SÃO PAULO - Políticos petistas como o prefeito de São Paulo, Fernando
Haddad (PT), o pré-candidato ao governo do estado Alexandre Padilha
(PT) e o ministro Ricardo Berzoini foram impedidos de fazer os discursos
programados para a festa do 1º de Maio, liderada pela Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores (CTB) e Central dos
Sindicatos Brasileiros (CSB), na tarde desta quinta-feira, no Vale do
Anhangabaú, centro de São Paulo. O público vaiou e atirou papéis, latas e
garrafas em direção ao palco todas as vezes que os nomes de políticos
foram anunciados.
Pela programação do evento em comemoração pelo
Dia do Trabalho, os discursos políticos deveriam durar uma hora, mas
acabaram abreviados em poucos minutos. O primeiro a subir no palanque
seria Haddad. Mas tão logo seu nome foi anunciado pelo apresentador do
evento, o público, estimado em 3 mil pessoas segundo a Polícia Militar
(80 mil pessoas de acordo com a organização), começou a vaiar e a
arremessar objetos. Indignado, o prefeito foi embora sem sequer falar
com a imprensa.
O
apresentador tentou acalmar o público exaltado durante vários momentos,
pedindo calma várias vezes, e chegou a dizer que “o ato político era
importante”. O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini,
também foi recebido com vaias e impedido de discursar.
No momento
de anunciar Alexandre Padilha, o locutor não o apresentou como
pré-candidato, apenas como ex-ministro. Padilha, ao pegar o microfone,
logo lançou uma pergunta: - Quem é contra o racismo?. As pessoas
ergueram os braços e Padilha aproveitou o momento e resumiu seu discurso
à saudação única “bom dia, boa tarde e boa noite”. E logo deixou o
palco e foi embora.
O senador petista Eduardo Suplicy também só agradeceu o público e a festa seguiu com os shows programados.