Rolândia - Após a pressão da comunidade e a recomendação do Ministério Público (MP), a Prefeitura de Rolândia confirmou ontem que o empreendimento para fabricação de pilhas e baterias não será mais instalado na zona rural do município.
De acordo com secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernesto Nogueira, a empresa comunicou a desistência ao prefeito Johnny Lehmann na última sexta-feira. Assim, o grupo responsável pelo empreendimento deve procurar outro município. "É uma pena. A empresa iria investir R$ 20 milhões para gerar entre 500 e 700 empregos. Quem perde é a cidade Rolândia", afirmou Nogueira.
A polêmica sobre a instalação teve início com a licença prévia emitida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em favor do empreendimento, com base na certidão de não óbice proveniente da Prefeitura. No entanto, o MP recomendou a revogação dos documentos após a realização de uma audiência pública. Segundo a promotoria, a licença não possui validade, pois o zoneamento municipal não prevê a instalação de indústrias com potencial poluidor na área rural.
O objetivo da empresa era instalar a indústria no lote 133-A da PR-170, entre Rolândia e Porecatu, na região do Distrito de São Martinho. A comunidade se manifestou contrária ao projeto, já que a área escolhida pelos empresários fica próxima de nascentes, o que poderia provocar danos ambientais.
Questionado sobre a atração de indústrias "limpas", Nogueira respondeu que a secretaria trabalha para trazer investimento de diferentes setores para o município. "Nós incentivamos a instalação das empresas e não podemos afirmar o que pode ou não. Quem tem que avaliar isso são órgãos oficiais. Rolândia está aberta para receber todas as propostas", ressaltou. Rafael Fantin-Equipe Bonde-
COMENTÁRIO: Eu votei nesta equipe na eleição de 2008. Aí me decepcionei com a forma em que trataram o meio ambiente e nesta última eleição de 2012 votei e trabalhei para o saudoso Fábio Nogaroto. Agora eu imagino a decepção daqueles que votaram... o repórter perguntou para o Ernesto se o novo parque é para industrias limpas ( que não poluem) e ele ao invés de tranquilizar o povo dizendo que sim, responde que quem vai decidir são os órgãos oficiais. Ora o povo votou neles ou nos órgãos oficiais? se eu fosse vereador votava mil vezes contra este projeto. Tá na cara que vem industrias perigosas para este local onde querem montar este novo Parque Industrial. Acorda Rolândia!... JOSÉ CARLOS FARINA