentro de uma mesma espécie animal ou vegetal.
Veneno: toda substância tóxica que perturba o ciclo vital do organismo e seu bom estado.
Verdura: hortaliça cujas partes comestíveis são folhas, flores, botões ou hastes.
...Visão Holística: modo de tratar uma propriedade agrícloa, no qual as partes não podem ser compreendidas separadamente do todo. E o todo é diferente da simples soma das partes, pois o que importa é a relação entre as partes.
Vitamina: composto orgânico dos reinos animal e vegetal que atua em pequeníssimas quantidades sendo essencial para o desenvolvimento do ser vivo. Classificam-se em: a) Hidrossolúveis, que se dissolvem em água, sendo constituídas pelas vitaminas B e C. b) Lipossolúveis, que são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, sendo constituídas pelas vitaminas A, D, E, e K.
Vulnerabilidade Genética: suscetibilidade de culturas geneticamente uniformes a dano ou destruição casado por surtos de uma doença ou praga, por condições climáticas mais drásticas do que o normal ou por alterações climáticas.
( Fontes: "Dicionário do Agrônomo", Lúcia Helena S.D.Goulart, Editora Rígel, 1999; Equipe do Conteúdo do "Planeta Orgânico" )
José carlos Farina - 06/08/2006
Pesquisas mostram que a aplicação do HÚMUS de minhoca no milho gera um aumento de 18% de rentabilidade econômica para a cultura, e na cultura de batata se obteve um aumento de 17% no primeiro ano.
Estudos comprovaram que o trabalho das minhocas no solo e a utilização do húmus aumentam a produção de grãos em 35 a 50% e de folhagem em até 40%, em comparação a outras culturas sem a aplicação do húmus;
Adubo cientificamente preparado, contendo todos os elementos dos macronutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre) e micronutrientes (manganês, ferro, cloro, cobre, zinco, cobalto, boro molibdênio), microorganismos humidificantes alcalinos (rhizovium – fixadores de nitrogênio atmosférico);
Fertilizante natural, poderoso para todas as plantas, que crescem vigorosas e mais rapidamente;
Antecipa e aumenta a florada e a frutificação;
Equilibra o pH;
Com uma umidade de 40 a 45%, o húmus garante a sobrevivência das minhocas e dos casulos;
Agrega as partículas do solo, proporcionando maior liga e tornando o solo mais resistente à ação dos ventos e das chuvas;
Desagrega solos argilosos e agrega os arenosos;
Retém a água, diminuindo substancialmente os efeitos da seca;
Pode ser empregado em contato direto com as raízes e os brotos mais delicados, sem perigo de queimá-los, pois é um produto estável;
Promove elevação do nível de cálcio, fazendo a correção do solo;
Corrige a toxidez do solo em até 70%;
Atuação permanente, duradoura e imediata após sua utilização;
Retém melhor seus elementos, liberando-os dosadamente, tornando a adubação mais eficaz e duradoura;
Em relação à uma camada de solo fértil, o húmus apresenta 5 vezes mais Nitrogênio, 2 vezes mais Cálcio, 4 vezes mais Magnésio, 7 vezes mais Fósforo e 11 vezes mais Potássio.
(Fonte: Agricultura Orgânica – Dr. Ronaldo S. Berton – Pesquisador Cient. Seção de fert. do Solo e Nutr. de Plantas.)
José carlos Farina - 06/08/2006O conceito de solo como meio para o crescimento vegetal é uma noção antiga desde os primórdios da agricultura. De facto, as características físicas e químicas dos solos condicionam o crescimento vegetal, ao fazer variar a capacidade de retenção de água, a solubilidade dos elementos minerais, as transformações minerais e bioquímicas, a lixiviação dos nutrientes e o pH. O solo é importante para o crescimento vegetal pois supre as plantas com factores de crescimento, permite o desenvolvimento e distribuição das suas raízes e possibilita o movimento dos nutrientes, de água e ar nas superfícies radiculares.
Nutrição nas plantas
Nutrição Mineral das Plantas
O estudo do crescimento vegetal envolve a caracterização de elementos minerais essenciais. Um nutriente essencial é aquele sem o qual a planta não cresce normalmente nem completa o seu ciclo de vida, a menos que uma quantidade mínima desse nutriente lhe seja suprida. Na natureza, estão à disposição das plantas, praticamente todos os elementos da tabela periódica, pelo que só se conhecerão os nutrientes minerais necessários a um óptimo crescimento vegetal através de uma análise das cinzas desse mesmo vegetal. No entanto, esta análise não invalida o estudo do crescimento vegetal, uma vez que alguns compostos, como o azoto e o enxofre, volatilizam durante a combustão.
José carlos Farina - 06/08/2006
...Os estudos do crescimento vegetal podem ser efectuados em culturas hidropónicas, ou em culturas em meio arenoso. Uma cultura hidropónica permite a uma planta o crescimento fora do solo, pois consiste no suprimento de nutrientes minerais através de uma solução. A maior parte dos elementos são absorvidos da solução em forma iónica, embora alguns também sejam retirados do ar. Através de uma cultura hidropónica podem isolar-se nutrientes, verificando quais os nutrientes essenciais a uma dada planta e estudar as carências que originam: relacionadas com a função do nutriente no organismo da planta, com o local onde ocorre a carência e a mobilidade do nutriente no corpo da planta. Ver protocolo das páginas trinta e sete e trinta e oito.
Tal como em culturas hidropónicas, as culturas em meio arenoso propiciam às plantas um meio físico de sustentação ao qual são adicionados os nutrientes a testar. Contudo, esta técnica não possibilita o conhecimento efectivo da composição do meio, o que é desprezável pois os solos arenosos são pobres em nutrientes e antes de se utilizarem, lavam-se as areias em água destilada. A cultura em solos arenosos, não é, então a cultura ideal, pois ocorre muita lixiviação. Nos estudos do crescimento vegetal é comum haver um controlo do pH pois este constitui um factor crítico ao crescimento das plantas.
Macronutrientes e Micronutrientes
Os nutrientes essenciais são requeridos pelas plantas em determinadas quantidades, variáveis conforme a espécie e o estado de desenvolvimento. Esses elementos encontram-se nos solos em diferentes combinações químicas, sendo só algumas destas, passíveis de serem absorvidas pelas plantas.
Através deste método de análise, foi possível verificar que para além do hidrogénio, oxigénio e carbono, as plantas também necessitam de elevadas quantidades de azoto, fósforo, potássio, enxofre, cálcio e magnésio, que por isso se designam por macronutrientes. No entanto também necessitam de pequenas quantidades de boro, manganés, zinco, cobre, molibdénio,...
José carlos Farina - 06/08/2006
...molibdénio, ferro (que pode ser macro) e cloro, pelo que se designam estes por micronutrientes ou oligoelementos.
Os nutrientes são necessários para a planta levar a cabo determinadas funções, pelo que a carência e o excesso estão relacionados com sintomas visíveis que, por sua vez, estão relacionados com a sua mobilidade e função. Os sintomas mais comuns ocorrem ao nível da formação dos nós, da inserção foliar, do crescimento vegetal, do desenvolvimento do sistema radicular (cor, grau de desenvolvimento) e das folhas que, se apresentarem manchas amarelas, têm clorose e se apresentarem manchas negras, têm necrose.
A zona da planta que apresenta maior sintoma de deficiência também se relaciona com a mobilidade do nutriente no corpo da planta. Plantas com deficiências em nutrientes móveis são afectadas primeiramente nas zonas mais antigas, como as folhas. Plantas com deficiências em nutrientes imóveis são afectadas primeiramente nas zonas mais jovens.
Para além dos nutrientes essenciais, existem nutrientes benéficos que, apesar de não serem essenciais, são favoráveis ao crescimento vegetal (Al, Co) e nutrientes intercambiáveis que são aqueles que desempenham as mesmas funções, podendo ser substituídos por outros (Sr, Ca).
Macronutrientes
São macronutrientes: N, P, S, Ca, Mg e K.
O Nitrogênio (N) entra principalmente na constituição de compostos orgânicos (ácidos nucleicos, proteínas, enzimas, clorofila, NAD+ e NADP+), sendo um nutriente móvel. Em excesso provoca um crescimento vegetal acelerado, originando folhas de cor verde-escura. A vegetação passa a ser mais suculenta, ocorre uma diminuição da resistência a doenças, um retardamento da floração e o ciclo de vida é encurtado. A carência de azoto reduz o crescimento foliar, provoca a clorose foliar. Os ramos caulinares ficam púrpuras ou vermelhos, localizando-se inicialmente os sintomas em partes velhas da planta.
O Fósforo (P) também intervém na formação de compostos orgânicos, especialmente ATP e fosfolípidos, ...
José carlos Farina - 06/08/2006
...fosfolípidos, sendo um nutriente móvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de fósforo reduz o crescimento caulinar e radicular e provoca o aparecimento de áreas necróticas nas folhas e pecíolos, células que deixaram de conseguir fazer o seu metabolismo e morreram. As folhas jovens têm tendência para escurecer ou ficar verde-azuladas, enquanto que as mais velhas ficam vermelhas. Numa fase inicial, os sintomas acentuam-se nas partes mais velhas da planta.
O Enxofre (S) intervém na síntese de compostos orgânicos, em especial vitaminas e enzimas, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de enxofre reduz o crescimento vegetal, provocando a clorose foliar. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens da planta.
O Cálcio (Ca) é um componente da parede celular vegetal, sendo necessário à manutenção da estrutura, à activação da amilase e à vitalidade das zonas meristemáticas, sendo um nutriente imóvel. Em excesso, altera o ritmo da divisão celular. A carência de cálcio origina malformações nas folhas jovens, curvamento dos ápices, clorose marginal que progride para necrose, redução do crescimento radicular, e mudança da coloração das raízes para castanho. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Magnésio (Mg) é um constituinte da clorofila e das proteínas, bem como de cofactores enzimáticos, sendo essencial ao funcionamento dos ribossomas. É um nutriente móvel que, em excesso, provoca interferências na absorção de cálcio e potássio. A carência de magnésio provoca cloroses intervenais, necrose foliar, encurtamento de entrenós, redução do crescimento vegetal, inibição da floração, morte prematura das folhas e degeneração dos frutos. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.
