FONTE: NOTÍCIAS DE ROLÂNDIASolicitei ao responsável por este Jornal para fazer uma resposta à todos leitores e à toda população de Rolândia que tem o direito de saber a verdade, pois semana passada foi publicado algumas inverdades a respeito do falecimento do meu pai e não acho certo profissionais de saúde deste município mascararem a verdade inventando fatos que não tem fundamento. Além disto, escrevo este texto como forma de desabafo e indignação com a saúde pública, pois quero aqui, relatar CORRETAMENTE o que aconteceu de fato com o meu pai e também pedir mais respeito à minha família que está enlutada e sofrendo muito a perda de uma pessoa tão querida e tão importante para nós. Quero que a Secretaria da Saúde de Rolândia e de outros municípios e também a Regional de Saúde, de Londrina, saibam que meu pai Fernando Bortotti veio a óbito no ultimo dia treze de abril devido à DENGUE e Pneumonia e não de doença de Chagas como disseram ao jornal. Meu pai jamais teve alguma contaminação e nunca apresentou Doença de Chagas! Ele faleceu devido à DENGUE e teve sua contaminação em nossa cidade, onde há muito tempo não passam agentes fiscalizando os quintais e, se passam, só assinam e pronto! Onde estão os responsáveis por cuidar, fiscalizar e atender as pessoas que passam por isso? Dengue é muito sério e até hoje não recebi nenhum telefonema da secretária da saúde para saber sobre a morte de meu pai, onde está a preocupação com a população? Tudo começou quando meu pai apresentou sintomas de dor na região abdominal e muito mal-estar, dor de cabeça e no corpo todo. Ele foi ao médico e esse profissional disse que era “epigastralgia”, ou seja, algum problema gástrico ou uma úlcera gástrica que estava atacando. Nem pensou em Dengue. Descontente, eu, por conta própria, solicitei para fazer o exame (NS1) de Dengue no meu pai e no mesmo dia saiu o resultado:POSITIVO. Nesta hora entrei em contato com uma amiga minha que tem bastante experiência na área da saúde, principalmente na Dengue (infelizmente ela não está mais na saúde da nossa cidade). Ela me orientou e disse para eu notificar por telefone mesmo ao Setor de Vigilância Epidemiológica do município, e assim eu fiz. A partir desta notificação, segundo me falaram, seriam realizadas várias ações de controle da Dengue para interromper a transmissão: bloqueio na residência do meu pai, orientação, monitoramento... Porém demorou 2 dias, após a notificação por telefone, para ir um Agente de Dengue na casa do meu pai passar o veneno... Ou seja, se o mosquito infectado que contaminou meu pai tivesse que contaminar mais o restante de minha família e os vizinhos, isto certamente teria acontecido (se é que não aconteceu com a vizinhança, pois eu sei que alguns vizinhos estão com Dengue). Enquanto isto, eu já tinha levado meu pai até o município de Londrina para receber assistência médica, pois realmente ele não estava bem. E, como todos sabem, mas não colocam em prática, a assistência ao paciente com diagnóstico confirmado precisa de mais sensibilidade, mais atenção. O tempo todo ouvimos que “DENGUE PODE MATAR” e quando um paciente chega com o resultado já, em mãos, confirmando que É DENGUE SIM, e um paciente que apresenta outras patologias crônicas como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, por exemplo, devia-se ter um olhar mais cauteloso ainda. Falo isto de TODOS os profissionais de saúde. Não apenas os médicos e enfermeiros... os bioquímicos, os técnicos de enfermagem, enfim, os profissionais não somente da rede pública mas da rede privada, conveniada também! TODOS!!! Meu pai ficou internado em um hospital de Londrina de 09 a 13 de abril, quando resistiu e, devido ao agravamento da Dengue, teve uma pneumonia que não pôde ser tratada. Não tenho formação na área da saúde, mas sei que a diabetes não se dá de uma hora para outra nem que a Dengue faz ter esta doença, como disseram. Meu pai tinha diabetes há muito tempo e não foi isso que o matou. Talvez tenha colaborado para agravar seu quadro clínico! Por favor e por respeito, quando forem falar algo, não engane a si mesmo, muito menos a população, digam a verdade e caso queiram publicar qualquer nota sobre este assunto venham até a família que explicaremos o caso porque não quero chegar ao ponto de ter que publicar o resultado dos exames nem da certidão de óbito de meu pai....houve falha médica e falha de assistência em não verificar os pulmões devido à grande falta de ar que ele estava sentindo... houve sim! Mas cabe à família ir atrás de uma explicação. Saibam que o FERNANDO BORTOTTI, conhecido como FERNANDÃO, tem família que o ama muito e nunca iremos deixá-lo de amar e devido ao grande amor que temos queremos respeito, parem de inventar fatos ou outras coisas que possa “abafar” notícias sobre a Dengue!! Aqueles que entenderam o sofrimento da família, que nos deram e continuam nos dando forças, muito obrigada. Por favor, continuem orando por nossa familia e por aqueles que não sabem o que dizem. Que Deus dê a todos nós muito conforto e discernimento para que sejamos melhores. Obrigada pelo desabafo, não poderia deixar pessoas caluniarem a respeito da morte de meu pai!! Finalizo com a publicação de uma amiga, profissional de saúde em relação ao ocorrido com o meu pai: “Parece que TUDO o que aprendemos sobre a Dengue não é colocado em prática pelos profissionais de saúde que continuam desvalorizando e subestimando a doença... (que mata!!). De que adianta tanta atualização, protocolos, seminários...e na hora da assistência, médicos, enfermeiros, técnicos e outros não se atentam, principalmente para pacientes COM patologias crônicas, comorbidades e que agravam rapidamente? Assistência de qualidade em tempo oportuno com olhar diferenciado para pacientes com antecedentes que os comprometem. Por que não é assim, meu Deus? INDIGNADA!! Sem contar que toda a queixa do paciente é respondida com a frase: “dengue é assim mesmo!” dá falta de ar, dá dor, dá TUDO o que você pode imaginar!!! Paciente com sinais ..o corpo dando “pistas” para os profissionais e... nada! a resposta é a mesma: “Dengue é assim”...(aff) Mas aí, uma ENFERMEIRA pensa em fazer um Raio-X de pulmão e....BINGO!!! tem algo errado...só que, não dá mais tempo!”
Fernanda BortottiPazzotti é filha do Sr Fernando Bortotti, o Fernandão. Nascido no dia 27/01/1956 e falecido em 13.04.2014, deixando a esposa, Rosa Kolarovic Bortotti, e duas filhas: eu e a Michele Bortotti, dois genros e duas netas: Maria Eduarda e Antonella.
