FOLHA DE LONDRINA
Advogado mata filha de 13 anos a facadas
Homem cometeu suicídio em seguida; polícia investiga motivação do crime
Vizinhos ouviram gritos e tentaram socorrer a garota, que morreu no local
Londrina - "Quando entramos no quintal, vimos ele ainda dando uma facada na garota. Ele deu um sorriso olhando para nós e depois cortou o próprio pescoço", detalhou Ruan Igor Souza, vizinho do advogado Devanyr Dutra da Silva, de 47 anos, que matou a filha de 13 anos e se matou em seguida. A tragédia aconteceu no início da tarde de ontem, em uma casa na Rua Oiapoque, ao lado de uma igreja evangélica, na Vila Nova (área central de Londrina). Até o final da tarde, a motivação do crime não havia sido desvendada pela Polícia Civil.
Souza contou ter ouvido os gritos da adolescente e, na companhia de outros vizinhos, tentou socorrê-la. "Escutamos a menina pedindo pelo amor de Deus para não ser morta, por isso derrubamos o portão para entrar, mas infelizmente não conseguimos evitar as mortes", disse.
De acordo com o outro vizinho, Rafael Roberto da Silva, nenhuma briga ainda havia acontecido na residência. "Eram pessoas tranquilas e um pouco ‘fechadas’. O homem (Devanyr) quase não conversava com os vizinhos", relatou.
Silvana Suzuki Dutra, mãe da adolescente e esposa de Devanyr, estava trabalhando no momento do crime. Ela é agente da Guarda Municipal e, ao saber do fato, precisou ser encaminhada ao Pronto Atendimento Municipal (PAM), após entrar em estado de choque.
O diretor da Guarda Municipal, Osmar dos Santos, contou que Silvana não demonstrava aos colegas estar passando por alguma crise familiar e afirmou desconhecer o que pode ter motivado o homicídio seguido de suicídio.
A arma utilizada nas mortes foi encontrada ao lado dos corpos. O perito do Instituto de Criminalística de Londrina e policiais da Delegacia de Homicídios colheram os primeiros vestígios no local do crime. "Talvez nem a mãe saiba da motivação das mortes. Seu depoimento será tomado após ela se recuperar do estado de choque", adiantou Cláudio Santana, superintendente da Delegacia de Homicídios. - Paulo Monteiro -
Equipe NossoDia