O Potássio (K) é um regulador osmótico necessário à actividade enzimática e à síntese proteica, sendo um nutriente móvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso.
José carlos Farina - 06/08/2006
...o seu excesso. A carência de potássio provoca um crescimento vegetal muito reduzido, clorose matizada da folha, manchas necróticas, folhas recurvadas e enroladas sobre a face superior e encurtamento de entrenós. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.
Micronutrientes
São micronutrientes: Fe, Cu, Mn, Zn, Mo e B e Cl.
O Ferro (Fe) é um constituinte do grupo prostético de proteínas, necessário à síntese de clorofila e à divisão celular, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de ferro provoca uma extensa clorose foliar em que as nervuras permanecem verdes, uma redução do crescimento vegetal, inibição do desenvolvimento de primórdios foliares. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Cobre (Cu) é um componente de metalo-enzimas e aceitador intermediário de electrões, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de cobre altera a tonalidade das folhas, tornando-as verde-azuladas e enroladas onde aparecem cloroses intervenais e necroses. Nos cereais, a extremidade da folha torna-se branca e pode cair. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Manganésio (Mn) é um activador enzimático, controlando reacções de oxirredução essenciais à fotossíntese e à síntese de clorofila, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de manganésio provoca clorose intervenal nas zonas mais jovens, enrolamento e queda de folhas, afectação do embrião e aparecimento de pontos necróticos espalhados nas folhas. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas.
O Zinco (Zn) é uma activador enzimático, sendo um nutriente móvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de zinco provoca uma redução do crescimento vegetal, impedindo o alongamento dos caules e a expansão foliar e interfere com a frutificação. Inicialmente, os sintomas ...
José carlos Farina - 06/08/2006
...os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Molibdénio (Mo) é essencial para a fixação de azoto e assimilação de nitratos, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de molibdénio origina manchas cloróticas intervenais seguidas de necrose marginal e enrolamento foliar, interferindo com a frutificação. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Boro (B) é um regulador de metabolismo necessário à translocação de açúcares, sendo um nutriente imóvel. Não se conhece sintomatologia para o seu excesso. A carência de boro afecta os órgãos de reserva e desorganiza os meristemas, causando a morte das extremidades caulinares. Provoca, ainda, o aparecimento de malformações e pecíolos quebradiços. A floração é completamente suprimida ou originam-se frutos e sementes anormais. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais jovens das plantas.
O Cloro (Cl) é necessário à fotossíntese, sendo um nutriente móvel. Em excesso provoca clorose e necrose foliar. A carência de cloro reduz o crescimento vegetal em mais de 50 % e provoca o aparecimento de folhas murchas por clorose e necrose, bem como o atrofiamento das raízes. Inicialmente, os sintomas acentuam-se nas zonas mais velhas das plantas. A carência de cloro é raríssima.
[editar]
Estudo das Necessidades Nutricionais
1- Coloca em seis matrazes etiquetados 250 mL de cada um dos meios de cultura com deficiência em azoto, fósforo, magnésio, cálcio, ferro e manganésio. Num sétimo matraz coloca o mesmo volume de meio completo.
2 -Mede o pH de cada um dos meios, usando o eléctrodo de pH e, se necessário, acondiciona-o para valores entre 5,5 e 7,5, usando soluções de ácido clorídrico ou hidróxido de sódio.
3 -Selecciona sete plântulas de tomateiro que se encontrem em 2 estados de desenvolvimento semelhantes e mede os respectivos comprimentos. (Para obteres medidas exactas, justapõe um fio ao caule das plantas e, de seguida, mede o seu comprimento.)
José carlos Farina - 06/08/2006
...4 -Introduz as radículas de cada plântula no orifício de cada placa, envolvendo o caule com algodão na zona de contacto com a esferovite.
5 -Coloca as placas de esferovite sobre os matrazes para que as radículas das plântulas fiquem imersas no meio de cultura.
6 -Forra os matrazes com folha de alumínio de forma a proteger o sistema radicular dos tomateiros da radiação luminosa.
7 -Coloca os dispositivos experimentais em boas condições de luminosidade e à temperatura de 18o C a 20o C. De sete em sete dias, renova os meios de cultura.
8 -Efectua observações de quatro em quatro dias das plântulas de tomateiro, tendo em atenção os aspectos seguintes:
Formação de nós e folhas;
Variação de crescimento mediante medição do(s) comprimento(s) internodal(ais) (entre dois nós consecutivos) e do comprimento total.
Aspecto global da planta no que diz respeito:
- À presença ou ausência de manchas cloróticas nas folhas (descoloração/folhas amarelecidas);
- À presença ou ausência e manchas necróticas nas folhas (manchas negras resultantes de morte celular);
- Ao desenvolvimento de zonas de abcisão foliar;
- Ao aspecto do sistema radicular (cor, desenvolvimento).
[editar]
Adaptações Nutricionais das Plantas
Devido à inconstância natural dos factores ambientais, as plantas viram-se obrigadas a desenvolver mecanismos adaptativos que lhes permitissem resistir melhor a condições adversas. Algumas plantas modificaram-se estruturalmente de forma a armazenar substâncias inorgânicas (os cactos armazenam água) e orgânicas (as batatas armazenam amido). Outras estabelecem relações bióticas com microrganismos que existem abundantemente no solo. Estas relações podem ser relações de prejuízo (parasitismo, predação) ou de benefício mútuo (simbióticas e mutualísticas). As raízes crescem melhor em solos estéreis inoculados com microrganismos do que em solos estéreis não inoculados. Um outro exemplo de adaptação nutricional é o caso das plantas carnívoras que pelo facto de viverem em solos pobres em sais,
José carlos Farina - 06/08/2006
...pobres em sais, capturam insectos a fim de obterem os nutrientes em falta. Obtêm assim as suas quantidades necessárias em azoto, digerindo as proteínas presentes nos corpos de insectos, se se tratarem de insectívoras. As armadilhas são variadíssimas, podendo ser por prisão através das folhas ou por substâncias pegajosas, etc.
Outras plantas, como modo de sobrevivência, tornam-se parasitas de outras, agarrando-se ao corpo de um hospedeiro e penetrando no seu sistema vascular para roubar a água, os sais minerais e os açúcares elaborados na fotossíntese, promovendo o seu próprio crescimento. São uma ameaça para as culturas e difíceis de eliminar sem provocar danos. Como não necessitam de efectuar fotossíntese, acabam por perder os seus pigmentos fotossintéticos.
[editar]
Adaptações nutricionais das leguminosas – fixação simbiótica do azoto atmosférico
Os compostos azotados inorgânicos, pelo facto de existirem sempre em pouca quantidade, são sempre um factor limitante do crescimento vegetal. Assim, a fixação biológica de azoto atmosférico é de elevada importância na biosfera, dado que é a fonte mais significativa de azoto. Neste processo existem bactérias de vida livre ou simbiótica (Rhizobium sp e Bradyrhizobium sp).
As plantas leguminosas tendem a estabelecer relações com bactérias fixadoras de azoto atmosférico. As bactérias estabelecem-se ao nível do córtex da raiz, multiplicando-se e originando estruturas de forma irregular, designadas por bacteróides. Concomitantemente, a bactéria estimula a divisão das células corticais da planta, conduzindo ao engrossamento da raiz, que se manifesta pela formação de um nódulo radicular.
Os bacteróides obtêm matéria orgânica sintetizada pelas plantas na fotossíntese e, por sua vez, fixam o azoto atmosférico, transformando-o em amónia que irá ser utilizada pelas plantas e incorporada em compostos orgânicos (Ciclo do Azoto), como por exemplo proteínas. Um solo mais rico em amónia, i. e., em azoto é mais fértil. Uma forma de azotar um solo será, então, a plantação
. a plantação de plantas leguminosas. Esta associação é frequente em trevos-.
[editar]
Adaptações nutricionais de árvores e plantas herbáceas – micorrizas
Quando um fungo infecta a raiz de uma planta herbácea ou árvore, esta associação mutualística é designada por micorriza. Os esporos fúngicos dão origem a micélios (conjuntos de hifas) que invadem o tecido radicular e se desenvolvem no interior ou no exterior das raízes. As hifas que se desenvolvem no exterior das raízes funcionam como prolongamentos das mesmas, aumentando a capacidade de absorção de água e nutrientes minerais do solo, em particular de fósforo e aumentando também a resistência da planta à temperatura e à desidratação. Reduzem ainda a probabilidade de infecção por parasitas. Como recompensa, o micélio fúngico recebe compostos orgânicos fotossintetizados pela planta.
Distinguem-se dois tipos de micorriza. Nas micorrizas ectotrópicas ou ectomicorrizas, as hifas do fungo existem entre as células epidérmicas do sistema radicular, usando glícidos como alimento. À medida que cresce, o micélio envolve completamente a raiz. Esta associação é típica dos pinheiros e dos carvalhos. Nas micorrizas endotrópicas ou endomicorrizas, as hifas invadem as células radiculares.
