FOLHA DE LONDRINA
Baby mira revanche contra algoz francês
Número 1 do ranking, o rolandense Rafael Silva espera um confronto com Teddy Riner no Mundial de Judô
Rafael Silva tem no francês Teddy Riner (de costas) seu principal rival
O rolandense Rafael Silva entra no tatame para uma missão na madrugada de sexta para sábado no horário brasileiro. Ele terá a chance de se vingar do francês campeão olímpico Teddy Riner, que o venceu no Mundial de Judô do Rio de Janeiro no ano passado. Atual número 1 do mundo, Baby, como o brasileiro é conhecido, pode e deve cruzar com o francês nas semifinais do Mundial que ocorre em Chelyabinsk, na Rússia. As eliminatórias serão disputadas a partir das 2 horas desta madrugada e as finais, a partir das 8 horas de sábado, no horário de Brasília.
Baby não precisou lutar na primeira rodada, assim como o outro brasileiro da categoria acima de 100 quilos, David Moura. Rafael enfrenta o vencedor de Andre Breitbarth (ALE) e Mukhamadmurod Abdurakhmonov (TJK), enquanto Moura estreia na segunda rodada contra o ucraniano Stanislav Bodarenko.
O judoca de Rolândia não esconde que aguarda por o duelo com Riner. "Claro que tem clima de revanche. Ele é favorito para a luta e para o Mundial, mas treinei muito pensando na última final que fiz com ele e vamos ver se vai dar certo. Trabalhei bastante meus pontos fracos e nas dificuldades que tive com ele", apontou o brasileiro.
Baby chega para a luta como número 1 do mundo na categoria, enquanto o francês, que lutou menos em 2014, é apenas o quarto. Mas esta não é a única mudança que ocorreu de um ano para cá. "Tive um ganho de força, foquei bastante nisso e na briga de pegada, que é um dos principais pontos fortes do Teddy Riner", afirmou Baby, lembrando que a disputa não está polarizada em ambos. "É claro que também estudei os outros adversários, porque não podemos esquecer deles".
Baby ressaltou que a maioria das seleções está usando o Mundial para preparar seus judocas para a Olimpíada do Rio, o que pode fazer com que aconteçam surpresas. "Tem vários adversários novos este ano. Todas as equipes estão rodando com atletas novos, pensando em 2016. Assim como o Brasil está fazendo e é justamente essas caras novas que podem me surpreender, porque nunca lutei com eles, mas estou muito bem preparado, treinei bastante e estou tranquilo", disse.
Baby e a seleção brasileira passaram por um período de aclimatação na França antes de desembarcarem na Rússia. Porém, o rendimento da equipe está muito abaixo do esperado. Até agora, o Brasil conquistou apenas uma medalha, o bronze de Érika Miranda na categoria meio leve (até 52 kg).
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Thiago Mossini
Reportagem Local