[editar]
Adaptações Nutricionais de algas e fungos – líquenes
Os líquenes existem em todo o planeta, podendo crescer em solo nu, troncos de árvores, muros, rochas, etc. São associações simbióticas entre fungos e algas específicos, caracterizadas por uma interdependência funcional e morfológica Inicialmente, terão sido relações de parasitismo que, por um processo evolutivo, passaram a relações simbióticas. Os fungos e algas que se associam em líquenes são diferentes dos outros fungos e algas não simbióticos. O fungo, heterotrófico e micobionte, obtém matéria orgânica sintetizada pela alga. A alga, autotrófica e ficobionte, obtém água e sais minerais absorvidos pelo fungo, que a protege contra a desidratação. Os líquenes podem ser classificados quanto ao talo ou corpo,
José carlos Farina - 06/08/2006
...ao talo ou corpo, nos seguintes tipos: foliáceo, fruticuloso e crustáceo. Num talo, podem encontrar-se as seguintes camadas: (1) córtex superior/externo (constituído por hifas de parede espessa, ramificadas, curtas, dispostas numa rede densa); (2 e 4) camada algal (constituída pelo ficobionte com coloração verde intensa resultante da presença do pigmento clorofilino); (3) zona medular (constituída por hifas longas dispostas numa malha frouxa); (5) córtex inferior/interno (apresenta uma constituição semelhante à do córtex superior).
Os líquenes de talo crustáceo não apresentam córtex inferior. Em líquenes de talo fruticuloso, o talo é constituído por filamentos cilíndricos achatados em que o córtex circunda a camada algal e a medula. Os líquenes de talo foliáceo possuem, na parte inferior, hifas fúngicas denominadas rizinas que servem de órgãos de fixação. O líquen de talo foliáceo é o único que possui todos os constituintes devidamente evidenciados e por ordem correcta.
[editar]
Adaptações Nutricionais sob a forma de órgãos especializados no armazenamento
Determinadas plantas apresentam modificações dos seus órgãos, que passam a estar envolvidos no armazenamento de substâncias, absorção, sustentação e fotossíntese para poderem subsistir a condições ambientais mais adversas. Distinguem-se entre estes os bolbos, bolbilhos, cormos, tubérculos, rizomas e cladónios. Estas estruturas permitem às plantas sobreviver em condições adversas como as estações invernosas e secas, crescendo no ano seguinte como novas plantas. As substâncias armazenadas variam de espécie para espécie. Portanto, não é de admirar que o Homem utilize estes órgãos na sua alimentação, uma vez que são mais ricos em nutrientes que as partes aéreas das plantas.
As plantas anuais formam as suas sementes antes do início dos tempos desfavoráveis. Elas desempenham o papel de órgãos de sobrevivência. Em contrapartida, nas plantas perenes é a queda da folha o fenómeno de hibernação mais perceptível. Outras plantas, no período desfavorável,
José carlos Farina - 06/08/2006
desfavoráveis. Elas desempenham o papel de órgãos de sobrevivência. Em contrapartida, nas plantas perenes é a queda da folha o fenómeno de hibernação mais perceptível. Outras plantas, no período desfavorável, ficam reduzidas às raízes ou a parte subterrâneas do caule.
Passado o período adverso, as plantas que ficaram reduzidas aos seus órgãos de reserva voltam à sua vida exterior, plo facto de terem armazenado substâncias de reserva que são depois o arranque para o despertar do sono invernal, florescendo novamente. Os órgãos de reserva dessas plantas são caules modificados e raízes.
Os tubérculos são caules subterrâneos intumescidos, mais ou menos arredondados. Os bolbos são caules subterrâneos com folhas carnudas e imbricadas. Os bolbilhos são caules subterrâneos com organização semelhante à dos bolbos mas mais pequenos. Os cormos são expansões subterrâneas em forma de bolbo, cobertas por escamas membranosas. Os rizomas são caules subterrâneos que crescem paralelamente à superfície do solo com folhas escamiformes e gemas nas axilas. As raízes são órgãos subterrâneos de aspecto intumescido.
José carlos Farina - 06/08/2006
Avaliação da fertilidade do solo
As três técnicas normalmente utilizadas na elevação da fertilidade do solo são; diagnose visual, diagnose foliar e analise de solos.
1.1. Diagnose visual
Os sintomas de deficiência dos principais nutrientes observados em um estudo de casa de vegetação foram descritos resumidamente a seguir (Thomas et al.,1998): Essas características são validas para carambola e lichia.
• Nitrogênio
Os sintomas são semelhantes tanto em folhas novas como velhas, com clorose amarelada generalizada em toda a folha, tendo crescimento paralisado.
• Fósforo
A deficiência inicia-se nas folhas mais velhas com redução do tamanho, evoluindo para clorose avermelhada e até necrose das folhas. O tronco da planta apresenta crescimento com diâmetro reduzido e lento.
• Potássio
Sintomas de deficiência aparecem primeiramente nas folhas mais velhas, com mosqueado (áreas verde-claras e escuras) com margens das folhas cloróticas (marrom) e evoluindo para necróticas; observa-se, ainda, que as nervuras das folhas inferiores da planta ficam proeminentes.
• Cálcio
Geralmente, os primeiros sintomas de deficiência aparecem nas folhas mais novas, caracterizadas pelo menor tamanho e com necrose ao longo das margens das folhas, deixando-as quebradiças com aspecto de recortadas Somente em novos fluxos de crescimento são produzidas novas folhas, embora propensas a sofrer desfolha.
• Magnésio
Sintomas de deficiência aparecem inicialmente nas folhas mais velhas com amarelecimento, bronzeamento e necrose nas margens da folha. Algumas folhas da parte inferior da planta podem sofrer queda.
• Enxofre
Sintomas de deficiência ainda não foram descritos na carambola. Entretanto, em outras culturas, são caracterizados pela queda de folhas. As folhas novas aparecem cloróticas (amareladas) e sem desenvolvimento e ainda com possibilidade de necrose nas margens das folhas.
José carlos Farina - 06/08/2006
...Boro
As plantas com deficiência apresentam internódios curtos, com botões axilares intumescidos (botão da base da folha) e ainda a folha apresenta-se com aspecto de “queimada” (tecido morto) e com queda prematura. Além disto, tem sido observado que a brotação inicial e a produção de frutos ficam reduzidas e ainda apresentando folhas verde-amareladas com eventual queda. A deficiência severa causa a morte dos botões dos ramos terminais e reduzido crescimento do tronco.
• Ferro
Os sintomas de deficiência iniciam-se nas folhas jovens com clorose internerval e redução do tamanho da folha. Os sintomas progridem, transformando os folíolos de amarelo-claros para muito claros (quase brancos) e com as nervuras verdes.
• Zinco
A deficiência deste elemento é drástica, com redução do tamanho da folha e ficando estreita, espessa e com lâmina recurvada. As folhas também podem ficar cloróticas (amareladas) entre a nervura principal. Normalmente, os internódios são curtos (relação a distância entre as folhas junto ao tronco) e ainda com folhas terminais com crescimento tipo “roseta”. Podem ocorrer, ainda, quedas prematuras das folhas e atraso no crescimento do tronco.
Cobre
É um nutriente pouco móvel no floema, desta maneira, os sintomas de sua carência aparecem nas folhas mais novas, como murchamento, coloração verde-azulada, deformações do limbo, clorose e posterior necrose.
2.2. Diagnose foliar
A diagnose foliar inicia-se pela amostragem de folhas, a qual deve-se levar em consideração a uniformidade da área (tipo de solo, variedade, idade e tratos culturais), tipo de folha e época de coleta.
Assim, segundo Crane (1998), para carambola pode ser sugeridas as folhas recentemente maduras em ramos sem frutos, nos meses de junho a julho, coletando 10 folhas por planta, em um total de 10 plantas por gleba homogênea (3-4 hectares).
José carlos Farina - 21/08/2006
A matéria orgânica pode então considerar-se constituida por duas frações.
A primeira, constituida pelos resíduos vegetais e ou animais em constante decomposição, que se tem denominado como Matéria Não Húmica, ou Substância Não Húmica, a qual produz por mineralização, carbohidratos, e libera elementos fertilizantes.
Por esse motivo, também é designada por Humus Nutritivo.
As substâncias não húmicas, têm um papel muito importante na dinâmica do solo, porque servem de alimentação aos micro-organismos vegetais, a animais microscópicos, e até a algumas espécies um pouco mais evoluidas, como os anelídeos (minhocas).
A segunda parte da matéria orgânica, de côr escura, resiste fortemente à decomposição biológica, e tem sido denominada como Humus Estável, ou Humus Permanente, ou ainda como Humus Ativo. http://www.luso-bonsai.com/forum/viewtop ic.php?p=16276&sid=c673d50225962322fae0e 29bdc259714
José carlos Farina - 19/09/2006
RECEITAS DE ADUBOS ORGÂNICOS:
BOKASHI SOLO : Indicado para hortaliças folhosas
Ingredientes: 500kg Solo argiloso; 200kg Farelo de Mamona;
50kg Farinha de Osso; 50kg Farinha de Peixe; 30kg Farelo de
Arroz; 170kg Esterco de galinha seco
Inoculante: Fazer um mingau cozinhando batata ou mandioca
(fonte de amido), com 40 litros de água com 3 quilos de açúcar
mascavo inoculante 500kg Bain-Food.
Preparo: Misturar os ingredientes. Misturar o mingau com o
inoculante, molhando também com água sem excesso, para
manter em torno de 50-55% de umidade. Fazer o monte e
cobrir com palha. Acompanhar a temperatura e revirar quando
atingir 50ºC.
Modo de usar em Hortaliças:
Primeiro utilizar composto orgânico e depois acrescentar o
Bokashi na dose de 500g/m².
BOKASHI FOSFORADO : Indicado para hortaliças de raízes
(cenoura, nabo, beterraba etc.) e para terrenos com deficiência
de fósforo (Fonte: J. Steinberg -Guia Rural)
Ingredientes e preparo:Em 500 quilos de terra virgem, misturar
250 a 300 quilos de farinha de ossos calcinada, 200 quilos de
esterco de galinha, 30 quilos de farelo de arroz ou de trigo e 3
quilos de açúcar mascavo.
Revolver a mistura diariamente durante três dias e deixe-a
descansar por mais uma semana sem mexer. Nesse composto a
temperatura mais alta é favorável para a decomposição dos
materiais. Quando abaixar a temperatura estará pronto.
Aplicação: Em terra fraca pode-se aplicar 1 quilo por metro
quadrado; se o solo for bom, bastam 200 gramas no mesmo
espaço. Convém alternar o uso desse composto com o bokashi
nitrogenado.
BIOFERTILIZANTE COM FOSFORO E POTÁSSIO - aplicação
foliar
Ingredientes: Esterco fresco de bovinos: 50 kg ; Farinha de
ossos: 15 kg (fornece fósforo); Cinzas de madeira: 5 kg
(fornece potássio); Melaço de cana: 4 kg
Água: 100 - 120 litros (para tambor de 200 litros).
Preparo: Colocar a água no tambor e em seguida os demais
ingredientes, mexendo bem. Tampar hermeticamente, colocando
a mangueira.
José carlos Farina - 09/12/2006
SOLOS FÉRTEIS DO BRASIL
No Brasil, os solos mais férteis são as chamadas Terras-roxas, encontradas em São Paulo e Paraná, e o Massapê, existente na zona litorânea do Nordeste. As Terras-roxas, são produto da decomposição de algumas rochas como o basalto e o diabásio. Historicamente, as terras-roxas foram solos importantes no desenvolvimento da cultura do café no Brasil.
O Massapê é um tipo de solo resultante da decomposição do granito, gnaisse e rochas calcárias, e está historicamente ligado à implantação da cultura da cana-de-açúcar no Nordeste brasileiro.
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLO DOS CERRADOS
Domínio marcado por extensos planaltos com chapadões sedimentares, clima tropical típico com duas estações bem diferenciadas (verão chuvoso e inverno seco), vegetação arbustiva e herbácea (cerrado), na maior parte, e mata galerias junto aos rios. Apresenta solos pobres e ácidos. É o domínio que caracteriza o Centro - Oeste.
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLOS DA CAATINGA
Domínio que caracteriza o Sertão nordestino, marcado por um relevo planáltico onde aparecem áreas deprimidas (depressões), delimitadas por planaltos e chapadas. O clima é semi-árido (quente e seco), a vegetação a ele adaptada é pobre e arbustiva, com presença de cactáceas ou xerófitas. Os _solos são rasos e pobres em matéria orgânica mais ricos em sais minerais.
SOLOS DOS PAMPA
Também conhecido por pampa, Campanha Gaúcha ou coxilhas, este domínio é na verdade um prolongamento do pampa argentino e uruguaio no sul do Brasil. Trata-se de uma extensa área com predomínio de terras baixas onde sobressaem colinas ou ondulações do terreno denominadas coxilhas. Apresenta vegetação herbácea. A pecuária extensiva com suas estâncias (fazenda de gado) e a rizicultura são as principais atividades econômicas neste domínio.
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLO DA AMAZONIA
Os solos em geral são pobres em nutrientes, além de serem ácidos, são arenosos, principalmente nas proximidades dos rios. São denominados latossolos vermelho-amarelados, comuns no mundo tropical. Por serem intensamente lixiviados, são pobres em nutrientes. Daí a argumentação defendida pelos ambientalistas que, se desmatada esta região, para dar lugar ao Homem, a agricultura, ou a pecuária, esta sofre um grande risco de vir a se tornar um deserto, pois a densa floresta não irá se regenerar. A agricultura de subsistência é praticada nas várzeas onde aparecem solos aluviais com boa fertilidade, porém rasos, sendo bem desenvolvidos. Os produtos da agricultura comercial são a justa (planta têxtil) e o arroz. A presença da colônia japonesa em muito estimulou estas práticas agrícolas. É nessa área onde se cultiva o famoso guaraná da Amazônia.
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLOS DO NORDESTE
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLOS DO NORDESTE
Merece destaque o massapê, que é o solo proveniente da decomposição do granito (rocha intrusiva) sob a ação do clima quente e úmido que é um solo argiloso, rico em matéria orgânica, intensamente utilizado no cultivo da cana-de-açúcar, que aparece na faixa da Zona da Mata e parte do Litoral, estendendo-se desdo o Rio Grande do Norte até a Bahia. Nas planícies maranhenses,
aparecem latossolos - solos de várzeas - utilizados no cultivo
do arroz. Já no sertão, os solos são rasos, litólicos, denominados
brunos não-cálcicos. São ricos em matéria inorgânica, porém pobres
em húmus, o que, junto com a falta d'água, dificulta a prática
agrícola, sendo esta atividade praticada nas encostas das "terras"
- agricultura de subsistência (cana-de-açúcar - para o fabrico da
rapadura - feijão, milho, mandioca e algumas hortaliças). Nas
áreas irrigadas, como no Vale do São francisco, desenvolve-se uma
agricultura comercial de exportação, notadamente de "frutas de mesa"
- mangas, uvas, melões, etc. Aí o binômio água-sol favorece essa
SOLOS DO SUDESTE E SUL
A variedade climática e de relevo somadas a grandes erupções
vulcânicas no passado (Era Mesozóica) permitiram o desenvolvimento
de solso nobres, como a terra roxa, originada da decomposição do
basalto e do diabático. Rochas vulcânicas. Em algumas manchas
isoladas, no Rio Grande do Sul, aparecem terras negras que é um solo
Esta região possui solos pobres e ácidos, latossolos vermelho-
amarelados, denominados salmourão, de origem sedimentar, o que limita
a prática agrícola exigindo grandes investimentos em corretivos e
insumos. Nas áreas próximas ao Pantanal, aparecem solos hidromórficos,
isto é, encharcados, o que limita a sua utilização para a agricultura.
José carlos Farina - 30/12/2006
José carlos Farina - 30/12/2006
SOLOS ZONAIS
São solos bem desenvolvidos - maduros - possuindo todos os horizon-
tes, bem delineados e caracterizados, sendo profundos - latossolos -
merecendo destaque; os solos de tundra ou polares; o podzol e o
tchernozion - climas temperados úmidos; os solos dos desertos -
A COR
A cor é um dos criterios mais simples para qualificar as variedades dos solos. A regra geral é que os solos mais escuros são mais férteis que os mais claros.
José carlos Farina - 31/12/2006
José carlos Farina - 31/12/2006
EDAFOLOGIA
Ciencia que estuda os solos objetivando o seu aproveitameitamento para fins agricolas.
José carlos Farina - 31/12/2006
José carlos Farina - 31/12/2006
SOLO NEGRO TCHERNOZION
PALAVRA RUSSA QUE SIGNIFICA (TCHERNO=NEGRUME E ZION=TERRA). SOLO NEGRO EXISTENTE EM REGIOES DE CLIMA SEMI-ARIDO, DE VERÃO SECO E QUENTE COM INVERNO MUITO FRIO E GRANDES PRECIPITAÇÕES DE NEVE. TEM COLORAÇÃO NEGRA DEVIDO A ABUNMDANCIA DE MATERIA ORGANICA (HUMUS).ESPESSURA MÉDIA DE 1 METRO. É POUCO ALCALINO POR SER A EVAPORAÇÃO MUITO SUPERIOR A PRECIPTAÇÃO, E TAMBEM PELA EXISTENCIA NO SUSOLODO DE UM LENÇOL FREÁTICO COM PROFUNDIIDADE CONSTANTE O QUE AUMENTA O TRANPORTE DE SAIS DA ROCHA PARA O SOLO, CONFERINDIO-LHE EXTRAORDINÃRIA FERTILIDADE. O MELHOR SOLO DESTE TIPO ESTÁ LOCALIZADO NA UCRANIA (RUSSIA).
José carlos Farina - 31/12/2006
+ SOLOS
Podzol Hidromórfico - solos de origem marinha, que determinam um relevo plano, com altitudes variando de 10 a 20 metros.
Solo Hidromórfico - solos aluviais e orgânicos que determinam um relevo plano, pouca profundidade e favorecem os encharcamentos.
PÓ DE BASALTO
Pelo mesmo motivo, e com alguns nutrientes....
ESTERCO DE VACA
Pela matéria orgânica, pela urina, é talvez o melhor adubo que se tem notícia. Não é a toa que desde a antiguidade, até antes de Cristo, todos os povos nunca abriram mão dele.... existe muita sabedoria em um monte de estrume.... ou não? JOSÉ CARLOS FARINA
www.jardineiro.net
NÃO ENTENDO QUASE NADA SOBRE O ASSUNTO, MAS APENAS PARA COMEÇAR UM DEBATE AFIRMO QUE UM BOM SOLO PARA PLANTIO DE HORTA, FLORES E ERVAS AROMÁTICAS É AQUELE SOLO QUE VC MESMO CUIDA, PRIMEIRAMENTE CORRIGINDO A SUA ACIDEZ COM ADIÇÃO DE CALCÁRIO, DEPOIS ACRESCENTANDO-LHE ADUBO ORGÂNICO, DE PREFERENCIA HÚMUS DE MINHOCA. PRA VC SENTIR SE A TERRA ESTÁ "GORDA" ELA TEM QUE "SE SOLTAR" DE SUA MÃO "AOS POUCOS", ISTO É, ELA NÃO PODE SER TÃO FINA COMO A AREIA, NEM TÂO GROSSA QUANTO OS SEIXOS E NEM PEGAJOSA COMO ARGILA. ELA, DE PREFERENCIA, TEM QUE TER UMA COR MAIS PARA NEGRA. HOJE EM DIA, ESTÃO ACRESCENTANDO TAMBÉM PÓ DE ROCHA. O BOM MESMO É VC FAZER O SEU PRÓPRIO ESTERCO, FAZENDO COMPOSTAGEM DE TODA A MATÉRIA ORGÂNCIA PRODUDIZADA NA SUA CASA. LEIA AS INSTRUÇÕES NA MINHA COMUNIDADE "FAÇO COMPOSTAGEM". UM ABRAÇO E BOA SORTE.
José carlos Farina - 18/02/2007
Os solos são estudados, dentro da Geologia, por uma ciência chamada PEDOLOGIA, que classifica os solos da Terra pela composição e fertilidade. A composição do solo determina seu pH, fator importante na fisiologia vegetal.
Ao analisar o solo, considera-se sua fisionomia física antes de estudar a composição química. Nesta análise visual inicial, se distingue os horizontes do solo, detectando-se a translocação de argilas e matéria orgânica pela cor e consistência. Depois recolhe-se amostras que serão analisadas para determinar a composição em areia (grossa e fina), argila e silte. Essas partículas se distinguem primeiro pelo tamanho, mas suas propriedades são diferentes, por exemplo, as argilas adsorvem partículas.
Durante décadas se supôs que a fertilidade do solo fosse fator de sua composição química, exclusivamente. Atualmente se intensifica o estudo dos microrganismos do solo, após o reconhecimento de sua importância para a agricultura. Aproximadamente 95% da microfauna do solo é desconhecida por nós.
Juliano Tarabal Tarabal - 13/03/2007
parabens
parabens pela belissima iniciativa de nos proporcionar maiores conhecimentos sobre os solos, essa infindavel ciencia que tanto nos intriga
José carlos Farina - 13/03/2007
Só 6,9% da superfície da Terra tem solos de alta fertilidade. A Rússia é a campeã, e no Brasil apenas 3% do território é de terra roxa legítima, mostra o livro "Raízes da Fertilidade", de João Castanho Dias, lançado ontem pela Anda e pela Ama (associações do setor de adubos). A obra traz a história do setor no Brasil e será distribuída pelas associações.
José carlos Farina - 13/06/2007
lá em cima escrevemos que as vezes parecemos loucos. um dia destes pedi a um juiz aqui de minha cidade que me presenteasse com um balde de terra de sua fazenda em Sertanópolis-Pr., onde dizem está a melhor terra do Paraná. Não é que ganhei. hoje fui buscá-la. fiquei todo feliz e já comecei a fazer as minhas experiencias em meus canteiros na horta. Parece loucura, mas não é...
José carlos Farina - 28/06/2007
TURFA (TURFEIRAS)
As turfeiras ocorrem exclusivamente em locais planos mal drenados. O excesso de agua impede que haja a mineralização da Materia organica, o que resulta no acumulo de material organico não decomposto. Ali plantas adaptadas nascem e morrem, aUmentando cada vez mais. (Rodrigo)
José carlos Farina - 29/06/2007
LOTOSSOLO (ALUMINIO E FERRO)
Solos argilosos
Não são tão arejados, mas armazenam mais água. São menos permeáveis, a água passando mais lentamente ficando então armazenada. Alguns solos brasileiros mesmo tendo muita argila, apresentam grande permeabilidade. Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita). Formam pequenos grãos semelhantes ao pó-de-café, isso lhe dá um similar ao arenoso. Chamado de latossolo.
José carlos Farina - 29/06/2007
CARACTERÍSTICAS DO SOLO
Cor
Se alguém lhe perguntar qual é a cor do solo, você provavelmente dirá marrom. Mas você deve ter notado quantas cores diferentes de solo existem. A variação é muito grande nos tons de marrom, podendo chegar até preto, vermelho, amarelo, acinzentado.Essa variação irá depender do material de origem como também de sua posição na paisagem, conteúdo de matéria orgânica, e mineralogia, dentre outros fatores. Por exemplo, quanto maior a quantidade de matéria orgânica, mais escura é a cor do solo, o que pode indicar fertilidade ou apenas condições desfavoráveis à decomposição da mesma. As cores com tonalidades avermelhadas ou amareladas estão associadas aos diferentes tipos de óxidos de ferro existentes no solo. Quando a quantidade destes óxidos é grande, os solos apresentam-se vermelhos, como por exemplo, a terra roxa. Já os solos com elevada quantidade de quartzo na fração mineral apresentam coloração clara.
Em solos com baixa capacidade de drenagem, isto é, com excesso de água, a cor é acinzentada. Isto, porque os óxidos de ferro são lavados para o lençol freático, o que torna o solo mais claro. A cor branca a acinzentada é conseqüência da presença de minerais silicatados existentes na fração argila do solo.
Textura
É o tamanho relativo das diferentes partículas que compõem o solo, sendo que a prática de sua quantificação é chamada granulometria. As partículas menores que 2 mm de diâmetro (areia, silte e argila), são as de maior importância, pois muitas das propriedades físicas e químicas da porção mineral do solo dependem das mesmas. Assim, usualmente se consideram apenas as três frações menores para caracterizar a textura. Para o estudo da textura geralmente são utilizadas peneiras (para solos granulares) padronizadas, nas quais uma porção de solo é separada nos diferentes tamanhos constituintes. No caso de solossilto-argilosos, utiliza-se o procedimento do densímetro ou então o da pipetagem. Para a determinação textura temos:
Argila: partícula com diâmetro inferior a 0,005 mm
José carlos Farina - 29/06/2007
Silte: partícula com diâmetro entre 0,005mm e 0,05mm
Areia fina: partícula com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm
Areia média: partícula com diâmetro entre 0,42mm e 2,0mm
Areia grossa: partícula com diâmetro entre 2,0mm e 4,8mm
Pedregulho: partícula com diâmetro entre 4,8 e 76 mm.
Consistência
A consistência está relacionada com a influência que as forças de coesão e de adesão exercem sobre os constituintes do solo, de acordo com suas variáveis estados de umidade. A força de coesão se refere à atração entre partículas sólidas, entretanto, a força de adesão está relacionada à atração entre as partículas sólidas e as moléculas de água. Assim, um solo pode ser muito duro quando está seco, e pegajoso quando está molhado.
Porosidade
Refere-se à porção de espaços ocupados pelos líquidos e gases em relação ao espaço ocupado pela massa de solo (relação entre volume de vazios e volume total de uma amostra de solo). Divide-se em micro e macro porosidade, sendo que esta variação deve-se à forma e ao imbricamento dos grãos (como estes se encaixam). A porosidade está diretamente relacionada com a circulação de água no solo, isto é, as redes de poros podem estar conectadas permitindo a circulação de água, ou podem estar também isolados, o que permite que a água fique em seu interior, mas não circule.
Permeabilidade
É a maior ou menor facilidade com que a percolação da água ocorre através de um solo. A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e arranjo das partículas, e pela sua porosidade. Ainda, deve-se ressaltar a importância da viscosidade e temperatura da água.
Diante do exposto, é possível considerar que o solo é um material poroso, composto pelas fases sólida, líquida e gasosa, e que se origina pela intemperização física e química das rochas situadas em determinado relevo e sujeitas à ação do clima e dos organismos vivos. Abaixo, estão listadas as substâncias sólidas, líquidas e gasosas que compõem o solo.
Solo: “substrato” para plantas
Diversos elementos químicos são indispensáveis à vida vegetal, visto que, sem eles, as plantas não conseguem completar o seu ciclo de vida.
O carbono vem do ar, o oxigênio do ar e da água e o hidrogênio vem da água. Desta forma, observa-se que o solo é responsável por apenas 1% do fornecimento dos nutrientes às plantas, o que não significa que ele é menos importante, uma vez que além destes três elementos, as plantas são constituídas de mais treze elementos minerais. Os elementos minerais são classificados em dois grupos: os macronutrientes e os micronutrientes.
Os MACRONUTRIENTES podem ser subdivididos em macronutrientes primários (o nitrogênio (N), o fósforo (P) e o potássio (K)), e em macronutrientes secundários (o cálcio (Ca), o magnésio (Mg) e o enxofre (S)). Estes elementos são absorvidos em maiores quantidades pelas plantas, uma vez que a demanda dos mesmos também é maior para a vida da planta.
Os MICRONUTRIENTES são: boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn) e molibdênio (Mo). Apesar de estes nutrientes serem requeridos em menor quantidade pelas plantas, não são menos importante
AR E ÁGUA PRESENTES
O ar do solo ocupa os espaços não preenchidos pela água e é constituído por azoto, oxigênio e vapores de água, podendo encontrar-se ainda outros gases em quantidades vestigiais, provenientes do metabolismo microbiano.
O ar apresenta um papel importantíssimo para a manutenção da vitalidade dos solos, que influi sobre a intensidade de reações químicas e biológicas que se processam nos mesmos, sendo também indispensável na respiração das raízes das plantas.
As proporções de água e ar no solo podem variar consideravelmente num curto espaço de tempo. Sobre a matéria orgânica e fragmentos rochosos erosionados atua uma série de forças combinadas, físicas, químicas e bióticas, para produzirem um solo que possui uma certa porosidade onde podem ser retidos a água (solutos orgânicos e inorgânicos dissolvidos, constituindo a solução do solo) e os gases (sobretudo azoto e oxigênio). Com a presença de oxigênio no solo ocorrem oxidações que dão origem a um composto de cor vermelha designado por hematite. Se ocorrer hidratação, formar-se-á um composto amarelo – acastanhado designado por limonite.
Para a determinação do teor de água num solo é realizada a sua pesagem e secagem numa estufa, para posteriormente, nova pesagem.
A percentagem de ar é avaliada através do processo de saturação com água, sendo determinado o volume de ar libertado.
Assim, os solos podem ser considerados orgânicos se contêm mais de 20% de matéria orgânica (nos casos de textura grosseira), ou mais de 30% (nos casos de textura média ou fina) em espessura superior a 30 cm. Todos os restantes solos, que são os mais vulgares, são designados por solos minerais.
CONSTITUIÇÃO
O solo é constituído essencialmente por matéria mineral, matéria orgânica, água e ar. É portanto, considerado como um sistema trifásico pois divide-se em três frações: fração sólida (matéria mineral associada à matéria orgânica), fração líquida (água) e fração gasosa (ar). As proporções de matéria orgânica e matéria mineral podem variar consoante a natureza dos solos. No entanto, quer estes tenham muita ou pouca matéria mineral ou matéria orgânica os solos contêm proporções variáveis de água com substâncias dissolvidas (solução do solo) e ar (atmosfera do solo).
A matéria mineral do solo pode incluir, em proporções variáveis, fragmentos de rocha, minerais primários, em resultado da fragmentação da rocha-mãe, e minerais de origem secundária, estes resultantes da alteração dos primários nomeadamente, os minerais de argila, óxidos e hidróxidos de alumínio e ferro e por vezes, carbonatos de cálcio, magnésio, entre outros. Apresentam-se na forma de fragmentos ou partículas de formas e dimensões muito variáveis desde pedras de cascalho até materiais tão finos que apresentam propriedades coloidais. As proporções destas partículas no solo permitem definir a textura deste.
CAMADAS DOS SOLOS
Um solo maduro, após sofrer meteorização mecânica, meteorização química e incorporação da matéria orgânica, encontra-se dividido em camadas (horizontes). O solo deve apresentar 4 horizontes que se podem dividir em sub-horizontes. Ao conjunto destes horizontes, a sua ordem e constituição dá-se o nome de perfil pedológico.
As camadas distinguem-se pelas diferentes características de composição química, textura, cor, porosidade, riqueza em matéria orgânica e/ou mineral, etc. Nestas condições, um solo deve apresentar:
Horizonte 0 é uma camada orgânica constituída por restos de plantas e animais em decomposição – a manta morta. Existe apenas em locais onde haja vegetação.
Horizonte A é uma camada superficial rica em detritos orgânicos de partes de plantas e de seres vivos em estado de decomposição estabilizado – o húmus, apresentando por isso coloração escura. Está sujeito ao processo de lixiviação no qual os seus constituintes são arrastados pelas águas infiltradas para o horizonte B.
Horizonte B é um horizonte que inclui partículas minerais, substâncias coloidais, materiais argilosos, óxidos, hidróxidos metálicos, carbonatos, etc. provenientes do horizonte A arrastadas pela infiltração da água (lixiviação). Acumulam-se aqui também materiais rochosos provenientes do horizonte C. Por ser pobre em matéria orgânica apresenta cor mais clara que o horizonte A.
Horizonte C é essencialmente constituído pela rocha-mãe pouco alterada, fracamente fragmentada. Aqui verifica-se fraca meteorização, tem por isso características muito próximas da rocha-mãe.
Horizonte R/Rocha-mãe é constituída por massas rochosas praticamente inalteradas. É a partir desta camada que se formam os solos. A sua profundidade pode oscilar entre alguns centímetros e vários metros.
SOLO IDEAL
O Solo Ideal
Se tivéssemos que escolher, sem dúvida o melhor Solo seria aquele que fosse rico em matéria orgânica, com uma boa camada de húmus na parte superior, para que todos os nutrientes se juntassem aos componentes do solo pouco a pouco e com uma franja de terra negra (matéria orgânica já transformada) bem diferenciada.
Por baixo, um solo de carácter argiloso com um bom sistema de drenagem na parte mais profunda, solto e oxigenado com uma profundidade de pelo menos 50 cm livre de pedras. O pH perfeito deverá estar próximo de um nível neutro, embora com um ligeiro carácter ácido.
SOLO IDEAL 2
O solo ideal deve ter vários elementos minerais na composição, deve ser capaz de reter a água, porém não ficar encharcado e nem ser compacto
É a maior ou menor facilidade com que a percolação da água ocorre através de um solo.
A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e arranjo das partículas, e pela sua porosidade.
Ainda, deve-se ressaltar a importância da viscosidade e temperatura da água.
Diante do exposto, é possível considerar que o solo é um material poroso, composto pelas fases sólida, líquida e gasosa, e que se origina pela intemperização física e química das rochas situadas em determinado relevo e sujeitas à ação do clima e dos organismos vivos.
FERTILIDADE DO SOLO
A fertilidade do solo, por sua vez, é resultado da combinação de fatores físicos, químicos e biológicos, capazes de, em conjunto, propiciar as melhores condições para obtenção de altos rendimentos. A matéria orgânica, ou húmus, interfere em todos esses fatores. Práticas que visam conservar ou aumentar o teor de matéria orgânica do solo ( por exemplo: combater a erosão, manter a cobertura vegetal, rotação de culturas, descanso, etc.) são as mais eficazes para proporcionar rendimentos elevados às culturas.
São as propriedades coloidais do húmus, principalmente aquelas relacionadas à agregação das partículas, que conferem estabilidade estrutural ao solo. Em conseqüência dos agregados, formam-se macro e microporos, responsáveis pela aeração e pela capacidade de retenção de água, respectivamente.
As propriedades químicas do húmus são representadas principalmente pelo fornecimento de nutrientes essenciais; pela interação com as argilas formando o complexo argilo-húmico, responsável pela majoração da capacidade de troca catiônica (predominância de cargas negativas em relação às positivas); pelo poder complexante sobre metais; pela ação sobre a disponibilidade do fósforo; pela ação estabilizante sobre variações ambientais no solo (modificações no pH, temperatura, teor de umidade, teor de gás carbônico, teor de oxigênio, etc.).
Não há como dissociar, uma agricultura próspera, duradoura e sustentável, de um solo rico em húmus.
As principais vias para atingir esta situação não são excludentes, ou seja, devem ser empregadas, preferencialmente, de maneira conjunta, são elas: as práticas conservacionistas (já mencionadas) e adubação orgânica.
Fertilizantes orgânicos, ricos em húmus, à medida que são aplicados, modificam as propriedades físicas do solo, promovendo a formação de agregados. Em conseqüência disso, aumentam a porosidade, a aeração, a capacidade de retenção de água, etc.
...Paralelamente, aumenta-se a capacidade de troca catiônica (CTC) do meio, ou seja, os nutrientes catiônicos, Ca, Mg e K, anteriormente transportados juntamente com a água das chuvas, passam a permanecer disponíveis para as raízes, em quantidades maiores e por mais tempo. Alguns ácidos orgânicos, liberados pelo fertilizante diminuem a adsorção (imobilização) do P. Nessas condições, diminuem também as variações de pH, tornando mais raras as necessidades de calagem (aplicação de calcário no solo para elevar o pH). Além disso, os fertilizantes solúveis, aplicados nestas condições, serão mais bem aproveitados pelas plantas e sua ação sobre a acidez e a salinização do solo diminuirá substancialmente.
Se fossemos sintetizar as funções dos fertilizantes orgânicos, empregaríamos apenas uma expressão, muito usada no meio agrícola: “engordam o solo”.
José carlos Farina - 24/07/2007
As plantas para viver, crescer e produzir, necessitam dos seguintes elementos : Carbono,Oxigenio, Hidrogenio, Fosforo, Potassio, Calcio, Magnesio, Enxofre, Zinco, Boro, Ferro,Manganes, Molibdenio, Cobalto e Cloro.
O Carbono, Oxigenio e Hidrogenio, as plantas retiram do ar e da água, enquanto que os demais nutrientes, que sao conhecidos como nutrientes minerais, as plantas normalmente retiram das reservas do solo. A única exceção é no caso das leguminosas que tem a capacidade de retirarem o Nitrogenio do ar, atraves da simbiose com bacterias nas raizes.
Os nutrientes minerais sao classificados em:
1.
Macronutrientes Primarios: N (Nitrogenio), P (Fosforo) e K (Potassio)
2.
Macronutrientes Secundarios: Ca (Calcio) Mg (Magnesio) e S (Enxofre)
3.
Micronutrientes: Zn (Zinco), B (Boro) , Fe (Ferro), Cu (Cobre) Mn (Manganes)
Mo (Molibdenio), Cl (Cloro) e Co (Cobalto).
SOLO ADENSADO
O solo adensado oferece um ambiente péssimo para a raiz que, na impossibilidade de se expandir, facilmente sofre com a deficiência de água, ar e nutrientes. Em campos onde as máquinas agrícolas levantam nuvens de poeira durante seu trabalho; onde houver erosão quando chover; e onde se abrem rachaduras e fendas ao secarem, as raízes serão reduzidas, retorcidas e finas. E a produtividade será baixa.
Além disso, por força do adensamento (ou compactação do solo), quando aumenta a densidade aparente, diminuem os macroporos e a inflitração.
LENÇOL FREÁTICO RASO
Embora a água seja indispensável a qualquer processo químico ou biológico no solo, as raízes suportam seu excesso tão mal quanto uma escassez da mesma. Nenhuma cultura, com exceção do arroz, consegue crescer num solo saturado a 100% de sua capacidade de campo.
Quando o nível freático é muito superficial, como ocorre em muitas regiões da Amazônia (em Altamira-PA, p.ex.), a mata pode ser derrubada com trator Caterpiler à diesel, por causa de suas raízes muito superficiais.
O POTENCIAL RADICULAR
Cada planta apresenta-se com suas raizes dotadas de uma maior ou menor eficiência quanto à capacidade de penetrar no solo e mobilizar nutrientes. Esse potencial de mobilização depende:
a) das excreções radiculares;
b) da microflora trófica; e
c) da pressão osmótica da raiz.
Segundo o potencial radicular, organizam-se as rotações de culturas. Por exemplo: algodão – milho – sorgo (potencial pequeno, médio e grande, respectivamente). Porém, no fim da rotação, deve entrar uma cultura que recupere o solo, como as leguminosas e gramíneas de porte pequeno. As leguminosas mobilizam o fósforo e ainda fixam o nitrogênio atmosférico. As gramíneas protegem e melhoram a estrutura do solo, tornando os nutrientes mais disponíveis.
(JOSÉ LUIZ)
APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS
A aptidão agrícola das terras é feita calcada nas informações pertinentes às características do ecossistema, nas propriedades físicas, químicas e morfológicas das diferentes classes de solos, visando aquilatar o grau de desvio de determinadas qualidades básicas das terras. Relaciona-se, pois, a:
1 – nutrientes minerais.
2 – água disponível.
3 – oxigênio no solo.
4 – mecanização agrícola.
5 – susceptibilidade à erosão.
6 – temperatura do ar.
Primavesi, em Manejo Ecológico do Solo, relaciona outras características e práticas agrícolas que influem na fertilidade do solo agrícola:
a) matéria orgânica;
b) teor de argila;
c) capacidade de troca de cátions;
d) calagem;
e) incorporação de palha; e
f) adubação verde.
MATÉRIA ORGÂNICA. É toda substância morta no solo, quer provenha de plantas, microrganismos, excreções animais (da fauna terrícola), quer da meso e macro-fauna. Indispensável para a manutenção da vida no solo. E não há dúvida que a bioestrutura e toda produtividade do solo, se baseia na presença de matéria orgânica em decomposição ou humificada.
TEOR DE ARGILA. A diferença entre areia, silte e argila, está no tamanho das partículas sólidas: 0,2-0,005/0,005-0,0005/<0 b="" cm="" luiz="" respectivamente.="">0>
CAPACIDADE DE TROCA DE CÁTIONS (CTC). São os elementos trocáveis (Ca, Mg, K, S, Al, etc.) que formam o lastro da fertilidade do solo, ou seja, quanto maior a CTC, maior a fertilidade. Existe uma relação entre o tipo de argila e a CTC. P.ex.:
CTC de argilas cauliníticas = 2,5 a 15 me%
CTC de argilas montmoriloníticas = 25 a 180 me%
CALAGEM. Adição de produtos em pó à base de cálcio, como o calcáreo e a cal, entre outros motivos, para mudar o pH do solo. Pela calagem de um solo ácido, ativa-se a microvida e, conseqüentemente, a decomposição dos restos orgânicos. Sabe-se que 1% de matéria orgânica no solo se pode formar 0,1% de húmus, que influi favoravelmente nas propriedades químicas do solo.
INCORPORAÇÃO DE PALHA. A palha, incorporada até 8 a 10 cm de profundidade, protege o solo da insolação, permite aumentar a infiltração da água, a fixação de nitrogênio do ar e ainda promove a agregação do solo, tornando-o grumoso e mais produtivo. Isso se dá entre 3 e 8 semanas após a sua aplicação. Após 3 meses, em clima tropical, cessa o efeito e deve-se repetir a prática.
ADUBAÇÃO VERDE. Como os vegetais, ao morrerem, devolvem ao solo os elementos minerais que acumularam ao longo da vida, a sua incorporação ao solo chama-se de adubação verde. Contudo, tanto o estrume de curral curtido como a adubação verde, ao contrário do que se imagina, não enriquecem o solo com matéria orgânica (segundo Primavesi), mas aumentam a soma de bases (CTC) e beneficiam com isso a colheita.
Agricultor, para conhecer a fertilidade do seu solo, retire uma amostra e envie para um laboratório de análises pedológicas. (JOSÉ LUIZ)
Rizosfera é o volume de solo ocupado pelas raízes das plantas vasculares.
A biologia do solo agrícola tem como agentes principais: bactérias, algas, fungos, amebas, nematóides, colêmbolos, ácaros, anelídeos (minhocas), larvas de insetos (e de outros animais), cupins, formigas, centopéias, miriápodes, aranhas, etc.
Certos fungos controlam nematóides patógenos (que causam doenças às plantas) como, p.ex., os de aveia e abacaxi; ácaros controlam os fungos; e formigas controlam os ácaros. Por isso falamos em batalha. Invisível, por que se dá no interior do solo, na rizosfera.
O homem pode interferir nessa guerra (pela sobrevivência), de forma positiva ou negativa. O controle, em solos adequadamente manejados (a forma positiva), é eficiente. Por exemplo. Milho, capim-pangola e alfafa, são culturas hostis à maioria dos nematóides.
Controlam-se pragas, criando-se condições adversas à sua multiplicação. Rotação de culturas, plantas protetoras, sombreamento do solo (com cobertura morta, na época seca), adubação fosfatada e calagem, suprimento adequado de potássio e a incorporação superficial dos restos de cultura, são medidas capazes de controlar eficazmente: bactérias, fungos, nematóides e insetos. Há também o caso do “afogamento” das larvas do besouro-da-cana, com a irrigação por inundação.
Contudo, a maneira mais fácil de influir sobre os microrganismos do solo é através da modificação do pH, que se consegue pela calagem, adubação mineral (250 kg/ha de Fosfato cálcico, à lanço) e adubação orgânica.
A proliferação dos microrganismos é limitada pelo pH, riqueza mineral do solo, espécie de matéria orgânica, temperatura e umidade. Em solo com temperatura acima de 20oC, como ocorre em clima tropical e subtropical, predominam as bactérias, havendo menos fungos e actinomicetos.
Com o decréscimo do pH do solo, aumenta a flora fúngica, que mobiliza nutrientes minerais para as plantas, aumenta a possibilidade de retirar água do solo, fixa nitrogênio do ar. (JOSÉ LUIZ)
Todas as plantas, com exceção das Crucíferas (família do repolho) e Liliáceas (fam. da cebola e do alho), possuem micorrizas e, portanto, mobilizam nutrientes (em especial fósforo e nitrogênio) melhor até que as próprias raízes. Esses fungos, por dependerem do arejamento do solo, ocorrem mais em solos arenosos; nos argilosos, apenas se forem grumosos.
Tanto as raízes como os fungos, excretam substâncias de crescimento e inibição, que controlam a microflora na rizosfera. E quanto melhor nutrida a planta, mais intensa a microvida na zona da raiz e mais protegida contra doenças. Se mal nutrida, os microrganismos patógenos, podem chegar até a raiz e ataca-la.
Minhocas, centopéias e algumas larvas de dípteros, têm glândulas calcíferas que enriquecem o solo. A presença de cupins sempre é sinal de solos adensados.
AS BACTÉRIAS QUE ADUBAM O SOLO
Calcula-se que os Azotobacter conseguem fixar do ar atmosférico, 40 kg/ha de nitrogênio elementar, o que corresponde a uma adubação química do solo com 200 kg de sulfato de amônio. Graças a essas bactérias, cujo estudo da inoculação em sementes da soja começou há 40 anos no Brasil (EMBRAPA Agrobiologia, Seropédica-RJ), somos o líder mundial nessa técnica e nessa cultura, economizando bilhões de dólares na importação de adubos nitrogenados. É a razão, também, dos gramados permanecerem sempre verdes, na época das chuvas, sem qualquer tipo de adubação. Muitas plantas, em especial as árvores leguminosas, têm uma simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio, tanto nas raízes (principalmente) como nas folhas.
RESUMO. Para a fauna do solo vale: Melhor manejar do que querer exterminar. Defensivos (agrotóxicos) são indispensáveis na agricultura moderna (os ambientalistas que nos perdoem), mas somente em casos de emergência, em que o manejo correto falhou.(JOSÉ LUIZ)
"Basalto Moído como Fonte de Nutrientes"
As rochas basálticas são predominantes, como material de origem, nos solos existentes em grandes áreas do Sul do Brasil, apresentando muitos dos principais nutrientes das plantas na sua composição. O objetivo deste estudo consistiu em avaliar o efeito da adição de doses crescentes de basalto moído sobre a disponibilidade de nutrientes no solo, durante três períodos de incubação. As rochas utilizadas foram um basalto microcristalino e uma olivina-basalto. As doses corresponderam a 0, 5, 10, 25, 50 e 100 t ha-1 e foram adicionadas em um Latossolo Vermelho-Escuro e em um Podzólico Vermelho-Amarelo. O experimento foi desenvolvido em casa de vegetação, na Faculdade de Agronomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Após 30, 150 e 300 dias de incubação, determinaramse os valores de K, de Ca, de Mg, de pH, de H + Al, de P e da CTC dos solos incubados. Em geral, as doses testadas proporcionaram aumentos nestas variáveis, mas os acréscimos obtidos foram pequenos, com exceção do P, que pode ter sido superestimado pelos extratores utilizados. A liberação desses elementos para o solo variou com o período de incubação, mas não variou com o tipo de rocha, com exceção das concentrações de Ca e de P, que foram maiores para o olivina-basalto. A pequena liberação dos nutrientes das rochas indica que tais materiais não podem ser utilizados como a principal fonte de nutriente às plantas.
Textura
É o tamanho relativo das diferentes partículas que compõem o solo, sendo que a prática de sua quantificação é chamada granulometria. As partículas menores que 2 mm de diâmetro (areia, silte e argila), são as de maior importância, pois muitas das propriedades físicas e químicas da porção mineral do solo dependem das mesmas. Assim, usualmente se consideram apenas as três frações menores para caracterizar a textura. Para o estudo da textura geralmente são utilizadas peneiras (para solos granulares) padronizadas, nas quais uma porção de solo é separada nos diferentes tamanhos constituintes. No caso de solossilto-argilosos, utiliza-se o procedimento do densímetro ou então o da pipetagem. Para a determinação textura temos:
Argila: partícula com diâmetro inferior a 0,005 mm
Silte: partícula com diâmetro entre 0,005mm e 0,05mm
Areia fina: partícula com diâmetro entre 0,05mm e 0,42mm
Areia média: partícula com diâmetro entre 0,42mm e 2,0mm
Areia grossa: partícula com diâmetro entre 2,0mm e 4,8mm
Pedregulho: partícula com diâmetro entre 4,8 e 76 mm.
Consistência
A consistência está relacionada com a influência que as forças de coesão e de adesão exercem sobre os constituintes do solo, de acordo com suas variáveis estados de umidade. A força de coesão se refere à atração entre partículas sólidas, entretanto, a força de adesão está relacionada à atração entre as partículas sólidas e as moléculas de água. Assim, um solo pode ser muito duro quando está seco, e pegajoso quando está molhado.
Porosidade
Refere-se à porção de espaços ocupados pelos líquidos e gases em relação ao espaço ocupado pela massa de solo (relação entre volume de vazios e volume total de uma amostra de solo). Divide-se em micro e macro porosidade, sendo que esta variação deve-se à forma e ao imbricamento dos grãos (como estes se encaixam). A porosidade está diretamente relacionada com a circulação de água no solo, isto é, as redes de poros podem estar conectadas permitindo a circulação de água,
José carlos Farina - 02/10/2007
... isto é, as redes de poros podem estar conectadas permitindo a circulação de água, ou podem estar também isolados, o que permite que a água fique em seu interior, mas não circule.
Permeabilidade
É a maior ou menor facilidade com que a percolação da água ocorre através de um solo. A permeabilidade é influenciada pelo tamanho e arranjo das partículas, e pela sua porosidade. Ainda, deve-se ressaltar a importância da viscosidade e temperatura da água.
Diante do exposto, é possível considerar que o solo é um material poroso, composto pelas fases sólida, líquida e gasosa, e que se origina pela intemperização física e química das rochas situadas em determinado relevo e sujeitas à ação do clima e dos organismos vivos. Abaixo, estão listadas as substâncias sólidas, líquidas e gasosas que compõem o solo.
O solo apropriado para a agricultura deve apresentar um equilíbrio entre os constituintes!
As partículas do solo estão em contato umas com as outras, ou seja, aderidas, mesmo havendo ar entre elas. Entretanto, a proporção entre os grãos que compõem as partículas varia de solo para solo. Por exemplo, quando dizemos solo arenoso, não quer dizer que só tem areia, mas que a quantidade de grãos de areia é maior que a de outros grãos, já no solo argiloso há predominância de partículas de argila em relação às demais. Em solos arenosos, onde as partículas são maiores, a permeabilidade é maior, uma vez que os espaços existentes entre grãos de areia também são mais pronunciados. Já em solos argilosos, como as partículas são menores, estas podem “se encaixar”, deixando menores espaços entre si e, portanto diminuindo a permeabilidade. Isto pode ser observado tomando-se um punhado de grãos de arroz e outro de farinha, por exemplo.
Por que alguns solos brasileiros apesar de argilosos são permeáveis?
O que pode ocorrer, principalmente em regiões de clima tropical, é a grande intensidade do intemperismo químico, isto é, as partículas intemperizadas se aglomeram formando estruturas maiores, e assim, os espaços entre os “grãos maiores” permitem maior permeabilidade. O latossolo brasileiro, por exemplo, é bastante argiloso e, no entanto, a água percola com facilidade em suas estruturas consolidadas.
(ADALCIO) nosso sócio assim postou em outro tópico desta comunidade:
No processo de intemperização do solo (formação de rocha em terra) a presença de água e oxigênio em quantidades variáveis é o que determina as reações de redução e oxidação, formando com isso diversos tipos de óxidos, entre eles óxido de Fe e Al principalmente.
Mto bem, entendido isso, temos condições de entender que a cor do solo varia de acordo com a predominância do óxido que forma o mesmo, por isso em uma mesma gleba podemos encontrar solo com diferentes cores, principalmente nos tons amarelo e vermelho.
No que se refere a cor escura, essa é dada principalmente pela matéria orgânica e pela superfície específica das particulas que compõem o solo, como argila, silte e areia.
Contudo, dizer que um solo mais escuro é mais fértil acaba não sendo verdade, existindo solos extremamentes escuros mas com baixa fertilidade, por isso deve-se ficar atento as particularidades de cada tipo de solo.
José carlos Farina - 22/12/2007
Poucos sabem, mas não há um solo completamente arenoso ou completamente argiloso.
Há os extremamente arenosos e os extremamente argilosos.
Todos os dois advém das rochas, primeiro a areia, depois a argila em conjunto com o limo.
A matéria orgânica é o "tempero" milagroso que provê a maior fertilidade.
Areia e argila compõem a estrutura do solo tornando-o mais ou menos drenado.
Existem espécies que pela configuração de suas raizes preferem os solos arenosos e outras os solos argilosos.
Mas nenhuma delas dispensa a matéria orgânica.
Poucos sabem também que o esterco dos animais e das aves contém argila.
A moela das aves tem essa função e tanto a areia quanto a argila ajudam sua digestão principalmente a das aves que preferem sementes muitp duras como o milho por exemplo.
O gado também, por mais que você forneça sal mineral ao rebanho, ele vira e mexe fuça um barranco a procura de minerais diferentes e acaba engolindo argila.
É o instinto das gerações.
A água dos rios e manancias também têm muita argila em suspensão vinda a quilometros de distância, basta uma chuvinha e a água fica barrenta.
Os animais e aves bebem dela e lá vai mais uma camada de argila.
O extenso Rio Nilo não trazia apenas materia orgânica em suas constantes cheias, trazia também argila em suspensão advinda de outros países fertilizando e melhorando a estrutura do arenoso Deserto.
Se você tem uma terra arenosa, procure um simples riacho em época de chuva e colete um pouco d'agua em um vidro e deixe decantar.
Dá para perceber a porcentagem de argila que fica no fundo, transportada de graça.
A natureza faz de tudo para nos ajudar, basta observá-la e entendê-la um pouquinho.
(DAGÔ VIEIRA) COMU..COMPOSTAGEM ORGANICA
José carlos Farina - 19/08/2010
EFEITO DOS MINERAIS NA COR DO SOLO
As diferenças entre as cores mais avermelhadas ou amareladas dos solos estão freqüentemente associadas aos diferentes tipos de óxidos de ferro existentes nos solos. De forma semelhante, um prego (que tem ferro) quando enferrujado, também fica avermelhado ou amarelado.
Solos de coloração vermelha podem indicar grande quantidade de óxidos de ferro (hematita). Um exemplo são os solos popularmente conhecidos como “terra roxa” (na verdade seria “rosso”, do italiano vermelho), de coloração vermelho escuro, que são solos originados de rochas ígneas básicas (principalmente basalto), e são comuns em áreas do norte do Rio Grande do Sul ao sul de Goiás.
Solos com elevada quantidade de quartzo na fração mineral (como ocorre em muitos solos arenosos) são freqüentemente claros, exceto se houver elevada presença de matéria orgânica.
José carlos Farina - 12/03/2011
PÓ DE CARVÃO
Nem tanto como nutriente, mas para aeração da raízes, o pó de carvão vegetal é um excelente aliado... principalmente para pequenas hortas e vasos.
TIJOLO TRITURADO
Pelo mesmo motivo acima, e, em doses certas, o pó de tijolo é um aliado para a saúde das plantas. Podemos separar no tijolo algumas propriedades químicas. Ex. Vejam como as figueiras, encontram nos tijolos ambiente para nascer e crescer.PÓ DE BASALTO
Pelo mesmo motivo, e com alguns nutrientes....
ESTERCO DE VACA
Pela matéria orgânica, pela urina, é talvez o melhor adubo que se tem notícia. Não é a toa que desde a antiguidade, até antes de Cristo, todos os povos nunca abriram mão dele.... existe muita sabedoria em um monte de estrume.... ou não? JOSÉ CARLOS FARINA
www.jardineiro.net
Como fazer o teste de solo
Para sabermos a constituição do nosso solo, podemos usar uma ferramenta, como uma pequena pá. Cave um buraco com 20 cm de profundidade, colha esta terra e coloque numa garrafa branca transparente. O ideal seria uma garrafa de vidro, mas na falta desta pode-se usar uma garrafa pet branca.Complete com água e agite bem, para misturar e dissolver bem os torrões. Deixe descansar por um período de 2 horas, para que todo material assente. Depois deste tempo, você vai notar diversas camadas diferentes. Na parte debaixo ficarão as areias, que são partículas mais pesadas e maiores. No meio ficarão as argilas e em cima, deverá ficar uma fina camada preta, que seria a matéria orgânica. Esta camada de húmus ou matéria orgânica poderá até não existir, dependendo da riqueza biológica de seu solo. Na superfície poderá ficar, se houver, matéria orgânica não decomposta, como algum pedaço de folha ou pequenos pedaços de galhos, palha, etc.
O tamanho de cada uma destas camadas é que vai definir seu tipo de solo. Se houver mais de 85% de areia, será um solo arenoso. Com 70% de areia, o solo será arenoso-argiloso, e com menos de 60% de areia, será argiloso. A camada preta de húmus, como já disse acima, poderá até não existir, mas se você notar uma camada preta de cerca de 5 a 7%, considere-se um felizardo.
Uma outra forma de analisar o solo é sujando as mãos. Pegue uma porção da terra úmida e amasse nas mãos. Aperte bem este punhado de terra, inclusive batendo. Se suas mãos ficaram sujas, seu solo é argiloso. Se suas mãos ficaram limpas, e sentiu inclusive os grãos de areia, seu solo é arenoso. O meio termo, seria um solo arenoso-argiloso. Este método é mais subjetivo que o primeiro e exige um pouquinho mais de prática para acertar.
Ao contrário do que muitos pensam, a melhor forma de corrigir um solo arenoso não é adicionar-lhe argila. Da mesma forma, de nada adianta adicionar areia a um solo argiloso. Em ambos os casos, a textura, a porosidade, a fertilidade e o arejamento do solo podem ser melhorados com a adição de matéria orgânica. Eis aí o segredo de um jardim bonito, uma horta produtiva e um pomar frondoso em qualquer tipo de solo. A escolha das espécies mais adaptadas ao seu tipo de solo também é fundamental para o sucesso.
Para um jardim, com gramados e plantas ornamentais, o melhor seria um solo arenoso-argiloso ou arenoso. Vejo muitos insucessos em gramados devido o preparo do solo. Conhecendo o tipo de solo, fica bem mais fácil prepara-lo.
Já para as hortas, o ideal seria um solo mais arenoso, bem trabalhado com matéria orgânica. Como a drenagem da água é maior neste tipo de solo, o uso de matéria orgânica é indispensável. Consumir hortaliças de nossa própria horta, além de prazeroso, nos dá a certeza de estarmos levando à nossa mesa um produto saudável, com excelente qualidade biológica. Boas colheitas!
Para Ti
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos